Em meados de 1885, chegavam em Pelotas, no Rio Grande do Sul, dois reprodutores Charolês, importados da França pelo então Governo Imperial. Este foi o início da história da raça no Brasil, que hoje tem seu mercado representado através de milhares de criadores e também através da Associação Nacional de Criadores de Charolês (ABCC), que existe há quase 60 anos. Quem explica a importância da raça para pecuária brasileira é o zootecnista Iriberto Tozzo, atual presidente da ABCC.

(Foto: Universoagro/Reprodução)

“A raça charolesa é uma raça essencialmente de carne. Em seus cruzamentos ela consegue imprimir animais com ganho de peso, com boa qualidade e carne e assim trazendo bons valores econômicos para os criadores”.

De acordo com Tozzo, atualmente, os estados brasileiros com mais criadores da raça são o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Na ABCC, vários trabalhos são voltados para o crescimento da raça. Segundo dados da associação, atualmente, o rebanho Charolês no país está estimado em 100 mil animais puros por cruzamento (PC) e 50 mil puros de origem (PO). Suas principais características são a pelagem branca, grande porte, tanto na altura como no comprimento. O Charolês ainda se destaca por sua estrutura óssea e musculatura, excelente rendimento de carcaça e precocidade nos cruzamentos e nos abates.

“Nosso principal objetivo é posicionar a raça charolesa, através dos nosso critérios de seleção, entre as principais raças de cruzamento industrial na pecuária nacional, demonstrando assim todo o potencial criatório que a raça pode e deve contribuir para a pecuária”.

A ABCC

Macho da raça Charolês (Foto: Beefpoint/Reprodução)

A Associação Brasileira de Criadores de Charolês (ABCC) foi fundada por produtores rurais gaúchos em 15 de dezembro de 1958, no município de Júlio de Castilhos, estado do Rio Grande do Sul (RS). Com 23 núcleos de criadores em atividade, a entidade possui 600 associados. Atualmente, a ABCC tem sede administrativa localizada em Esteio, no Parque de Exposições Assis Brasil, na região Metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

De acordo com Tozzo, também compete à ABCC manter um banco de dados para auxiliar a comercialização de bovinos PO e PC dos seus associados, fomentando a criação de bovinos da raça em todo o país.

“Também trabalhamos com a promoção de exposições e feiras em nível internacional, nacional, regional e municipal. Congregamos também os criadores por meio de reuniões, congressos e palestras, com o objetivo de promover a raça”.

Em seu site, a ABCC disponibiliza um histórico completo sobre a chegada e crescimento da raça no Brasil. Para acessar, clique aqui.

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