Um método de manejo que ainda é pouco utilizado entre os produtores do gado vem ganhando espaço em Itapetinga, na Bahia. A ideia oferece palma para os animais direto na lavoura, o que gera economia de tempo e dinheiro. O novo método começou com a ideia do zootecnista Luciano Almeida e foi destaque na edição do último domingo do Globo Rural.

De acordo com Luciano, que também é produtor de leite e instrutor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), a palma é uma planta muito utilizada no Nordeste em períodos de seca para alimentação do gado. No plantio tradicional, o produtor vai até a roça corta a palma, às vezes tritura, e leva para os animais no cocho. A função dá trabalho e exige mão-de-obra. No novo sistema, proposto pelo zootecnista, o cultivo é todo planejado para que o gado vá até a lavoura para se alimentar.

“A ideia de implantar esse sistema foi nossa por necessidade, por uma dificuldade de mão-de-obra, a gente precisou colocar o gado para pastar numa área antiga de Palma, colocando o gado numa roça de palma, mas não pastejo contínuo que estraga demais a palma, e desperdiça bastante alimento porque o que cai o gado não consome praticamente. A gente fez o primeiro teste por necessidade, gostou da economia que teve e desenvolveu esse sistema para poder usufruir do consumo direto, onde os animais vêm na área e consomem e depois eles só retornam quando a palma voltar a se desenvolver”.

O projeto foi pensado especialmente para o gado de leite, um rebanho acostumado com o manejo diário de se deslocar do campo para a ordenha, o que facilita o trabalho dos tratadores. O gado não come livremente. O pastejo é rotacionado. Assim como é comum em pastagens, os animais ficam um tempo se alimentando numa área, e depois vão mudando de lugar.

Para o sistema funcionar, algumas exigências são diferentes do plantio de palma convencional para corte. A começar pelo tipo de planta.

“A única palma que se enquadra para o sistema de pastejo é a palma miúda ou doce porque ela é uma palma que a raquete dela é uma raquete menor, então isso facilita o animal comer, outra facilidade que ela tem é que ela só está fácil do pé. Então ela tem essas características que facilitam o consumo, características de tamanho e forma de soltar, se for uma palma muito grande ela é mais firme no pé e a vaca tem que quebrar muito para consumir em pedaços”, conta o zootecnista.

Para assistir a entrevista completa e conhecer mais sobre este modelo, clique aqui.

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