Foi aprovado por unanimidade na Comissão de Cultura (CCULT) da Câmara dos Deputados o projeto de lei 619/2015, da deputada federal Júlia Marinho (PSC), que institui oficialmente o Dia Nacional do Zootecnista em 13 de maio. Antes da oficialização, que aconteceu na última quarta feira (09), a data já era comemorada anualmente no mesmo dia e mês, porém, até então, não era reconhecida pelo Congresso Nacional.
No PL, a deputada ressalvou que a zootecnia é uma área de conhecimento que reúne um largo espectro de campos dos saberes, sendo essa uma das justificativas para que o projeto fosse aprovado. Além disso, segundo Júlia, o crescimento constante de cursos de zootecnia no Brasil é um fator que influencia na legitimação da data.
“Até o início dos anos 2000, o Brasil contava 35 cursos superiores de Zootecnia. Hoje são 85, distribuídos em faculdades e universidades de todas as regiões do país e mais de 11.000 profissionais formados. O zootecnista tem ampla consciência de seu papel no desenvolvimento sustentável, tanto sob o aspecto produtivo e ambiental, quanto pelo ponto de vista econômico e social, e prima pela responsável atuação na mitigação das diferenças sociais”.
Ainda de acordo com Júlia, a escolha do dia 13 de maio como data de comemoração faz menção ao dia da aula inaugural do primeiro curso superior de zootecnia instalado no Brasil, realizado em 1966, na cidade de Uruguaiana, Rio Grande do Sul. Para ela, a oficialização da data ajuda a mostrar o reconhecimento e apoio a todos os zootecnistas, que apresentam relevantes contribuições ao avanço social e econômico do país através do fomento à pecuária e ao desenvolvimento produtivo dos rebanhos, bem como estudando alternativas de produção racional de diferentes espécies animais nas mais variadas condições.
CONTRIBUIÇÕES
Além do projeto que oficializa o dia do zootecnista no Brasil, Júlia vem contribuindo junto a classe zootécnica brasileira com outros trabalhos, como o PL 1016/2015. Proposto por ela, o projeto pretende restringir ao zootecnista o exercício da profissão no Brasil. O PL foi mandado para tramitação porquê, atualmente, as atribuições do zootecnista podem ser realizadas também por médicos veterinários e engenheiros agrônomos, mesmo que eles não possuam formação específica para tal, como delimita a lei 5.550 de 1968.
De acordo com Célia Carrer, presidente da Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ), a associação vem se mobilizando para esclarecer detalhes sobre o PL junto a entidades e a sociedade em geral. Atualmente, a classe está aguardando a definição de uma data para que o projeto seja debatido em audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR).