VALOR NUTRITIVO DO BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR TRATADO COM UREIA

Jéssica Maria Pinto Santana1, Leonardo Guimarães Silva2, Aureliano José Vieira Pires3, Maxwelder Santos Soares4, Joanderson Oliveira Guimarães5, Sansão de Paulo Homem Neto6, Diego Lima Dutra7
1 - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
2 - UNESP-Jaboticabal
3 - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
4 - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
5 - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
6 - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
7 - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

RESUMO -

: Objetivou-se avaliar o efeito da adição de níveis de ureia sobre as características do valor nutritivo do bagaço de cana-de açúcar. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, sendo representado por um esquema fatorial 2 x 4, com e sem fonte de uréase (soja grão moída), 2% com base na matéria seca, quatro níveis de inclusão de ureia 0, 2, 4 e 6% com base na matéria seca e 5 repetições. Para o tratamento do bagaço foram utilizados silos experimentais de cloreto de polivinila – PVC. Foi utilizado 1 kg de areia no fundo de cada silo. A massa específica adotada foi de 450 kg/m3, correspondendo a 1,8 kg de matéria natural por silo, posteriormente, os silos foram armazenados por 100 dias. Para as variáveis matéria seca, cinza, extrato etéreo, fibra em detergente ácido, celulose e nitrogênio insolúvel em detergente neutro interação não foi significativa, entre a ausência ou inclusão de fonte de urease. Já para as variáveis proteína bruta, fibra em detergente neutro, hemicelulose, lignina, nitrogênio insolúvel em detergente ácido, carboidratos totais e carboidratos não fibrosos, a interação foi significativa para as variáveis avaliadas. As doses avaliadas de ureia e inclusão de fonte de urease promovem aumento nos teores de compostos nitrogenados do bagaço, por outro lado, promove redução nos teores de fibra em detergente neutro. O nível de 6% de ureia acompanhado de 2% de fonte de urease proporciona melhoria no valor nutritivo do bagaço de cana-de-açúcar.

Palavras-chave: amonização, fibra em detergente neutro, forragem

NUTRITIVE VALUE OF THE SUGAR CANE BAGA TREATED WITH UREA

ABSTRACT - The objective was to evaluate the effect of adding urea levels on the characteristics of the nutritive value of sugarcane bagasse. The experimental design was completely randomized, being represented by a factorial 2 x 4, with and without source of urease (ground soybeans), 2% based on dry matter, four urea inclusion levels 0, 2, 4 and 6% based on the dry matter and 5 replications. For the treatment of pulp were used experimental silos polyvinylchloride - PVC. It was used 1 kg of sand in the bottom of each silo. The adopted density was 450 kg/m3, corresponding to 1.8 kg of natural materials in silo later, the silos were stored for 100 days. For the variables dry matter, ash, ether extract, acid detergent fiber, cellulose and insoluble nitrogen in neutral detergent was not observed interaction between the absence or inclusion of urease source. As for the variables crude protein, neutral detergent fiber, hemicellulose, lignin, acid detergent insoluble nitrogen, total carbohydrates and non fiber carbohydrates, interaction was found for the evaluated variables. The doses evaluated urea and urease source inclusion promote an increase in the nitrogen compounds of bagasse, on the other hand promotes a reduction in fiber content in neutral detergent. The level of 6% urea together with 2% of urease source provides improved nutritive value of sugarcane bagasse.
Keywords: Ammonia, neutral detergent fiber, fodder


Introdução

Com a extração do caldo, feito pelo processamento industrial da cana-de-açúcar, é gerado uma grande quantidade de bagaço de cana-de-açúcar que pode ser usado na alimentação animal. No entanto, PIRES et al. (2004) afirmaram que o bagaço de cana é caracterizado como um alimento com altos teores de parede celular, baixa densidade energética, pobre em proteína e minerais, constituindo um volumoso de baixo valor nutritivo.

Para que o bagaço seja utilizado de forma eficiente na alimentação animal é preciso lançar mão de estratégias de melhoria na qualidade deste produto. (VAN SOEST, 1994) afirmaram que métodos de tratamentos químicos e físicos podem ser utilizados para melhorar a qualidade do bagaço de cana-de-açúcar tendo como função eliminar ou diminuir os efeitos prejudiciais da lignina sobre a degradação de compostos celulósicos pelos microrganismos do rúmen, promovendo a ruptura das complexas ligações químicas daquele componente com a celulose e hemicelulose, disponibilizando o material, teoricamente, para adesão da população microbiana e ataque enzimático fibrolítica.

O uso da ureia no tratamento químico de volumosos de baixo valor nutritivo tem sido amplamente utilizado pela facilidade na aplicação, baixo custo e por não poluir o ambiente. Outro efeito marcante no uso da ureia, é que a amônia liberada provoca alterações positivas na fração fibrosa dos volumosos, sendo, geralmente, mais expressivo sobre a fração da fibra em detergente neutro, em consequência da solubilização parcial da hemicelulose do material amonizado PIRES (2000).

Um dos fatores que contribuem para o baixo valor nutricional do bagaço de cana é o teor de proteína bruta, logo a amonização pode corrigir o déficit proteico do bagaço, por ser uma fonte de nitrogênio, o que vai influenciar em um melhor funcionamento ruminal, bem como, no aumento da produção de proteína microbiana, aumento da digestibilidade e aumento do consumo de matéria seca.

Os efeitos da amonização são mais pronunciados em forragens que tenha baixa qualidade inicial, em comparação com aquelas de maior valor nutritivo, podendo variar para uma mesma espécie entre os diferentes cultivares (CARVALHO et al., 2005). Dessa forma, o tratamento químico do bagaço, por meio da ureia, além de propiciar aumento nos teores de PB, pode melhorar a qualidade da fibra, com consequente aumento no seu aproveitamento (PIRES et al., 2004).

 

Objetivou-se avaliar o efeito da adição de níveis de ureia sobre as características do valor nutritivo do bagaço de cana-de açúcar.



Revisão Bibliográfica

Segundo levantamento feito pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) em 2013, para a temporada 2013/14, a cultura da cana-de-açúcar continua em expansão. A previsão é que o Brasil tenha um acréscimo na área de cerca de 310 mil hectares, equivalendo a 3,7% em relação à safra 2012/13. O acréscimo é reflexo do aumento de área da Região Centro-Sul. A Região Norte/Nordeste praticamente se mantém com a mesma área para a próxima safra. São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul deverão ser os estados com maior acréscimo de áreas com 95,9 mil hectares, 60,1 mil hectares, 92,5 mil hectares e 81,4 mil hectares, respectivamente.

O bagaço de cana-de-açúcar é o produto resultante da extração do caldo de cana-de-açúcar sendo caracterizado como um alimento que apresenta limitações na composição bromatológica para uso como fonte de nutrientes (Pires et al., 2006). De acordo com Silva et al. (2007) o bagaço de cana tem sido produzido cada vez em quantidades maiores devido ao aumento da área plantada e da industrialização da cana-de-açúcar, decorrentes principalmente de investimentos públicos e privados na produção alcooleira. É um alimento que apresenta como principais características elevado conteúdo em constituintes da parede celular, baixa digestibilidade e baixo teor de proteína bruta. Apesar de suas limitações nutricionais, trata-se de uma fonte de fibra importante para manter a saúde ruminal. Seu baixo teor em proteína leva à necessidade de correções nutricionais em dietas à base de bagaço de cana-de-açúcar (PINTO et al., 2003). Quanto ao tratamento de volumosos de baixa qualidade por amonização se tem verificado elevação na degradação da celulose e hemicelulose, em razão da expansão de suas moléculas, com rompimento de pontes de hidrogênio e aumento da hidratação da fibra (Zanine et al., 2007).

            Há grande disponibilidade de resíduos agroindustriais no Brasil, que podem e devem ser utilizados, evitando inclusive problemas ambientais. São aproximadamente 130 milhões de toneladas de subprodutos gerados anualmente. Desses subprodutos, uma grande diversidade pode ser utilizada na alimentação de ruminantes (Pires et al., 2002). O bagaço de cana é o resíduo agroindustrial obtido em maior quantidade no Brasil. Com isso, o principal problema do bagaço de cana, que limita seu uso na alimentação animal, é o alto teor de fibra e, ao mesmo tempo, a natureza dessa fibra que o torna um alimento de baixo valor energético (Carvalho et al., 2005). No entanto, seu uso será eficiente, se o valor nutritivo for melhorado pelo tratamento químico ou físico (Sarmento et al., 2001). O tratamento químico eleva os conteúdos de nitrogênio e, assim, aumenta a disponibilidade para os micro-organismos ruminais (Souza et al., 2001). Dentre os tratamentos químicos, destacam-se o uso da ureia, cujo processo é denominado de amonização. A amonização tem sido uma das alternativas em razão de ser de fácil aplicação, não poluir o ambiente, aumentar o consumo e a digestibilidade, além de conservar as forragens com alto teor de umidade (Rosa & Fadel, 2001).

Oliveira et al. (2011) avaliaram doses de ureia no bagaço de cana-de-açúcar e verificaram redução dos teores de FDN, FDA, celulose, hemicelulose e lignina, e aumento dos teores de PB. O que pode afirmar é que melhorou as condições para o aproveitamento dos nutrientes com o aumento da digestibilidade desse alimento.

Bezerra et al. (2014) trabalhando com feno de capim-buffel amonizado com ureia  com 60 dias de armazenamento, e verificaram que a fibra em detergente neutro não sofreu influência, o autor justificou este resultado, a ineficiência da ureia em diminuir os teores da fração fibrosa nos fenos de capim-buffel podendo estar relacionada com o estádio de desenvolvimento avançado do mesmo no momento da colheita, que pode ter reduzido a atividade da urease, diminuindo a liberação de amônia e, consequentemente, a solubilização da hemicelulose. Carvalho et al. (2006) amonizaram bagaço de cana-de-açúcar com quatro doses de ureia 0, 2,5, 5 e 7,5% e 1,2% de fonte de urease (soja grão) com base na matéria seca, no período de 110 dias e constataram redução linear de 2,7% no conteúdo de fibra em detergente neutro. Segundo Oliveira et al. (2007) os agentes alcalinizantes, como a amônia, agem solubilizando parcialmente a hemicelulose, promovendo a expansão das moléculas de celulose, causando a ruptura das ligações das pontes de hidrogênio que conferem a cristalinidade da celulose e aumentando a digestão desta e da hemicelulose.

Estima-se que, de cada tonelada de cana-de-açúcar processada, 260 quilos são transformados em bagaço. Embora esse volumoso seja pobre em nutrientes, eles podem suprir em parte as necessidades energéticas dos animais, se previamente tratados e melhorados para este fim. A técnica de amonização do bagaço com uso de ureia promove a melhoria de suas características nutricionais, com o aumento da digestibilidade da fibra e do teor de proteína bruta do material amonizado, o que permite uma utilização mais eficiente na alimentação de ruminantes. A maioria dos trabalhos sobre amonização de volumosos de baixa qualidade tem mostrado que esse tipo de tratamento promove aumento da degradabilidade da matéria seca e dos constituintes da parede celular destas forragens.

Materiais e Métodos

O experimento foi conduzido no Laboratório de Forragicultura e Pastagem, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Campus Juvino Oliveira, localizada no município de Itapetinga, Bahia. Como material para o tratamento químico foi utilizado o bagaço de cana-de-açúcar proveniente de usina de água ardente da Fazenda Bela Vista, no município de Encruzilhada, Bahia.

No momento da ensilagem, o bagaço apresentou 50% de matéria seca (Tabela 1), sendo picado em picadoura estacionaria. Antes da adição de ureia ao bagaço, foi coletada uma amostra do bagaço, para avaliação de sua composição bromatológica. A ureia correspondente a cada dose de inclusão e os grãos de soja moídos foi misturada ao bagaço e em seguida, procedeu-se à homogeneização.

O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, sendo representado por um esquema fatorial 2 x 4, com e sem fonte de urease (soja grão moída), 2% com base na matéria seca, quatro níveis de inclusão de ureia 0, 2, 4 e 6% com base na matéria seca e 5 repetições totalizando 40 unidades experimentais.

Para o tratamento do bagaço foram utilizados silos experimentais de cloreto de polivinila – PVC, com dimensões de 50 cm de altura por 10 cm de diâmetro, providos de tampa com válvula de Bunsen. Foi utilizado 1 kg de areia no fundo de cada silo. A massa específica adotada foi de 450 kg/m3, correspondendo a 1,8 kg de matéria natural por silo, posteriormente, os silos foram vedados, pesados e armazenados por 100 dias.

 

Após a abertura dos silos, foram coletadas amostras, sendo acondicionadas em sacos plásticos devidamente numerados, e em seguida congeladas em friser a -10ºC para posteriores análises.  Parte das amostras foi descongelada à temperatura ambiente, acondicionada em bandejas de alumínio e levada à estufa de pré-secagem, por 72 horas, à temperatura de 55ºC, em seguida foi realizada à moagem em moinho Wiley, utilizando-se peneira de 1 mm. Após a moagem, as amostras foram colocadas em embalagens de plástico, identificadas e armazenadas em local fresco, até o momento de serem submetidas às análises bromatológicas.

Os teores de matéria seca (Método INCT-CA G-003/1), matéria mineral (Método INCT-CA M-001/1), proteína bruta (PB; Método INCT-CA N-001/1), extrato etéreo (Método INCT-CA G-004/1), fibra em detergente neutro (Método INCT-CA F 002/1), fibra em detergente ácido (Método INCT-CA F 004/1) e lignina (obtida a partir do resíduo do FDA tratado com H2SO4 72% p/p) foram obtidos segundo os procedimentos descritos por DETMANN et al. (2012). O teor de FDN, corrigido para cinzas e proteínas, foi realizado segundo recomendações de MERTENS (2002). A correção da FDN para os compostos nitrogenados e estimação dos conteúdos de compostos nitrogenados insolúveis nos detergentes neutro (NIDN) e ácido (NIDA) foram feitas conforme LICITRA et al. (1996).

Os carboidratos totais (CT) foram estimados segundo SNIFFEN et al. (1992),:

CT = 100 – (%PB + %EE + %cinza)

Os teores de carboidratos não fibrosos (CNF) foram calculados com adaptação ao proposto por HALL (2003), utilizando o FDNcp, sendo:

CNF = (100 – %FDNcp – %PB – %EE – %cinza)

Os resultados foram interpretados estatisticamente, por meio de análise de variância, teste t, e regressão a 5% de probabilidade, utilizando-se o programa SAEG – Sistema de Análises Estatísticas e Genéticas (Universidade Federal de Viçosa, 2000). 



Resultados e Discussão

A comparação estatística dos dois grupos representados pela presença ou ausência de fonte de uréase e níveis de ureia (0, 2, 4 e 6%) com base na matéria seca, propiciou mudanças nas características químicas do bagaço de cana, embora nem sempre homogêneas, na maioria dos parâmetros estudados. Para os valores de matéria seca, a interação não foi significativa (P> 0,05) entre as fontes avaliadas (Tabela 2). Para a variável com fonte de urease usando 2% foi observado superioridade em relação ao 0%, obtendo-se medias respectivas de 44,1 e 43,1% MS. O fator que pode explicar é que quando se adiciona ao bagaço de cana a soja grão moída e ureia, possuindo proporcionalmente maior teor de matéria seca pode ocorrer efeito de diluição entre as fontes.

Com relação às doses de ureia adicionada foi observado efeito (P<0,05) linear crescente para a variável ureia, onde para cada unidade percentual acrescido ocorreu aumento proporcional de 0,35% na matéria seca. REIS et al. (2008) avaliando o efeito de níveis crescentes de ureia adicionados à cana-de-açúcar hidrolisada com cal (0,5; 0,7; 0,9 e 1,1% na matéria natural) sobre as características relacionadas ao seu valor nutritivo, observou redução linear nos valores de MS. Os autores explicam o ocorrido devido à utilização da água na diluição da ureia e da cal para a realização da hidrólise, sendo, a proporção utilizada de 1 kg de cal hidratada em 8 litros de água para cada 100 kg da cana-de-açúcar. Os resultados diferem do experimento em questão da ureia não ter sido diluída, o que não afetou negativamente o teor de matéria seca do material amonizado. A interação foi significativa (P<0,05) entre os níveis de ureia e fonte de urease adicionados para a variável proteína bruta (Tabela 2).

Foram verificados (P<0,05) maiores percentuais de proteína bruta, associado a 0% de fonte de urease nas doses de 2, 4, 6% de ureia. Já para o nível de 0% de ureia não foi observado diferença (P>0,05), pois a adição de soja grão moída não implicou em diferenças nos teores de proteína bruta.  Na presença da enzima urease presente na soja grão, a ureia é desdobrada para produção de amônia, um composto de alta volatibilidade, assim a adição de 2% de soja grão proporcionou maior perda de amônia por volatilização o que pode explicar os menores percentuais de proteína. Constatou-se efeito linear crescente (P<0,05) em função das doses de ureia para o teor de proteína bruta, com ou sem adição de fonte de urease. Desta forma, para cada unidade percentual de ureia adicionada ao bagaço de cana ocorreu aumento 1,42 e 0,99% de proteína bruta, respectivamente.

            PADUA et al. (2011) trabalhando com desse de 0; 0,5; 1,0; 1,5 e 2% da matéria natural e períodos de tratamento, sobre a composição química de feno de Paspalum notatum (grama batatais), verificou efeito linear crescente em função do aumento das doses de ureia aplicada. Este comportamento foi explicado pela deposição do nitrogênio não proteico aplicado na forma de ureia no tecido vegetal.

Um dos fatores limitante ao desempenho animal é a concentração proteica em volumosos de baixa qualidade, com isso, a correção do teor de proteína bruta do bagaço de cana  pelo tratamento químico com ureia, resulta em aporte de nitrogênio não proteico para os microrganismos ruminais, fazendo com que haja maior eficiência na produção de proteína microbiana no rúmen, bem como, maior eficácia na utilização do substrato. Não significa que seja pertinente adicionar altas doses de ureia, pois pode exceder a necessidade de nitrogênio no rúmen, que é no mínimo 1% de nitrogênio ou aproximadamente 7% de proteína bruta.

A interação não foi significativa (P>0,05) para os valores de cinza entre as fontes avaliadas, obtendo média de 2,7% com ou sem adição de fonte de urease. O teor de matéria mineral da soja grão não foi capaz de influenciar significativamente o teor de cinza do bagaço, assim como não foi observado efeito (P>0,05) dos níveis de ureia sobre a matéria mineral obtendo-se médias similares.

LOPES et al. (2005) avaliando efeitos da adição de quatro níveis de ureia (0, 4, 6 e 8% da MS) em quatro períodos de amonização (0, 9, 18 e 27 horas) sobre a composição bromatológica do cultivar miúda de palma forrageira, observou efeito quadrático para esta variável em função das doses de ureia aplicada, o que difere do presente experimento. Para o extrato etéreo, a interação não foi significativa (P>0,05) entre os níveis de ureia e fonte de urease adicionados, não havendo diferença (P>0,05) com ou sem adição de fonte de urease e também para as doses de ureia, apresentando média de 1,2%. Os resultados comprovam que com a adição de soja grão, alimento rico em extrato etéreo, o mesmo, não foi capaz de alterar a concentração desta variável no resultado. Este fato pode ser explicado pelo baixo nível de inclusão do produto, sendo representado por 2% de soja grão com base na matéria seca.

A interação foi significativa (P<0,05) entre os níveis de ureia e fonte de urease adicionados para a variável fibra em detergente neutro, sendo verificado diferenças (P<0,05) nas doses de 0, 4, 6% de ureia com maiores percentuais. Entretanto com 2% de ureia não foi verificado diferença (P>0,05) (Tabela 2). Este fato pode estar relacionado à ineficiência da dose de ureia utilizada e a menor atividade da urease, tendo como consequência uma diminuição da concentração de amônia no meio, ocasionando ineficácia na solubilização dos compostos da parede celular.

Por meio da análise de regressão, observou-se comportamento quadrático (P<0,05) para a fibra em detergente neutro (FDN) sem adição de fonte de urease, estimando-se teor mínimo de 66,9% para a dose de 8,61% de ureia. Já para os tratamentos com inclusão de fonte de urease, foi observado comportamento linear decrescente (P<0,05), em função das doses de ureia com redução de 1,6% de fibra em detergente neutro para cada unidade percentual adicionado. A diminuição do teor de fibra em detergente neutro pode ser explicada pela ocorrência de hidrolise alcalina por meio do efeito da amonização ocorrendo solubilização parcial da hemicelulose.

A amônia, produto da decomposição da ureia pode agir sobre as moléculas de hemicelulose, promovendo o rompimento de ligações e a solubilização parcial deste componente, facilitando a ação dos microrganismos ruminais sobre a parede celular (VAN SOEST 1994). CARVALHO et al. (2006) amonizaram bagaço de cana-de-açúcar com quatro doses de ureia 0, 2,5, 5 e 7,5% e 1,2% de fonte de urease (soja grão) com base na matéria seca, no período de 110 dias, verificando uma redução linear de 2,7% no conteúdo de fibra em detergente neutro para cada unidade percentual de ureia adicionados ao bagaço.

Ao trabalhar com ureia (0, 0,5, 1, 2 e 4% com base na matéria seca) na amonização de feno de capim-buffel por 60 dias, BEZERRA et al. (2014) não observaram redução da fibra em detergente neutro. Os autores justificam que a ineficiência da ureia em diminuir os teores da fração fibrosa nos fenos de capim-buffel pode estar relacionada com o estágio de desenvolvimento avançado do mesmo no momento da colheita, que pode ter reduzido a atividade da urease, diminuindo a liberação de amônia e, consequentemente, a solubilização da hemicelulose.

O teor de fibra em detergente neutro (FDN) presente na dieta de ruminantes, influência negativamente o consumo de matéria seca, podendo limitar o desempenho animal. Torna-se relevante a obtenção de medidas que visam diminuir o conteúdo de fibra em detergente neutro de volumosos de baixa qualidade para que se possam alcançar desempenhos satisfatórios. Outro fator que merece notoriedade é o antagonismo da relação entre energia e FDN na dieta, desta forma, quanto maior o teor de FDN, menor o teor de energia. De maneira geral, tanto a qualidade quanto a quantidade de fibra presente nas plantas forrageiras são parâmetros que podem influenciar na ingestão de matéria seca pelos animais, seja ela determinada pela densidade energética ou pelo efeito físico de enchimento do rumem que a fibra pode causar nos animais ruminantes MACEDO JUNIOR et al. (2007).

A interação não foi significativa (P>0,05) para os valores de fibra em detergente ácido entre as fontes avaliadas (Tabela 2). Com relação ao uso de fonte de urease foi observado diferença (P<0,05), com maiores médias observadas para os tratamentos sem adição de fonte de urease. A observação destes resultados demonstra que a adição de fonte de urease aliada às doses de ureia provoca uma maior eficiência na redução do conteúdo de fibra em detergente ácido (Tabela 2).

Ao analisar a fibra em detergente ácido por meio da equação de regressão (Figura 6), foi verificado redução linear decrescente (P<0,05), ou seja, para cada unidade percentual de ureia adicionado ao bagaço ocorreu redução de 1,05% nos teores de fibra em detergente ácido. Possivelmente, quando materiais fibrosos são tratados com produtos alcalinos (ureia), as ligações intermoleculares, mais especificamente as pontes de hidrogênio entre as moléculas de celulose se rompem solubilizando parte deste componente da parede celular (VAN SOEST 1994). Com isso, pode ser explicada a diminuição dos teores de fibra em detergente ácido, tendo em vista, que a mesma é formada por celulose e lignina.

OLIVEIRA et al. (2011) avaliando a composição química do bagaço de cana-de-açúcar amonizado com diferentes doses de ureia (2, 4, 6 e 8% com base na MS) e soja grão (0, 2 e 4% com base na MS) por um período de 52 dias, observaram por meio de análise de regressão, que houve diminuição dos teores de fibra em detergente ácido, independente das doses de soja grão moída. CARVALHO et al. (2006) amonizaram bagaço de cana-de-açúcar com quatro doses de ureia  0, 2,5, 5 e 7,5% e 1,2% de fonte de urease (soja grão) com base na matéria seca, no período de 110 dias, verificando uma redução linear de 1,88% no conteúdo de fibra em detergente neutro para cada unidade percentual de ureia adicionados ao bagaço. Os valores de fibra em detergente neutro foram 49,0, 44,4, 39,6 e 34,9% respectivamente, para as doses de ureia.

A interação não foi significativa (P>0,05) para os valores de celulose entre as fontes avaliadas (Tabela 3). No entanto, houve diferença (P<0,05) na adição de soja grão (fonte de urease), tendo sido observados médias de 40,8 sem urease e 39,4 com 2% de adição de fonte de urease. Este comportamento pode ser explicado devido à soja possuir elevado teor de urease, ocasionando desta forma, maior desdobramento da ureia em amônia, influenciando na desestruturação da parede celular.

Ao analisar a equação de regressão foi observado redução linear (P<0,05) nos teores de celulose, tendo sido verificado 0,78% de decréscimo de celulose para cada unidade percentual de ureia adicionados (Tabela 3). OLIVEIRA et al. (2011) avaliaram o valor nutritivo da silagem de capim-Tanzânia (Panicum maximum) amenizado com ureia nos níveis de 0,0 0,25, 0,5 e 0,75 com base na matéria seca e dois períodos de tratamento 30 e 60 dias, não sendo observado efeito significativo sobre os teores de celulose. O mesmo autor justifica que o comportamento apresentado se deu em função da baixa quantidade de ureia adicionado aos tratamentos.

Foi observado efeito de interação (P<0,05) entre os níveis de ureia e fonte de uréase adicionados para a variável hemicelulósica. Sendo verificados diferenças (P<0,05) nas doses de 4 e 6% de ureia com menores valores nos tratamentos com adição de fonte de uréase (Tabela 3). Este fato pode ser provavelmente justificado pela maior eficiência das doses citadas associado a 2% de inclusão de fonte de urease na solubilização da hemicelulose presente na parede celular. A hemicelulose é uma fração da parede celular, que é quantificada pela diferença entre a fibra em detergente neutro e fibra em detergente ácido.

Com relação às doses 0 e 2% de ureia independente da adição de urease não foi observado diferença (P>0,05) para a hemicelulose, devido provavelmente as baixas doses de ureia utilizada nos tratamentos (Tabela 3).

Os carboidratos estruturais são os principais responsáveis pela qualidade nutritiva dos alimentos, principalmente dos volumosos, devido a parede celular concentrar de 30 a 80% da matéria seca das plantas forrageiras, sendo representados pela celulose, hemicelulose e a pectina MAEDA et al. (2007).

Quanto aos teores de hemicelulose sem adição de fonte de urease, não foi verificado diferença (P>0,05) entre as doses de ureia adicionadas. No entanto, nota-se que com o aumento dos níveis de ureia e fonte de urease, foi observado redução linear de 0,49% da hemicelulose, para cada unidade percentual de ureia. Este resultado está relacionado a ação dos álcalis sobre os complexos lignocelulósicos dos volumosos tratados com proudutos alcalinos, que solubilizam parte da hemicelulose, expande a celulose e assim a fração fibrosa torna-se de melhor qualidade RIBEIRO et al. (2009).

A interação foi significativa (P<0,05) entre os níveis de ureia e fonte de urease adicionados para a variável lignina. Sendo verificado diferença (P<0,05) na dose de 6% de ureia com menor valor no tratamento com adição de fonte de urease (Tabela 3). De acordo com (VAN SOEST 1994), a dissolução de parte da lignina é pelo rompimento das ligações intermoleculares no tipo éster entre o ácido urônico da hemicelulose e da celulose durante o processo de amonização.

Verificou-se comportamento quadrático para a lignina sem adição de fonte de urease, estimando teor mínimo de 8,91% com a dose de 4,9% de ureia. Já com a adição de fonte de urease, apresentou comportamento quadrático com ponto de máxima estimado em 9,67% com a dose de 0,95% de inclusão ureia (Tabelo 3).

A interação não foi significativa (P>0,05) para os valores de nitrogênio insolúvel em detergente neutro, em decorrência das fontes avaliadas (Tabela 4). No entanto, a inclusão de 2% de fonte de urease, apresentou média superior de 36,2. Este comportamento pode ser explicado devido a inclusão de soja grão ao material amonizado, que apresenta valor considerável deste composto em sua composição.

Ao analisar a equação de regressão, observou-se efeito quadrático (P<0,05) com teor mínimo de 16,9% de nitrogênio insolúvel em detergente neutro para a dose de 5,3% de ureia (Tabela 4). A diminuição no teor de nitrogênio insolúvel em detergente neutro (NIDN) se da em função do processo de amonização na forma de ureia, fazendo com que haja uma maior disponibilidade de nitrogênio no alimento, assim, a redução no teor de NIDN é um parâmetro que indica um melhor valor nutritivo para o alimento. Entretanto doses acima de 5,3 de ureia pode aumentar a fração insolúvel da proteína.

A interação foi significativa (P<0,05) entre os níveis de ureia e fonte de urease adicionados para a variável nitrogênio insolúvel em detergente ácido (NIDA). Sendo verificado diferença (P<0,05) na dose de 2% de ureia, com maior valor observado com adição de 2% de fonte de urease (Tabela 4).

Ao avaliar a equação de regressão, constatou-se efeito quadrático (P<0,05) para o NIDA, com ou sem adição de fonte de urease. Verificou-se teor mínimo de 6,1% de NIDA com 4,8% de ureia para a variável sem fonte de urease. Já quando adicionado fonte de urease com 2%, foi observado teor mínimo de 11,1% de NIDA, com 6,4% de ureia (Tabela 4). Estes resultados comprovam a eficiência da amonização em diminuir o teor de NIDA do alimento, promovendo uma diluição desta fração, fazendo com que haja um aumento no conteúdo de compostos nitrogenados para ser aproveitado pelo animal. A fração dos compostos nitrogenados ligados a porção insolúvel em detergente ácido (NIDA), tem sido empregado como preditor ou estimador do potencial de aproveitamento proteico por algum dos principais sistemas nutricionais, como o sistema britânico (AFRC, 1993).

A interação foi significativa (P<0,05) entre os níveis de ureia e fonte de urease adicionados para os carboidratos totais. Para o nível de 0% de ureia, independente da inclusão da fonte de urease não foi observado diferença (P>0,05), pelo fato de não ter ocorrido adição de proteína em forma de ureia. Já para os níveis de 2, 4 e 6% de ureia, com ou sem fonte de urease, foi verificado diferença (P<0,05), tendo apresentado maiores médias com inclusão 2% de fonte de urease (Tabela 4).

Para a variável carboidrato total com e sem inclusão de fonte de urease, foi verificado efeito linear decrescente (P<0,05), com 1,3 e 0,96% para cada unidade de ureia adicionado respectivamente (Tabela 4). Este comportamento foi esperado devido o aumento da concentração de proteína bruta oriundo da adição de ureia, sendo que o extrato etéreo e cinza não sofreram alteração.

Foi verificado efeito de interação (P<0,05) entre os níveis de ureia e fonte de urease adicionados para a variável carboidrato não fibroso. Sendo verificado maiores médias para os tratamentos com inclusão de fonte de urease a 2% (Tabela 4).

Quando não foi adicionado fonte de urease, observou-se efeito quadrático (P<0,05), tendo um ponto de máxima de 20,2% nos carboidratos não fibrosos para os níveis de 2,3% de adição de ureia. Porém, quando foi avaliado inclusão de 2% de fonte de urease, observou-se efeito linear crescente (P<0,05), apresentando aumento de 0,65% no teor de carboidratos não fibrosos para cada unidade de ureia adicionado (Tabela 4). Com a redução dos componentes fibrosos do bagaço de cana amonizado, principalmente da hemicelulose, há uma diminuição da fibra em detergente neutro, acarretando um aumento no conteúdo de carboidratos prontamente digestíveis representado pela fração A, uma vez que a FDN é subtraída na obtenção dos carboidratos não fibrosos.  Segundo TEIXEIRA et al. (2007) os fatores que influenciam negativamente no valor nutritivo desse resíduo lignocelulósico são as ligações existentes na parede celular entre a celulose, a hemicelulose e a lignina. As fibras do bagaço da cana contêm, como principais componentes, cerca de 40% de celulose, 35% de hemicelulose e 15% de lignina, sendo este último responsável pelo seu baixo aproveitamento na alimentação animal.

Para que o processo de amonização seja eficiente, é preciso que se tenha uma fonte de uréase adicionada ao meio, visando o desdobramento da ureia em amônia, o que pode acarretar numa maior eficiência do processo. Com isso, o grão de soja moído pode ser adicionado junto à ureia resultando em uma quebra mais eficiente dos compostos nitrogenados e uma maior liberação da amônia para o meio.

Conclusões

A amonização com ureia proporciona melhoria no valor nutritivo do bagaço de cana-de-açúcar, evidenciado pelo aumento no teor de proteína bruta e redução da fibra em detergente neutro. Com isso, recomenda-se a adição de 6% de ureia e 2% de fonte de urease (soja grão) no tratamento químico do bagaço de cana-de-açúcar.



Gráficos e Tabelas




Referências

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