Inclusão do farelo de girassol na ensilagem de capim-elefante: Características fermentativas, valor nutritivo e fracionamento de carboidratos e proteínas
2 - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
3 - Instituo Federal da Bahia, Campus Uruçuca
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RESUMO -
Objetivou-se avaliar perfil fermentativo, composição química, fracionamento de carboidratos e proteína de silagens de capim-elefante emurchecido, ou não, contendo farelo de girassol. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e quatro repetições: capim-elefante emurchecido; capim-elefante não emurchecido com (0, 6, 12 e 18% com inclusão de farelo de girassol) na matéria natural. Adotou-se uma massa específica de 600 kg/m3. A silagem contendo 12 e 18% de farelo de girassol apresentou maior (P<0,05) valor de pH (3,8). Teor elevado de nitrogênio amoniacal foi verificado para a silagem de capim não emurchecido (10,4% N-total). O farelo de girassol foi eficiente em reduzir (P<0,05) as perdas por gás, efluente e total, proporcionando maior índice de recuperação da matéria seca. A matéria seca, proteína bruta, matéria mineral, lignina, digestibilidade in situ apresentaram efeito linear (P<0,05) com adição de farelo de girassol. Entretanto, comportamento linear decrescente (P0,05) para fibra em detergente ácido e nitrogênio insolúvel em detergente ácido com a inclusão de farelo de girassol. Comportamento quadrático foi verificado (P<0,05) parra extrato etéreo carboidrato total e carboidrato não fibroso. Para o fracionamento de carboidrato, a fração A+B1 não foi observado diferença (P0,05) entre as silagens com adição de farelo de girassol. A inclusão de 18% de farelo de girassol na ensilagem de capim-elefante melhora as características fermentativas e nutritivas do alimento, além de ser eficiente em incrementar matéria seca e proteína bruta das silagens.
Inclusion of sunflower meal in elephant grass silage: fermentative characteristics, nutritional value and fractionation of carbohydrates and protein
ABSTRACT - The objective of this study was to evaluate the fermentation profile, chemical composition, carbohydrate fractionation and protein of elephant grass silages wilted, or not, containing sunflower meal. The experimental design was completely randomized, with five treatments and four replications: wilted elephantgrass; Unlearned elephantgrass (0, 6, 12 and 18% with inclusion of sunflower meal) in natural matter. A specific mass of 600 kg / m3 was adopted. The silage containing 12 and 18% of sunflower meal presented higher (P <0.05) pH value (3,8). Elevated ammoniacal nitrogen content was verified for unweaned grass silage (10.4% N-total). The sunflower meal was efficient in reducing (P <0.05) losses by gas, effluent and total, providing a higher dry matter recovery index. Dry matter, crude protein, mineral matter, lignin, in situ digestibility presented a linear effect (P <0.05) with addition of sunflower meal. However, linear decreasing behavior (P <0.05) for neutral detergent fiber, neutral detergent fiber corrected for ash, total digestible nutrients and protein and neutral detergent insoluble nitrogen, and there was no difference (P> 0.05) for Fiber in acid detergent and acid detergent insoluble nitrogen with the inclusion of sunflower meal. Quadratic behavior was verified (P <0.05) for ethereal total carbohydrate extract and non fibrous carbohydrate. For the carbohydrate fractionation, the fraction A + B1 did not observe a difference (P <0.05) and the fraction B2 and C presented quadratic behavior with the inclusion of sunflower meal. For fractionation of protein, fraction A increased with the inclusion of sunflower meal, the fraction B1 + B2 and B3 presented quadratic effect and the fraction C did not differ (P> 0.05) between silages with addition of bran sunflower. The inclusion of 18% of sunflower meal in elephantgrass silage improves the fermentative and nutritive characteristics of the food, besides being efficient in increasing the dry matter and crude protein of the silages.Introdução
A produção de silagem constitui uma das principais técnicas de conservação de volumosos. Dentre as gramíneas forrageiras tropicais, o capim-elefante (Pennisetum purpureum, Schum) tem se destacado em diversas pesquisas realizadas no país, principalmente por apresentar elevada produção de forragem por unidade de área e pelo equilíbrio nutritivo (Ferreira et al., 2010).
A ensilagem de forrageiras com baixo teor de matéria seca em sua grande maioria resulta em silagem de baixa qualidade, em decorrência de problemas como a elevada produção de efluentes e o desenvolvimento de bactérias do gênero Clostridium, que ocasionam perdas de matéria e valor nutritivo do material. As características das forrageiras que favorecem uma boa fermentação são; o teor de matéria seca, a microbiota epifítica e, principalmente, a quantidade de carboidratos solúveis. Alguns capins podem ser aproveitados, desde que sejam ensilados no estágio de desenvolvimento ideal ou se empreguem aditivos adequados (Zanine et al., 2006).
Embora o capim-elefante apresente boas características de produção, fatores limitantes, como alto teor de umidade e baixas concentrações de carboidratos solúveis podem gerar condições de obtenção de silagens de baixa qualidade. Assim, faz-se necessária a utilização de técnicas que possam elevar o teor de matéria seca da forragem para níveis satisfatórios do ponto de vista da fermentação (Oliveira et al., 2012).
Dentre as técnicas que inibem o crescimento de microrganismos indesejáveis e minimizam as perdas por fermentação, o emurchecimento e ou inclusão de aditivos como o farelo de girassol possuem finalidades de influenciar o processo da fermentação, favorecendo a preservação e melhorando o valor nutritivo (Van Soest, 1983). Nesse sentido, o aditivo eleva o teor de matéria seca, carboidratos solúveis, produção de ácido lático, ocorrendo a redução do pH, além de reduzir as perdas, o desenvolvimento de enterobactérias e bactérias clostrídicas que resulta em silagens com bom valor nutritivo.
Portanto, objetivou-se avaliar o perfil fermentativo, composição química, fracionamento de carboidratos e proteínas de silagem de capim-elefante emurchecido e silagem de capim-elefante não emurchecido com inclusão de farelo de girassol (0; 6; 12 e 18% na matéria natural).Revisão Bibliográfica
A produção de ruminantes em regiões tropicais é baseada exclusivamente em pastagens, mas, a atividade pecuária encontra entraves, pois, para manter a eficiência produtiva dos rebanhos em razão da sazonalidade da produção forrageira ao longo do ano (Andrade et al., 2010).
A ensilagem constitui uma das estratégias mais utilizadas para armazenar forragem visando minimizar as perdas na produção dos rebanhos durante os períodos de escassez (Teixeira et al., 2008). A utilização de silagens de gramíneas forrageiras tropicais tornou-se prática cada vez mais comum na alimentação de ruminantes (Oliveira et al., 2012). O capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.) é uma forrageira com excelente potencial de produção de matéria seca, sendo uma alternativa para produção de silagem. Contudo, o alto teor de umidade e o baixo teor de carboidratos solúveis (Zanine et al., 2006), estes fatores inibem o adequado processo fermentativo, impedindo o rápido declínio do pH, e produzindo silagens de baixo valor nutricional, resultando em perda de nutrientes pela elevada quantidade de efluente produzido (McDonald, 1981).
Buscar alternativas para aumentar o teor de matéria seca e o aporte de carboidratos solúveis no material a ser ensilado tem sido amplamente pesquisado no país. Dentre as técnicas possíveis. O emurchecimento ou adição de aditivos absorventes e nutritivo no volumoso estão sendo estudado na produção de silagem de boa qualidade. Nesse contexto, o farelo de girassol apresenta potencial de utilização na ensilagem de capim-elefante, pois possuem características importantes, como elevados teores de matéria seca e carboidratos solúveis. Os principais parâmetros avaliados na eficiência do processo fermentativo da silagem são: teor de MS, valor de pH e conteúdo de nitrogênio (N) amoniacal como proporção do N total (Tomich et al., 2003).
Nesse cenário, a produção de silagem com uso de capim-elefante, o material deve ser cortado com 60 dias de desenvolvimento, após o corte de uniformização. Porém, o teor de matéria seca nesta idade é muito baixo, 15 a 20%, o que não é recomendado para o processo de ensilagem (Monteiro et al., 2011). Entretanto, recomenda-se a utilização de produtos ricos em matéria seca que eliminem o excesso de umidade da forragem, desta forma o farelo de girassol é uma excelente alternativa.
No Brasil, é imprescindível que sejam realizados trabalhos de pesquisa com o farelo de girassol, por ser este de menor custo, para que se possam avaliar os efeitos da inclusão desse produto, com o intuito de aumentar a produção e reduzir os custos da alimentação.
Materiais e Métodos
O experimento foi conduzido no Laboratório de Forragicultura e Pastagem da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Campus Juvino Oliveira –Itapetinga-Ba. Para ensilagem, foi utilizado o capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum. cv. Napier) proveniente da área implantada na Universidade. No momento do corte, o capim apresentou 1,8 m de altura, após 60 dias de rebrota, com 22,2% de matéria seca, sendo picado em picadoura estacionária com tamanho de partículas variando entre 1 a 2 cm. Imediatamente após a picagem foi homogeneizado, aditivado com o farelo de girassol, conforme os tratamentos na ensilagem. Para obtenção da silagem de capim-elefante emurchecido, o capim colhido foi deixado no campo, após 8 horas de exposição ao sol, sem revolvimento, posteriormente foi picado e ensilado.
O experimento foi conduzido no delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e quatro repetições, como a seguir: capim-elefante emurchecido; capim-elefante não emurchecido com (0, 6, 12 e 18% com inclusão de farelo de girassol) na matéria natural, corresponderam às doses de 20,8; 35,9 e 47,45% na matéria seca, a composição química das silagens encontra-se na Tabela 1.
Foram utilizados silos experimentais de cloreto de polivinila - PVC, com dimensões de 50 cm de altura por 10 cm de diâmetro, providos de tampa com válvula de Bunsen com areia e tela no fundo, previamente pesados para captação de efluente das silagens de capim-elefante. As avaliações de perdas foram realizadas por ocasião da abertura dos silos, o material foi compactado, adotando-se uma massa específica de 600 kg/m3, correspondendo a 2,0 kg de matéria natural por silo. Posteriormente, os silos foram vedados, pesados e ficaram armazenados por 60 dias. Após o período de armazenamento, os silos foram novamente pesados para se estimar as perdas por gases (PG), perdas por efluente (PE), perda total (PT) e o índice de recuperação de matéria seca (IRMS) nas silagens mediante equações propostas por Jobim et al. (2007).
Parte da silagem foi utilizada para análise do nitrogênio amoniacal (N-NH3) e potencial hidrogeniônico (pH), determinados logo após abertura dos silos. O teor de N-NH3, em percentagem do nitrogênio total, foi estimado segundo Cunniff (1995). Já o pH foi medido utilizando-se potenciômetro digital.
As amostras coletadas em cada silo foram devidamente identificadas, acondicionadas e armazenadas em freezer a uma temperatura de menos 10ºC. Posteriormente, em momento oportuno, partes das amostras foram descongeladas à temperatura ambiente para que se procedesse a pré-secagem em estufa com ventilação forçada e temperatura controlada (60ºC por 72 horas). Em seguida, o material foi moído em moinho de facas (tipo Willey) com peneiras de malha de 1 mm. Na sequência, as amostras processadas foram submetidas a análises dos teores de matéria seca, nitrogênio total, proteína bruta, lignina, extrato etéreo, conforme procedimentos descritos por Silva e Queiroz (2002). O teor de nitrogênio insolúvel em detergente ácido foi determinado de acordo com os procedimentos descritos por Licitra (1996), sendo expressos como porcentagem do nitrogênio total. As análises para determinação dos teores de fibra em detergente neutro e fibra em detergente ácido (Van Soest, 1967).
O teor de fibra em detergente neutro corrigido para cinza e proteína (FDNcp) foi realizado segundo recomendações de Mertens (2002). Os carboidratos totais (CT) foram estimados segundo Sniffen et al. (1992), como: CT = 100 – (%PB + %EE + %cinza). Os teores de carboidratos não-fibroso (CNF) foram calculados de acordo Hall (2003), utilizando o FDNcp sendo: CNF = (100 – %FDNcp – %PB – %EE – %cinza). A estimação dos teores dos nutrientes digestíveis totais (NDT), conforme descrito por Weiss (1992).
A digestibilidade in situ da matéria seca foi avaliada pelo método de incubação in situ, por um período de 48 horas, utilizando-se um novilho mestiço Holandês × Gir, com 280 kg de peso corporal, castrado, devidamente identificado e canulado no rúmen.
As amostras utilizadas na incubação ruminal foram moídas em peneira com crivos de 1 mm e acondicionadas em sacos de tecido-não-tecido, com dimensão de 5 × 5 cm, em quantidade de aproximadamente 0,5 g de MS/saco, buscando-se manter relação próxima de 20 mg de MS/cm2 de área superficial do saco (Nocek, 1988). Após 48 horas de incubação ruminal, todos os sacos foram lavados manualmente em água corrente, até o momento em que a água ficasse transparente, em seguida, foram secos em estufa de ventilação forçada a 60ºC, por 72 horas, e imediatamente pesados para determinação da digestibilidade in situ da matéria seca.
Para as frações que compõe os carboidratos, estimou-se da seguinte forma: as frações A+B1 correspondem aos carboidratos não fibrosos (CNF). Já para a fração C, foi estimada pela FDN indigestível, após 240 horas de incubação in situ (Casali et al., 2008), logo, a fração B2, que corresponde à fração disponível da fibra, foi obtida pela diferença entre a FDNcp e a fração C.
As frações proteicas foram obtidas conforme método descrito por AOAC (1995). A fração A, que corresponde ao nitrogênio não proteico (NNP), foi determinada a partir da adição de água destilada (5 mL), em aproximadamente 0,5 g de amostra, deixando a solução em repouso por 30 minutos. Após decorrer o tempo, o material foi centrifugado a 10.000 rpm, por 20 minutos. Em seguida, adicionou-se solução de ácido tricloroacético - TCA (5 mL) a 20% e deixou-se descansar por 3 horas. Decorrido o período, o material foi novamente centrifugado a 10.000 rpm, por 20 minutos, coletando-se 2 mL do sobrenadante e transferido para um tubo de determinação de nitrogênio. Procedeu-se então a estimação do teor de nitrogênio no líquido pelo método MicroKjeldahl, para quantificação dos compostos nitrogenados não proteicos. A fração B3 da proteína foi obtida pela diferença entre NIDN e NIDA, e para fração C foi considerado o NIDA, ao passo que a proteína verdadeira solúvel em detergente neutro (frações B1+B2) foi obtida pela diferença entre as frações A, B3 e C como se segue: B1+B2= 100-[NNP+(NIDN-NIDA)+NIDA]. De maneira resumida, as frações proteicas foram estimadas como se segue: Fração A=NNP; Frações (B1+B2)= 100-[NNP+(NIDN-NIDA)+NIDA]; Fração B3 = NIDN – NIDA; C = NIDA.
O efeito das doses de farelo de girassol foi avaliado por meio das análises de variância e regressão, adotando-se o nível de 1% de probabilidade. A comparação entre a silagem de capim-elefante emurchecido com as silagens de capim-elefante com farelo de girassol, (0; 6; 12% e 18% na matéria natural), foi realizada pelo teste de Dunnett, adotando-se o nível de 5% de probabilidade, utilizou-se o programa Sistema de Análises Estatísticas e Genéticas - SAEG (Ribeiro júnior, 2001).
Resultados e Discussão
Não houve diferença (P>0,05) para o potencial de hidrogênio (pH), entre as silagens de capim-elefante não emurchecido com 0 e 6% de farelo de girassol, ao serem comparadas com a silagem de capim elefante emurchecido. As silagens com 12 e 18% de farelo de girassol diferiram (P<0,05) da silagem de capim elefante emurchecido, (Tabela 2).
A redução do pH em silagem é decorrente da produção de ácidos orgânicos, promovendo uma diminuição na atividade proteolítica das enzimas da forragem e reduzindo o crescimento de microrganismos anaeróbicos indesejáveis, particularmente, enterobactérias e clostrídios. A equação de regressão para a variável pH, apresentou média de 3,74 (Tabela 2). Assim, a avaliação do pH é um indicativo da qualidade fermentativa, logo o valor encontrado esta dentro da faixa considerada adequada para promover uma boa conservação do material ensilado.
O teor de nitrogênio amoniacal (N-NH3) das silagens não emurchecida e contendo 6, 12 e 18% de farelo de girassol diferiram (P<0,05) da silagem de capim-elefante emurchecido (Tabela 2). Verifica-se que o emurchecimento foi eficiente em reduzir o teor de nitrogênio amoniacal da silagem quando comparada com a silagem não emurchecida com 0% de farelo de girassol, este resultado é devido à exposição do material ao sol onde a ação da luz, desencadear processos enzimáticos atuando na degradação da proteína, consequentemente ocorrendo redução no teor de (N-NH3). Maiores teores de N-NH3 são esperados em silagens de forragens contendo alta umidade, pois o meio proporcionará condições ao desenvolvimento de bactérias do gênero Clostridium, que promovem proteólise, o que explica a maior formação de N-amoniacal. Verificou-se comportamento quadrático para o nitrogênio amoniacal, estimando-se teor mínimo de 1,9% para a dose de 13,6% de farelo de girassol (Tabela 2).
O teor de N-NH3/NT é um indicativo da degradação da proteína durante o processo de ensilagem, o ideal que esses valores sejam inferiores a 10%, portanto, o capim elefante emurchecido contendo 6, 12 e 18% de farelo de girassol, apresentaram índices bens inferiores, o que indica que houve reduzida degradação da proteína.
As perdas por gases nas silagens não emurchecida e aditivada com 6, 12 e 18% de farelo de girassol apresentaram diferença (P<0,05) em relação à silagem de capim elefante emurchecido com menores perdas por gases, entretanto o capim elefante não emurchecido e com 6% de farelo de girassol obtiveram os menores valores (Tabela 2), estes resultados podem ser devido as maiores perdas por efluente, onde os nutrientes solúveis, ácidos orgânicos é carreada, logo proporciona menor perda por gases, devido redução do conteúdo fermentativo, bem como, à redução de microrganismos produtores de gases. De acordo com McDonald et al. (1991), aumento significativo nas perdas por gases ocorre quando há produção de álcool por fermentação por bactérias heterofermentativas, enterobactérias, leveduras e bactérias no gênero Clostridium ssp. Verificou-se comportamento quadrático para perdas por gases, estimando-se teor máximo de 3,1% para a dose de 10,8% de farelo de girassol (Tabela 2).
Em relação às perdas por efluente, observou-se que nas silagens não emurchecida e aditivada com 6, 12 e 18% de farelo de girassol diferiram (P<0,05) da silagem emurchecida. A maior perda de efluente observado na silagem não emurchecida é em virtude do baixo teor de matéria seca da forragem ensilada (Tabela 1), a menor perda de efluente na silagem não emurchecida com 18% de farelo de girassol está diretamente relacionada ao maior teor de matéria seca da forragem na ensilagem. Verificou-se comportamento quadrático para perdas por efluente, estimando-se teor mínimo de 5,3% para a dose de 15,9% de farelo de girassol (Tabela 2).
O volume do efluente produzido em um silo é influenciado principalmente pelo conteúdo de matéria seca da espécie forrageira ensilada e pelo grau de compactação e o tipo de silo (Oliveira et al., 2010). A importância do teor de MS da forragem é considerado um dos mais importantes fatores que contribuem para a obtenção de uma boa silagem com baixa produção de efluente, logo teor de matéria seca inferior a 22,2% (Tabela 1) propicia um ambiente favorável à proliferação e desenvolvimento de bactérias produtoras de ácido butírico, ocorrendo diminuição do valor nutritivo em decorrência da intensa degradação de proteínas.
As perdas totais para as silagens não emurchecida e aditivada com 6, 12 e 18% de farelo de girassol diferiram (P<0,05) da silagem emurchecida. Assim, o menor teor de nitrogênio amoniacal, menores perdas por gases e efluente contribuíram para obtenção de menores perdas totais, verificado para a silagem não emurchecida com 18% de farelo de girassol (Tabela 2). Verificou-se efeito linear decrescente para as perdas totais em função das doses de farelo de girassol, ou seja, para cada unidade percentual de farelo de girassol adicionada a forragem, ocorreu redução de 0,29 unidades percentuais de perdas totais na ensilagem, mostrando assim a maior eficiência do aditivo em reduzir as perdas totais (Tabela 2).
Na avaliação do índice de recuperação de matéria seca (IRMS) as silagens não emurchecida e aditivada com 6, 12 e 18% de farelo de girassol apresentaram diferença (P<0,05) da silagem emurchecida (Tabela 2). Os maiores IRMS com 18% de farelo de girassol é justificado devido ter ocorrido menores perdas de nitrogênio amoniacal, perdas por gases, perdas por efluentes, consequentemente menores perdas totais, portanto, o farelo de girassol na ensilagem de capim-elefante é eficiente em reduzir as perdas de silagem em relação à técnica de emurchecimento. Dessa forma, verificou-se efeito linear crescente no IRMS em função das doses de farelo de girassol (Tabela 2). Portanto, para cada unidade percentual de farelo de girassol adicionado a forragem, ocorreu aumento de 0,30 unidades percentuais no IRMS.
Os teores de matéria seca da silagem emurchecida não diferiram (P>0,05) da silagem contendo 6% de farelo de girassol, no entanto, a silagem não emurchecida e as contendo 12 ou 18% de farelo de girassol diferiram (P<0,05) da silagem emurchecida (Tabela 3). A inclusão de doses crescentes de farelo de girassol proporcionou efeito linear crescente no teor de matéria seca das silagens. Para cada unidade percentual de farelo de girassol adicionada no capim-elefante aumentou 0,56 unidades percentuais da matéria seca (Tabela 4). Portanto, as doses de 12 e18% de farelo de girassol apresentou maior eficiência em diminuir a umidade do material, pois uma fermentação adequada no silo ocorre com o teor de matéria seca entre 28 a 34%, nestas condições, mesmo teores de carboidratos de 6 a 8% são suficiente para desencadear fermentações láticas, com isso reduzindo perdas totais.
Observou-se que, os teores de matéria mineral verificados entre as silagens de capim emurchecido não apresentaram diferença (P>0,05) em relação ao capim não emurchecido com 6, 12 e 18% de farelo de girassol. No entanto, teor inferior foi encontrado na silagem não emurchecida (Tabela 3). Verificou-se efeito linear crescente na matéria mineral em função das doses de farelo de girassol com aumento de 0,03 para cada unidade percentual de farelo de girassol adicionado (Tabela 3).
Verificou-se para o extrato etéreo que apenas a silagem de capim não emurchecida com 18% de farelo de girassol apresentou diferença (P<0,05) da silagem emurchecida, apresentando menor teor de extrato etéreo (2,9) (Tabela 3). Houve efeito quadrático das doses de farelo de girassol sobre o teor de extrato etéreo, constatando-se um valor máximo de extrato etéreo de 4,7% para a dose de 6,7% de farelo de girassol adicionado (Tabela 3).
O teor de proteína bruta não apresentou diferença (P>0,05) entre as silagens de capim-elefante emurchecido e não emurchecido com 0% de farelo de girassol (Tabela 3), porém a silagem não emurchecida apresenta maior produção de nitrogênio amoniacal (Tabela 2). O N-NH3 de silagem é um real indicador da magnitude da atividade proteolítica dos clostrídios, uma vez que é produzido em pequenas quantidades por outros microrganismos da silagem e das enzimas da planta (Jobim et al., 2005). O capim elefante não emurchecido contendo 6, 12 e 18% de farelo de girassol diferiram (P<0,05) da silagem de capim elefante emurchecido, devido o farelo possui elevados teores de proteína bruta, o que permite o seu uso como fonte de proteína e aminoácidos (Tabela 1). Verificou-se que a adição de farelo de girassol proporcionou aumento linear crescente nos teores de proteína bruta da silagem, acréscimo de 0,55 unidades percentuais de proteína bruta na silagem (Tabela 3).
Verificou-se que as estimativas dos nutrientes digestíveis totais (NDT), da silagem não emurchecida e contendo 6, 12 e 18% de farelo de girassol não diferiu (P>0,05) da silagem emurchecido. A adição de farelo de girassol na ensilagem teve efeito linear decrescente para o NDT da silagem, para cada unidade percentual de farelo de girassol adicionada, proporcionou decréscimo de 0,31 unidades percentuais de nutrientes digestíveis totais (Tabela 4).
A digestibilidade in situ da matéria seca (DISMS) não apresentou diferença (P>0,05) entre a silagem emurchecida e não emurchecida. Entretanto, as silagens contendo 6, 12 e 18% de farelo de girassol diferiram (P<0,05) da silagem emurchecida (Tabela 3). Verificou-se efeito linear crescente para a digestibilidade in situ da matéria seca em função das doses de farelo de girassol, ou seja, para cada unidade percentual de farelo de girassol adicionada à forragem, ocorreu aumento de 0,61 unidades percentuais na digestibilidade in situ da matéria seca, devido às características do alimento adicionado na ensilagem, bem como a redução da fibra em detergente neutro contribuíram para o aumento da digestibilidade.
O teor de fibra em detergente neutro e FDNcp das silagens contendo 6, 12 e 18% de farelo de girassol diferiram (P<0,05) da silagem emurchecida, enquanto a silagem de capim-elefante não emurchecida apresentou valores similares (P>0,05) ao da silagem emurchecida (Tabela 4).
Verificou-se efeito linear decrescente para fibra em detergente neutro e FDNcp estimando 0,71 e 0,72 unidades percentuais por unidade de farelo de girassol adicionada à forragem, respectivamente (Tabela 4). Esta redução deve-se ao menor teor de FDN no farelo de girassol em relação ao capim-elefante, a redução no teor de FDN das silagens é importante, devido ser relacionada à regulação do consumo em ruminantes, onde dietas com alta energia e baixa disponibilidade de fibra, os animais irão regular o consumo de energia por atender o seu requerimento energético, entretanto, com alto teor de fibra o consumo é limitado pelo efeito de enchimento. Assim, o ponto de equilíbrio entre a regulação física e fisiológica do consumo representa o máximo consumo, bem como o teor de FDN da dieta que deveria ser formulada para atender o nível de produção esperado.
Houve diferença (P<0,05) no teor de fibra em detergente ácido entre a silagem de capim elefante emurchecido e as silagens emurchecida e contendo 6, 12 e 18% farelo de girassol, provavelmente, devido ao menor teor de FDA no farelo de girassol (Tabela 1). A adição de níveis crescentes de farelo de girassol ao capim-elefante não verificou diferença com média de 52,20%.
Na avaliação do teor de lignina, a silagem produzida com capim-elefante não emurchecido com 18% de farelo de girassol diferiu (P<0,05) da silagem de capim-elefante emurchecido. Entretanto, as silagens não emurchecida e aditivada com 6 e 12% de farelo de girassol foram similar (P>0,05) a silagem emurchecida (Tabela 5). Com relação a equação de regressão, verificou-se aumento linear no teor de lignina em função das doses de farelo de girassol (Tabela 4), estimando-se acréscimo de 0,15 unidades percentuais de lignina por unidade de farelo de girassol.
Ao analisar o nitrogênio insolúvel em detergente neutro (NIDN) e nitrogênio insolúvel em detergente ácido (NIDA), verificou-se que a silagem não emurchecida e contendo farelo de girassol (6, 12 e 18%) diferiram (P<0,05) da silagem emurchecida, (Tabela 5). Em relação ao NIDN maiores benefícios foram obtidos com a utilização do farelo de girassol em detrimento à técnica do emurchecimento, uma vez que os teores de NIDN foram reduzidos, tendo redução linear em 0,73 unidades percentuais com adição de farelo de girassol. A fração dos compostos nitrogenados ligados à porção insolúvel em detergente ácido da parede celular (NIDA) apresentou média 10,47% (Tabela 4), dessa forma, ressalta-se que a utilização do coproduto não influenciou nesta fração.
Os teores de carboidratos totais (CT) e carboidratos não fibrosos (CNF) da silagem não emurchecida e com 6, 12 e 18% de farelo de girassol diferiram (P<0,05) em relação à silagem emurchecida (Tabela 4). Ao analisar a equação de regressão, verificou-se comportamento quadrático para os carboidratos totais e não fibrosos, estimando-se teor mínimo de 75,2% para a dose de 17,1% de farelo de girassol e 7,3% para a dose de 4,7% de farelo de girassol (Tabela 4). Portanto, a composição química do farelo de girassol apresenta CT em quantidade favorecendo a redução com a inclusão no material ensilado.
Segundo Van Soest (1967), os carboidratos não fibrosos apresentam disponibilidade nutricional rápida, completa e constante entre os alimentos, de 98 a 100%, enquanto os carboidratos fibrosos, como celulose e hemiceluloses, os quais juntamente com a lignina, compõem a parede celular vegetal, são lentamente digeridos, apresentando disponibilidade nutricional variável ocupando espaço no trato gastrintestinal. Quantitativamente, o carboidrato não fibroso mais importante dos alimentos é o amido, sendo o maior carboidrato de reserva no tecido vegetativo de gramíneas e leguminosas de clima tropical. Na maioria das gramíneas de clima temperado, o carboidrato de reserva presente em maior quantidade são as frutanas, ocorrendo em menor proporção que o amido, especialmente no caule (NRC, 2007).
A fração A+B1 dos carboidratos não variou entre as silagens de capim-elefante emurchecido e não emurchecido, pois apresentaram teor similar (P>0,05) desta fração (Tabela 5). Isto pode ser explicado pela semelhança no teor de FDNcp entre esses tratamentos. Contudo, os valores observados para as silagens de capim-elefante contendo 6, 12 e 18% de farelo de girassol foram superiores (P<0,05) ao do tratamento emurchecido. As maiores frações solúveis em detergente neutro (A+B1), foram observadas para as silagens com farelo de girassol, ocorreram em função do menor teor de FDN. Para a análise de regressão não verificou efeito significativo das doses de farelo de girassol sobre essa variável, sendo verificado valor médio de 10,52% da fração A+B1 (%CT) (Tabela 5).
Para a fração dos carboidratos fibrosos potencialmente digestíveis (Fração B2) houve diferença (P<0,05) entre as silagens de capim-elefante emurchecido e não emurchecido, bem como, quando ocorreu a adição de 6, 12 e 18% de farelo de girassol (Tabela 5). A análise de regressão observou-se comportamento quadrático para a fração B2 dos carboidratos, estimando-se teor mínimo de 30,5% para a dose de 11,12% de farelo de girassol (Tabela 4). Volumosos, com altos teores de FDN, possuem maior proporção da fração B2, fornecendo energia mais lentamente no rúmen, afetando a eficiência de síntese microbiana e o desempenho animal.
Com relação à fração C dos carboidratos, representado pela fibra em detergente neutro indigestível (FDNi), não verificou-se diferença (P>0,05) entre a silagem de capim-elefante emurchecido e a silagem aditivada com 6% de farelo de girassol (Tabela 5), esta similaridade da fração C pode ser explicada devido à semelhança no teor de lignina entre o capim-elefante utilizado na ensilagem e o farelo de girassol (Tabela 1). Entretanto, as silagens de capim-elefante não emurchecida e aditivada com 12 e 18% de farelo de girassol diferiram (P<0,05) em relação ao capim-elefante emurchecido.
É possível que a redução da fração C no capim-elefante não emurchecido seja decorrente do baixo teor de lignina neste alimento, enquanto para o nível de 12 e 18% de farelo de girassol houve aumento da fração C, em decorrência dos altos teores de lignina nesses aditivos. Verificou-se comportamento quadrático para a fração C dos carboidratos, estimando-se teor máximo de 72,9% para a dose de 10,2% de farelo de girassol (Tabela 4).
Portanto, o perfil das frações dos carboidratos dos alimentos representa ferramenta fundamental para elaboração de dietas mais eficientes com o intuito de obter melhores resultados produtivos (Ribeiro et al., 2014). Assim, a importância do fracionamento dos carboidratos ingeridos pelos ruminantes se baseia na classificação de bactérias ruminais quanto à utilização dos carboidratos que constituem a parede celular e daqueles que se localizam no conteúdo celular com função não estrutural (Russell et al.,1992)
Em relação às frações proteicas das silagens, as proporções de nitrogênio na forma de fração A, que corresponde ao NNP para a silagem não emurchecida diferiu (P<0,05) da silagem emurchecida. Enquanto as silagens aditivadas com 6, 12 e 18% de farelo de girassol foram similares (P>0,05) a silagem de capim-elefante emurchecida (Tabela 5). A fração A das silagens apresentou efeito linear decrescente em função das doses de farelo de girassol, sendo verificado que, para cada unidade percentual de farelo de girassol adicionada à ensilagem, ocorreu uma redução de 0,44 unidades da fração A, provavelmente devido os teores de nitrogênio amoniacal na silagem também ter apresentado diminuição com a adição do farelo de girassol (Tabela 2), possivelmente reduzindo o teor de NNP no material ensilado.
Os teores de proteína verdadeira, representada pelas frações B1+B2 para as silagens não emurchecida e aditivada com 6, 12 e 18% de farelo de apresentaram diferenças (P<0,05) em relação à silagem de capim-elefante emurchecido. Sendo os maiores valores desta fração para os tratamentos com 6, 12 e 18% de farelo de girassol, indicando que o aditivo proporcionou maiores teores dessa fração e o menor valor para capim-elefante não emurchecido (Tabela 5). A análise de regressão verificou comportamento quadrático para a fração B1+B2 da proteína, estimando-se teor máximo de 34,06% para a dose de 17,58% de farelo de girassol (Tabela 5), indicando que a adição de farelo de girassol proporcionou maiores teores dessa fração.
De acordo com Winter et al. (1964) e Sniffen et al. (1992), a fração B1 + B2, por apresentar rápida taxa de degradação ruminal em relação à fração B3, tende a ser extensivamente degradada no rúmen, contribuindo para o atendimento dos requisitos de nitrogênio dos microrganismos ruminais, porém a rápida proteólise no rúmen dessas frações pode levar ao acúmulo de peptídeos e permitir o seu escape para os intestinos, uma vez que a utilização de peptídeos é considerada limitante à degradação de proteínas.
Para a fração B3 (%NT), observou-se que, o capim-elefante não emurchecido e contendo 0, 6, 12 e 18% de farelo de girassol diferiu (P<0,05) da silagem de capim-elefante emurchecido (Tabela 5). Houve efeito quadrático para a fração B3 da proteína, estimando-se teor mínimo de 6,26% para a dose de 13,95% de farelo de girassol (Tabela 5). De acordo com os resultados, a inclusão do farelo de girassol, provavelmente, reduz a proteína não degradada no rúmen, uma vez que baixos teores da fração B3 foram encontrados nas silagens. Essa fração é obtida subtraindo-se o NIDA do NIDN e representa a proteína aderida à parede celular com potencial para ser degradada, no entanto, com lenta taxa de degradação, sendo principalmente digerida nos intestinos.
A fração considerada indigestível (C), mensurada pela quantificação do teor de NIDA (fração C) da silagem de capim-elefante não emurchecida e contendo 6, 12 e 18% de farelo de girassol diferiu (P<0,05) da silagem de capim-elefante emurchecido (Tabela 5), devido à fração C apresentar em maior teor na silagem emurchecida (Tabela 1). Para a análise de regressão não verificou efeito das doses de farelo de girassol sobre a variável, sendo verificado valor médio de 11,40% da fração C (Tabela 5), pois o farelo de girassol apresenta baixos níveis deste constituinte da parede celular. Essa fração proteica corresponde à proteína associada à lignina, complexos tanino proteína e produtos oriundos da reação de Maillard, altamente resistentes às enzimas microbianas e indigestíveis ao longo do trato gastrintestinal (Licitra et al., 1996).
Dessa forma, adequações de dietas para ruminante necessitam analisar as frações que constituem os carboidratos e proteínas dos alimentos, bem como suas taxas de digestão, visando à maximização do desenvolvimento animal e eficiência de utilização dos nutrientes (Moreira et al., 2010).
Conclusões
A inclusão de 18% de farelo de girassol na ensilagem de capim-elefante melhora o valor nutritivo, características fermentativas, além de ser eficiente em incrementar matéria seca e proteína bruta das silagens.
Gráficos e Tabelas
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