Utilização de proteinado com diferentes fontes de energia e associação com levedura sobre o desempenho de ovelhas lactantes e cordeiros lactentes em confinamento

Karla Alves Oliveira1, Marina Elizabeth Barbosa Andrade2, Érica Beatriz Schultz3, Adriano Santana Crozara4, Wendell Fernando Guimarães da Cruz5, Gilberto de Lima Macedo Junior6, Carolina Moreira Araújo7, Paola Rezende Ribeiro8
1 - Universidade Federal de Uberlândia
2 - Universidade Estadual Paulista
3 - Universidade Federal de Viçosa
4 - Universidade Federal de Goiás
5 - Universidade Federal de Lavras
6 - Universidade Federal de Uberlândia
7 - Universidade Federal de Uberlândia
8 - Universidade Estadual Paulista

RESUMO -

O experimento foi realizado na Universidade Federal de Uberlândia, na Fazenda Experimental Capim Branco, entre abril e junho de 2014. Foram avaliadas 15 ovelhas mestiças Dorper/Santa Inês do parto aos 50 dias de lactação. O delineamento foi inteiramente ao acaso, com cinco repetições. Os animais foram distribuídos em três baias com fornecimento de sorgo picado no cocho. Os tratamentos consistiram em três proteinados com: gordura protegida de palma, farelo de milho e gordura protegida de palma + levedura. No momento do parto e nos 18, 33, 41 e 50 dias pós-parto os animais foram pesados, receberam uma nota de escore corporal (ECC) e mensuro-se a circunferência de barril (CB). As crias foram avaliadas do peso ao nascimento e a cada 10 dias com as medidas morfometrias e ganho médio diário. Não houve diferença para peso corporal, CB e ECC, para os tratamentos no parto e durante a lactação. Os animais recuperaram a condição corporal após o pico de lactação. Nas medidas morfométricas das crias somente os períodos de avaliação foram significativo devido à fase de crescimento linear. O uso de diferentes fontes energéticas e levedura no proteinado não acarretaram mudanças no desempenho de ovelhas lactantes e cordeiros lactentes em confinamento.

Palavras-chave: ganho de peso, gordura protegida, lactação, produção

Differents sources of energy associated or not with yeast about perfomace of sheep and lambs in confinement

ABSTRACT - The experiment was realized at University Federal of Uberlandia in Experimental Farm Capim Branco between April and June 2014 were evaluated 25 crossbred sheep Dorper x Santa Inês of birth to 50 days of lactation. The animals were divided into three bays with chopped sorghum. The tretaments consisted of three sources of proteinaceous: protected fat of palm, corn barn and fat of palm + yeast. In the momento of birth and 18, 33, 41 and 50 days of lactation the animals were weighed, given a body condition score of was measured and the barrel width. The lambs were morphometric measurements and gain of weight every 10 days. There was no difference in body weight, circumference barrel and body condition score for treatments at birth and during the lactation. The experimental period was significated because increased in growth of lambs. The use of diferents sources of energy and yeast in proteinaceous not change sheeps and lambs performace in confinement
Keywords: lactation, , production, protected fat, weight gain


Introdução

Para os ruminantes, os carboidratos compreendem entre 70 a 80% da ração e são fundamentais para o atendimento das exigências de energia, síntese de proteína microbiana, de componentes do leite e manutenção da saúde do animal. Eles podem ser classificados de diferentes formas, conforme sua natureza química e utilização pelo animal (Nussio, Campos e Lima, 2011). O volumoso é constituído principalmente por carboidratos, que podem ser classificados nutricionalmente em carboidratos fibrosos, que estão contidos na parede celular dos vegetais, sendo medida pela fração de fibra insolúvel em detergente neutro (FDN) que inclui a celulose, hemicelulose e lignina. Os alimentos concentrados da ração são constituídos por uma maior fração de carboidratos não fibrosos, que inclui o amido, pectina, açúcares e ácidos orgânicos. Quando o pasto não atende as exigências dos animais uma estratégia utilizada é a suplementação por meio de fontes concentradas. Dentre os alimentos mais utilizados na alimentação animal destacam-se o milho e o farelo de soja que formam uma excelente combinação de energia e proteína de alto valor biológico, maximizando a formação de proteína microbiana, porém tais produtos como commodities possuem preço elevado, que reflete nos custos de produção. Dentre os períodos de maior demanda energética, a lactação consiste em grandes mudanças metabólicas e fisiológicas, como a diminuição na ingestão de alimentos, relações hormonais, e mobilização de reservas corporais. A necessidade de suplementação nesta fase é critica, pois reflete no desempenho reprodutivo e produtivo das próximas estações (Juchem. Santos e Pires, 2000). A utilização lipídeos na dieta contribuiu para o aumento na capacidade de absorção de vitaminas lipossolúveis, fornecem ácidos graxos essenciais para as membranas de tecidos e atuam como precursores da regulação do metabolismo, além de aumentar a eficiência dos animais que depositam grande quantidade de gordura em seus produtos, como o caso de animais em lactação (Palmquist e Mattos, 2011). Diante disso, outras fontes energéticas e a sua combinação com diversos produtos vêm sendo estudadas para substituir alimentos com melhor eficiência e um menor custo. Objetivou-se então avaliar o desempenho de ovelhas no pós parto consumindo diferentes fontes de energia no proteinado com associação de leveduras.

Revisão Bibliográfica

As pastagens tropicais são susceptíveis à estacionalidade na produção forrageira, na qual, há redução na produção de forragem e mudanças estruturais do dossel, acúmulo de colmo e material morto, incita uma queda na qualidade da forragem na estação seca do ano dificultando manter um balanço para atender as demandas animais e os nutrientes necessários para atender às exigências de ganhos elevados ou alta produção de leite (Reis et al., 2012). No inicio do período de lactação ocorre aumento da demanda energética, que coincide com a diminuição na ingestão de alimentos e alta produção de leite. Na tentativa de manter a produção ocorre maior mobilização das reservas corporais (Juchem. Santos e Pires, 2000). Este período também exerce influência sobre o crescimento e desenvolvimento de cordeiros, principalmente durante os dois primeiros meses de idade. A correta colostragem e o teor de nutrientes contidos no leite, a produção, e a habilidade materna, são fatores que afetarão no desempenho desses cordeiros. Há uma correlação negativa entre a produção e a composição do leite, isto é, à medida que a produção de leite diminui, os teores de gordura e sólidos totais aumentam, e estas variáveis são modificadas durante os diferentes estágios da lactação. Para ovelhas que permanecem com os filhos, o declínio na curva de lactação é explicado pela diminuição da intensidade de sucção dos cordeiros, devido ao comportamento da mãe em restringir a amamentação, e também à maior ingestão de alimento sólido por parte dos cordeiros, o que diminui a necessidade do consumo de leite (Peeters et al., 1992). Em estudos de avaliação de ovinos, a biometria corporal destaca-se como uma ferramenta importante na avaliação do desempenho de cordeiros (Vilarinho, 2012), e com esses resultados pode inferir-se sobre o desempenho da matriz. Algumas estratégias de manejo podem ser aplicadas, mesmo para animais em confinamento a fim de suprir as exigências sem onerar os custos de produção.  Os proteinados compostos por sal comum, minerais, ureia, fontes de proteína verdadeira e energia, compõe um suplemento capaz de atender as exigências de proteína bruta e energia favorecendo o crescimento microbiano ruminal e melhora no desempenho. Diversas fontes de alimento podem ser utilizadas na combinação de suplementos, os lipídeos são utilizados nas dietas de ruminantes para aumentar a energia da ração em decorrência da sua elevada densidade calórica, já que possuem 2,25 vezes mais conteúdo energético que os carboidratos (Nagaraja, 1997), porém por afetarem a fermentação ruminal de forma prejudicar a utilização dos carboidratos fibrosos, fontes de gorduras protegidas os mais comum deles contém sais de cálcio ("sabões") dos ácidos graxos do óleo de palma, que apresentam com teores de 45 a 50% de ácido palmítico e 35% de ácido oleico, têm sido utilizadas para que passem "inertes” pelo rúmen, tornando disponíveis para a absorção intestinal, sem alterar a degradabilidade da fibra no ambiente ruminal (Palmquist E Mattos, 2011). Outro produto que tem sido adicionado ás rações e suplementos é a levedura, que são microrganismos unicelulares, realizam o processo de fermentação alcoólica, e não são habitantes normais do aparelho digestório (Costa, 2004).  As culturas de leveduras na alimentação de ruminantes estão na classe de aditivos e destacam-se como probióticos. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), os aditivos são definidos como substâncias intencionalmente adicionadas aos alimentos com a finalidade de conservar, intensificar ou modificar suas propriedades, desde que não prejudiquem seu valor nutritivo. Estas culturas são provindas de resíduos de indústrias de cervejaria e destilarias de álcool sendo constituídas por extrato fermentado de Aspergillus oryzae, por culturas de Saccharomyces cerevisiae, ou por ambos (Martin e Nisbet, 1992). As leveduras promovem melhor ambiente principalmente para as bactérias anaeróbicas e celulolíticas, apesar do rumen ser considerado totalmente anaeróbico, ele contém 0,5% a 1,0% de oxigênio (Valadares Filho e Pina, 2006), que é fator limitante para os microrganismos anaeróbios, o que reduz a adesão da fibra pelas bactérias celulolíticas. Leveduras apresentam grande afinidade por oxigênio e, quando presentes no rumen, estimulam o crescimento dos microrganismos anaeróbios pela remoção rápida e eficiente de oxigênio do ambiente ruminal, o que levaria ao aumento no número de bactérias ruminais. Dentre as vantagens do uso de leveduras temos o fornecimento de ácidos dicarboxílicos por elas, principalmente o ácido málico, que favorece o crescimento e a atividade de bactérias gram-negativas que consomem ácido láctico, controlando o pH (Gattas, 2005). Consequentemente, pelo aumento do número de bactérias ocorre aumento da taxa de degradação ruminal e da digestibilidade da fibra (Newbold, Wallace e Mc Intosh, 1996), o que acarretará em maior incorporação de amônia por essas bactérias, diminuindo os níveis de amônia e  maior fluxo de proteína microbiana para o duodeno. Visto as inúmeras possibilidades de suplementação justificam-se o fornecimento de diferentes fontes de energia associadas e a levedura em ovelhas lactantes e cordeiros lactentes em confinamento.

Materiais e Métodos

O experimento foi realizado na Universidade Federal de Uberlândia, na Fazenda Experimental Capim Branco, no setor de ovinos e caprinos. O período experimental teve duração 50 dias sendo de abril a junho de 2014. Foram utilizadas 15 ovelhas mestiças Dorper/Santa Inês do parto a 50 dias de lactação, peso corporal médio de 50 kg e idade superior a 24 meses. Os animais foram vermifugados antes do início do período experimental com antiparasitário a base de Monepantel®. As ovelhas foram confinadas cinco dias antes do parto advindo de manejo na pastagem durante o período gestacional, já adaptada aos tratamentos correspondentes. Assim foram distribuídas em três baias coletivas, contendo comedouro, saleiro e bebedouro, sendo ofertada água á vontade. Em todas as baias foi ofertado como fonte de volumoso sorgo picado e o proteinado já fornecido no período gestacional aos mesmos animais, sendo estes compostos por ureia protegida (Optigen), polpa cítrica, farelo de soja, sal mineral e sal branco e os tratamentos: A- fonte de energia do farelo milho; B- fonte energia da gordura protegida de palma; C- fonte de energia da gordura protegida de palma associada à levedura (Tabela 1). Os proteinados foram formulados para consumo entre 50 a 70 g/dia, e misturados seguindo a formulação de cada tratamento. Foi ofertado em cada baia 350 g/dia de proteinado (70g/dia/animal) referente a cada tratamento. As sobras eram pesadas todas as manhãs em balança digital para acompanhamento do consumo. Quando se obtinha sobra zero a quantidade de proteinado ofertado era aumentada em 10% até sua estabilização. No momento após o parto foi mensurado a circunferência de barril, peso corporal e o peso da placenta. Na lactação nos períodos de 18, 33, 41 e 50 dias pós-parto foram analisados o peso corporal, a circunferência através de fita métrica, para acompanhamento do retorno da capacidade de consumo, e o escore de condição coporal utilizando o método de avaliação proposto por Russel, Doney e Gunn (1969), onde as ovelhas foram avaliadas palpando-se a rugosidade dos processos transversos e dorsais das vértebras lombares. Estas avaliações foram realizadas sempre no período da manhã. O desempenho das crias foi avaliado a partir do seu peso vivo e das avaliações biométricas, o peso foi mensurado logo após o parto e as medidas biométricas após 15 dias de nascimento e a cada 10 dias até 50 dias de lactação. Essas medidas foram realizadas pelo mesmo avaliador, através do auxílio de um bastão graduado e fita métrica e balança. Foram tomadas as seguintes medidas: altura do anterior, altura do posterior, perímetro torácico, comprimento corporal, largura do peito, perímetro testicular, seguindo a metodologia de Osório e Osorio (2003). O ganho médio diário foi calculado através da diferença entre as pesagens e os dias decorridos. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado com medidas repetidas no tempo e as médias foram submetidas ao teste de Tukey a 5% de probabilidade. As médias de consumo foram realizadas de maneira descritiva. Para as análises de escore de condição corporal foi utilizada estatística não paramétrica pelo método Kruskal e Wallis (1952). Todas as análises foram realizar por meio do software SAS.

Resultados e Discussão

O peso corporal, peso da placenta e circunferência do barril logo após o parto não apresentaram diferença estatística significativa entre os tratamentos (Tabela 2). Os fatores que controlam o consumo de alimentos por ruminantes são complexos e multifatoriais, sendo um deles o teor de matéria seca do alimento. A matéria seca do sorgo ofertado variou de acordo com as semanas de lactação analisadas, essas variações influenciam diretamente no consumo pelo animal, visto que um volumoso com maior teor de água encontra-se com uma menor concentração dos nutrientes, o que leva ao animal ter que consumir uma maior quantidade comparada a um alimento com menor teor de água, exercendo um mecanismo de compensação, que é limitado dependendo das circunstâncias, especialmente a capacidade ingestiva. Na Figura 1 observamos a variação do consumo de sorgo na matéria seca, em função das semanas na fase de lactação seguindo a mesma linha de tendência, Pode-se inferir que não houve variação de consumo entre os tratamentos.    No entanto quando se observa o consumo de matéria seca de sorgo em função das semanas nota-se grande variação, que pode ser devido a esse mecanismo de compensação citado anteriormente, como também o estado fisiológico de lactação, que nessa fase possui diferentes exigências, dependendo principalmente do estágio em que se encontra e do número de filhotes. Além da maior capacidade de enchimento devido à ausência do útero gravídico. O estágio da lactação afeta a produção e a composição do leite, o consumo de alimentos e mudanças no peso vivo do animal. Durante as duas ou três primeiras semanas após a parição, a produção de leite da ovelha corresponde de 40% a 50% do total da lactação apresentando o pico de produção entre 14 e 28 dias de lactação (Fernandes et al., 2009). Ribeiro (2002) relata a primeira semana de lactação como período crítico no déficit energético, porém nessa fase por motivos fisiológicos esse animal ainda está restabelecendo o consumo normal. Esse comportamento é observado na Figura 1, onde de acordo com a linha de tendência, o consumo apresenta-se menor no início da lactação, aumentando na fase de pico de lactação e este diminui ao desmame. O peso corporal e o escore de condição corporal não variaram quando comparados entre tratamentos (Tabela 3). Contudo quando comparado no tempo, o peso apresentou uma equação linear negativa. Isto é, de acordo que passaram os dias de lactação o peso diminuiu. Já o escore apresentou diferença estatística, diminuindo gradativamente até os 41 dias de lactação e aumentando aos 50 dias de lactação. Esses animais estavam recuperando escore pós pico de lactação devido a menor exigência nutricional. Observa-se na Tabela 3 que as ovelhas estavam abaixo do escore desejado (3,5 no parto e 2,5 ao desmame) como discutido anteriormente, o que poderia acarretar em um maior período de serviço, visto que esse animal pode ter dificuldades em recuperar o escore e para reconcepção. Esse baixo escore também influencia diretamente na quantidade e qualidade do leite produzido pela matriz (especialmente o colostro). A circunferência do barril mensurada na lactação não apresentou diferença quando comparada entre os tratamentos, porém de acordo com o tempo foi inferior no início e superior no final da lactação (Tabela 3). Na fase estudada de pós parto, o animal passa por mudanças fisiológicas, como o restabelecimento do consumo, o  retorno das vísceras ao tamanho normal, o que acarreta no aumento da capacidade de enchimento do trato gastrintestinal, assim como a utilização de alimento volumoso, que produz uma ocupação física do trato gastrointestinal em comparação a alimentos concentrados, o que contribui para o resultado observado. O peso ao nascer (PN) observado na Tabela 4, é um índice zootécnico importante para avaliação da progênie dos reprodutores e para a seleção de animais mais pesados para o abate em menor tempo (Santana et al., 2003). Os valores médios de PN encontrados por outras pesquisas para a raça Santa Inês são de 3,61Kg ± 0,14 (Sarmento et al., 2006; Ribeiro et al., 2008). Nota-se que a variável altura do anterior, altura do posterior, perímetro torácico, comprimento corporal, largura do peito, perímetro escrotal e peso ao nascer não apresentaram diferença de acordo com os tratamentos e entre sexos.     A variável altura do anterior, altura do posterior, comprimento corporal e largura do peito aumentaram gradativamente de acordo com tempo, apresentando-se diferentes no início meio e final das mensurações, enquanto que o perímetro escrotal apresentou-se menor no início e maior no final, mostrando que o animal apresenta-se em estágio de desenvolvimento e crescimento. O perímetro torácico foi menor no início e superior no meio e final, evidenciando maior capacidade respiratória desses animais nessa fase (Tabela 4). Foi observado peso corporal e ganho de peso médio diário (GMD) dos cordeiros, assim como as variáveis peso inicial, peso final, GMD de 0 a 20 dias, GMD de 20 a 30 dias, GMD de 30 a 40 dias e GMD total, não apresentaram diferença estatística de acordo com os tratamentos e quando comparando entre sexo, exceto o GMD de 20 a 30 dias que os machos apresentaram-se superiores as fêmeas (Tabela 5). Por outro lado essa diferença pode ser observada pelo fator de dominância que machos tendem a mamar mais que as fêmeas. Além disso, esse intervalo coincidiu com o momento de pico de produção de leite da ovelha, como relatado acima. Para ovinos, até 90% do peso dos neonatos é obtido durante os últimos dois meses da gestação, consequentemente a nutrição da mãe nessa fase é determinante para a capacidade de produção leiteira durante a fase de lactação (Macedo Junior et al., 2012). À medida que o cordeiro se desenvolve, a contribuição do leite na sua dieta diminui gradualmente e o crescimento passa a ser regulado pelo consumo de volumoso e de leite (Roda et al., 1987).         Em geral, os cordeiros dependem exclusivamente do leite das ovelhas até uma semana de idade, deve-se considerar que os cordeiros apresentam imensa capacidade de crescimento nas primeiras semanas de vida (Fernandes et al., 2009). O estudo do crescimento envolve um entendimento da magnitude e sequência de deposição de tecidos em diferentes estágios de desenvolvimento (Rouse et al., 1970).

Conclusões

O uso de diferentes fontes energéticas associadas ou não a levedura adicionada ao proteinado não diferem quanto ao desempenho na suplementação de ovelhas no período inicial da lactação e de cordeiros lactentes.

Gráficos e Tabelas




Referências

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