Efeito da suplementação de vitamina C na água sobre o desempenho produtivo de codornas europeias ( Coturnix coturnix coturnix )

Ariana Alves Vieira1, Aline Silva de Santana2, Daniela Nogueira Lima3, Débora Cristine Carvalho4, David Ramos da Rocha5, Rita de Cássia Rodrigues Golçaves Gervásio6, Elenice Andrade Moraes7
1 - Universidade Federal do Vale do São Francisco
2 - Universidade Federal do Vale do São Francisco
3 - Universidade Federal do Vale do São Francisco
4 - Universidade Federal do Vale do São Francisco
5 - Universidade Federal do Vale do São Francisco
6 - Universidade Federal do Vale do São Francisco
7 - Universidade Federal do Vale do São Francisco

RESUMO -

⁠⁠⁠A vitamina C tem propriedade de ação antioxidante, podendo ser uma ferramenta nutricional a ser utilizada para aliviar os efeitos adversos do calor sobre a produção de codornas, pois atua na biossíntese de corticosterona, um hormônio glucocorticóide envolvido na gliconeogênese para aumentar o suprimento de energia durante o estresse. Objetivou-se avaliar a suplementação de vitamina C na água de codornas europeias criadas na região de Petrolina-PE sobre os parâmetros de desempenho. Foram utilizadas 64 codornas europeias (Coturnix coturnix coturnix) fêmeas com idade inicial de 321 dias. O experimento foi dividido em dois períodos, o primeiro de 321 a 341 dias de idade e o segundo de 342 a 362. O peso médio por codorna foi de 0,383 ± 0,012 kg. As aves foram distribuídas em delineamento inteiramente casualizado com 4 tratamentos (0, 200, 400 e 600 mg de vitamina C por litro de água) e 4 repetições. O preparo dos tratamentos (adição de vitamina C na água) foi realizado diariamente às 8 horas da manhã. O fornecimento de água e o arraçoamento foram realizados duas vezes ao dia, às 8 horas e às 16 horas. Durante o experimento, parâmetros ambientais, temperatura do ar e umidade relativa do ar foram monitorados diariamente por meio de termo-higrômetro digital, com coletas de dados nos horários de 8, 12 e 16 horas. Para os parâmetros de desempenho foram avaliados: o consumo de ração (g/ave/dia), produção de ovos (%), massa de ovo (g) e a conversão alimentar por massa de ovo (g), peso do ovo (g) e peso da casca (g). No primeiro período não foi observado efeito da adição da vitamina C na água nos parâmetros estudados (P>0,05). Foi observado efeito linear crescente no segundo período quanto aos níveis de vitamina C na água sobre a produção e a massa dos ovos (P<0,05). Para os demais parâmetros, não houve diferença significativa. A utilização da Vitamina C na água melhorou positivamente a produção de ovos e a massa de ovo das codornas europeias de 342 a 362 dias de idade.

Palavras-chave: Aves, Coturnicultura, Nutrição, Ambiência, Produção de Ovos.

Effect of vitamin C supplementation on water on the productive performance of european quail (Coturnix coturnix coturnix)

ABSTRACT - The vitamin C has antioxidant properties, and may be a nutritional tool to be used to alleviate the adverse effects of heat on quails production, as it acts on the biosynthesis of corticosterone, a glucocorticoid hormone involved in gluconeogenesis to increase the energy supply during Stress. The objective with this study was to evaluate the supplementation of vitamin C in the water of European quails created in the Petrolina-PE region on the performance parameters. Sixty-four European quail (Coturnix coturnix coturnix) females with initial age of 321 days were used. The experiment was divided into two periods, the first from 321 to 341 days of age and the second from 342 to 362. The average weight per quail was 0.333 ± 0.012 kg. The birds were distributed in a completely randomized design with 4 treatments (0, 200, 400 and 600 mg of vitamin C per liter of water) and 4 replicates. The preparation of the treatments (addition of vitamin C in water) was performed daily at 8 o'clock in the morning. Water supply and feeding were performed twice a day at 8 am and 4 pm. During the experiment, environmental parameters, air temperature and relative humidity were monitored daily by means of a digital thermo hygrometer, with data collection at 8, 12 and 16 hours. The following parameters were evaluated: feed intake (g / bird / day), egg production (%), egg mass (g) and feed conversion per egg mass (g), egg weight ) And bark weight (g). In the first period, no effect of the addition of vitamin C on water was observed in the studied parameters (P> 0.05). A linear effect was observed increasing in the second period in relation to vitamin C levels in water on egg production and egg mass (P <0.05). For the other parameters, there was no significant difference. The use of Vitamin C in water positively improved egg production and egg mass of European quails at 342 to 362 days of age.
Keywords: Birds, Coturniculture, Nutrition, Environment, Egg Production.


Introdução

A coturnicultura é um segmento da avicultura destinado à criação de codornas, seja para fins lucrativos ou para o consumo familiar. Tratasse de uma atividade com fonte rápida de produção de carnes e ovos, com um investimento relativamente baixo se comparado a outras criações, depende de pouco espaço para sua implantação, requer pouca mão-de-obra, e possui retorno rápido do capital investido. As espécies de codornas mais exploradas comercialmente são as Coturnix coturnix coturnix (codorna europeia) destinada a produção de carne e a Coturnix coturnix japônica (codorna japonesa) para produção de ovos (ALBINO; BARRETO, 2003). No Brasil, a coturnicultura começou no ano de 1959 e desde então, é uma das atividades avícolas que cada vez mais vem conquistando mercado. Segundo Silva et al. (2011), na escala mundial o Brasil é o quinto maior produtor de carne de codornas e o segundo em produção de ovos. Em 2015 houve um aumento de 8,1% no efetivo de codornas e de 13,9% na produção de ovos frente a 2014. Em termos regionais, 75,7% da produção de codornas estava localizada na região Sudeste, 10,5% na Nordeste, 10,1% na Sul, 2,9% na Centro-Oeste, e apenas 0,8% na região Norte (IBGE, 2015). O município de Petrolina, no estado do Pernambuco, não aparece nos levantamentos estatísticos de produção de codornas, o que dificulta uma análise de mercado mais aprofundada, apesar de existirem na cidade alguns criatórios não legalizados que produzem em pequena escala carne e ovos para consumo próprio e/ou venda local. É importante destacar que fatores como a disponibilidade e valor da matéria prima que compõe a ração; cultura (produção voltada para fruticultura irrigada e criação de outras espécies animais); características climáticas do município como altas temperaturas do ar e baixos índices de umidade relativa do ar ao longo do ano, podem estar interferindo no desenvolvimento da coturnicultura no município. Petrolina é caracterizada por apresentar elevadas temperaturas ao longo do ano e baixos índices de umidade relativa do ar.  Amaral et al. (2014), constataram que  as temperaturas máximas e mínimas estão na ordem de 32°C e 21,5°C, respectivamente, temperatura média em torno de 27,4°C e umidade relativa anual de 54%. Sabendo que a zona de conforto térmico (ZCT) para as codornas em produção está entre 18°C e 22°C de temperatura e umidade relativa do ar entre 65% e 70% (OLIVEIRA, 2007), torna-se necessário que se busque medidas para minimizar os efeitos do ambiente sobre as aves. Embora as codornas sejam animais homeotermos, à medida que a umidade relativa do ar e a temperatura ambiente ultrapassam a zona de conforto térmico, as aves ficam mais suscetíveis ao estresse, dificultando assim a dissipação de calor, incrementando a temperatura corporal da ave, tendo como consequência um efeito negativo sobre o desempenho produtivo, devido ao gasto energético utilizado para tentar manter a homeostasia (BORGES et al., 2003). Naturalmente as aves sintetizam vitamina C para o crescimento e metabolismo. Porém, durante períodos de calor, este nutriente além de apresentar sua síntese restringida, também apresenta sua absorção intestinal prejudicada, aumentando assim sua exigência na dieta das aves.  Segundo Souza  et  al. (2011), pesquisas  têm comprovado  que  aves mantidas sob estresse por calor necessitam de maior aporte de vitaminas, visto que altas temperaturas além de reduzir a síntese de vitamina C, também prejudicam a sua absorção. A fim de minimizar os gastos energéticos decorrentes do estresse por calor em aves, tem-se estudado os efeitos da suplementação de ácido ascórbico nas dietas, pois, acredita-se que devido a sua propriedade de ação antioxidante, torna-se uma maneira efetiva de aliviar os efeitos adversos do calor sobre a produção avícola, além de elevar a degradação e diminuição da síntese de glicocorticóides (SAHIN et al., 2003). Os efeitos da suplementação de vitamina C em rações já foi estudado por Bardakçioğlu et al. (2005); Gardini (1996); Orban et al. (1993); Sahin et al. (2003); Silva et al. (1993); Vaz (2006); Zapata e Gernat (1995), entretanto, a suplementação na água ainda é incipiente as pesquisas e resultados. Assim, objetivou-se avaliar a suplementação de vitamina C na água de codornas europeias criadas na região de Petrolina-PE sobre os parâmetros de desempenho.

Revisão Bibliográfica

⁠⁠⁠Coturnicultura no Brasil Acredita-se que a codorna doméstica teria chegado ao Brasil em 1959, através do imigrante Italiano Oscar Molena, que já tinha o “hobby” de criar codornas na Itália (ALMEIDA et al., 2013). Segundo Silva et al. (2011), a exploração comercial dessa ave teve início em 1989, quando uma grande empresa avícola implantou o primeiro criatório no Sul do Brasil. Desde então, a atividade passou a ter grande importância na economia agropecuária. A exploração comercial de codornas se desenvolveu nas ultimas décadas devido à demanda crescente do mercado que atende consumidores com fortes mudanças nos hábitos alimentares, isso pode ser observado até nas pequenas cidades do Brasil, desta forma, os produtos da coturnicultura ganharam cada vez mais espaço nas refeições dos brasileiros (SOARES, 2013). As espécies de codornas mais exploradas no Brasil são: codorna selvagem ou europeia (Coturnix coturnix coturnix) que possui várias linhagens selecionadas para produção de carne e a codorna japonesa (Coturnix coturnix japônica) destinada principalmente para produção de ovos (BARRETO et al., 2007). No entanto, algumas granjas utilizam as fêmeas de codornas europeias para produção de ovos e os machos para produção de carne (OLIVEIRA, 2001; RORIZ, 2014). Para Pinto et al. (2002), as codornas européias apresentam maior precocidade na produção, além de alta produtividade (média de 300 ovos/ano) e elevada persistência de produção de ovos (14 a 18 meses). Contudo, codornas japonesas alcançam picos de 93% a 95% em produção de ovos, já as europeias atingem aproximadamente de 80% a 85% (ALBINO; BARRETO, 2003). No entanto, para garantir essa eficiência na produção é necessário que as aves sejam bem manejadas e criadas em ambientes adequados. Vitamina C na dieta das aves O termo vitamina C refere-se aos compostos que exibem atividade de L-ácido ascórbico e estão presentes de duas formas, a reduzida (ácido ascórbico) e a oxidada (ácido dehidroascórbico), sua comercialização normalmente ocorre na forma reduzida (RORIZ, 2014). Durante o metabolismo o ácido ascórbico é primeiro convertido em dehidroascórbico por várias enzimas ou por processos não enzimáticos, e pode então ser reduzido de volta ao ácido ascórbico nas células (JOHNSTON et al., 2007). A vitamina C em virtude de seu alto poder redutor, é um antioxidante hidrossolúvel, o qual remove os radicais superóxido, hidroxila e oxigênio antes que atinjam os lipídeos celulares e iniciem a peroxidação Araujo et al. (2010). Trata-se de um ácido de grande importância para a biossíntese do colágeno, bem como para a síntese e metabolismo de neurotransmissores, está envolvido na manutenção do epitélio da mucosa e da parede dos vasos, participa da formação dos glóbulos vermelhos do sangue e do controle dos níveis de corticosteróides circulantes (TEIXEIRA; ABREU, 2011), desempenhando um papel importante na biossíntese de corticosterona (BAINS, 1996), um hormônio glucocorticóide primário envolvido na gliconeogênese para aumentar o suprimento de energia durante o estresse (FRANDSON, 1986). Naturalmente as aves sintetizam vitamina C para o crescimento e metabolismo. Segundo Souza et al. (2011), pesquisas têm comprovado que aves mantidas sob estresse por calor necessitam de maior aporte de vitaminas e minerais, visto que altas temperaturas, além de reduzir a síntese de vitamina C, também prejudicam a absorção das vitaminas C e E, alterando suas exigências. De acordo com Furlan e Macari (2002), o aumento da temperatura de 21°C para 31°C reduz a síntese de vitamina C em frangos de corte influenciando de forma negativa o desempenho produtivo das aves. Segundo Sahin et al. (2003), os níveis plasmáticos de corticosterona (hormônio do estresse) das aves aumentam quando mantidas em ambiente de alta temperatura, acelerando a degradação de proteína corporal, e a vitamina C inibe a síntese de glicocorticóides, assim, a suplementação de vitamina C em rações para aves sob estresse por calor é uma alternativa nutricional para evitar perdas e melhorar o desempenho. Silva et al. (1993), avaliando o efeito da suplementação da vitamina C na alimentação de frangos de corte sob condições de estresse por calor e superlotação, observaram que as aves que receberam 75 mg/Kg de vitamina C na ração, dos 35 aos 48 dias de idade tiveram melhor conversão alimentar em comparação com o grupo controle. Vaz (2006), estudando o desempenho de frangos de corte mantidos em ambiente de alta temperatura (32°C), verificou que a suplementação de 227 ppm de vitamina C também melhorou a conversão alimentar das aves. Bell e Marion (1990) utilizando 0, 50, 100, 200 e 400 ppm de vitamina C na dieta para poedeiras, observaram um menor consumo de ração nos tratamentos onde foi utilizada a vitamina C. Njoku e Nwazota (1988), ao testarem diferentes níveis de vitamina C (0, 200, 400 e 600 ppm) na dieta de poedeiras com 28 semanas de idade em local com elevadas temperaturas, registraram um incremento na produção de ovos, no consumo de ração e melhoria na conversão alimentar, com o uso da vitamina C. Segundo estes autores, a dieta que obteve melhores resultados de desempenho foi aquela com a adição 400 ppm de vitamina C. Cheng et al. (1990) e Faria et al. (2001), não observaram nenhum efeito significativo da suplementação de vitamina C até 200 ppm na produção de ovos de poedeiras submetidas a intervalos de temperaturas de 30°C a 32°C. Zapata e Gernat (1995), observaram um aumento na produção de ovos com a suplementação de 250 e 500 ppm de vitamina C na dieta de poedeiras Leghorn. Bardakçioğlu et al. (2005), estudando os efeitos da suplementação de vitamina C na dieta de codornas japonesas com 63 dias de idade criadas sob elevadas temperaturas ambiente (34°C ± 2°C) durante 11 semanas, observaram que não houve diferença entre os grupos contendo 0, 150, 250 e 500 ppm de vitamina C na dieta, sobre o consumo de ração, conversão alimentar e espessura da casca. Entretanto, o tratamento com 500 ppm de vitamina C apresentou resultado significativo para produção de ovos, sendo observado maior média de produção de ovos quando foi adicionado 500 ppm de vitamina C em comparação aos demais grupos. Vathana et al. (2002),em condições e altas temperatura (28°C a 30°C) e umidade relativa do ar de 82% a 85%, desempenho, a conversão alimentar e reduzindo as taxas de mortalidade de frangos de corte. Khan et al. (2005), ao suplementarem 5 mL/5 L de vitamina C em três diferentes linhagens (Desi, Fayoumi e White Leghorn chicken) de aves poedeiras com 50 semanas de idade, sob estresse por calor, com temperatura do ar variando de 26°C a 42°C, mínima e máxima respectivamente, observaram que a suplementação resultou em melhoras no desempenho das aves com relação a produção de ovos, peso do ovo, espessura da casca e na conversão alimentar por dúzia de ovos, em todas as linhagens.

Materiais e Métodos

O experimento foi realizado no Setor de Avicultura, na fazenda experimental da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Campus de Ciências Agrárias (CCA), localizado no Km 12 Lote 543 - Projeto de Irrigação Nilo Coelho - S/N C1, próximo a Rodovia BR 407. O protocolo experimental foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) desta instituição, com o número: 002/100614. As aves foram alojadas em gaiolas de arame galvanizado, com 4 aves por unidade experimental. No experimento foram utilizadas 64 codornas europeias (Coturnix coturnix coturnix) fêmeas debicadas, com 321 dias de idade (fase final de produção) e peso médio de 0,383 ± 0,012 Kg. O período experimental foi dividido em dois de acordo com a idade das aves, sendo o primeiro período de 321 a 341 dias de idade e o segundo de 342 a 362 dias de idade. A ração foi formulada com base nas composições dos ingredientes apresentados por Rostagno et al. (2011), e exigências nutricionais para codornas europeias apresentadas por Silva e Costa (2009), sua composição percentual pode ser observada na Tabela 1. Foi utilizada a mesma ração para todas as codornas, sendo ofertadas diariamente duas vezes ao dia (8h da manhã e às 16h), à vontade. As aves receberam 16 horas de luz por dia, sendo 13 horas de luz natural e 3 horas de luz artificial utilizando lâmpadas incandescentes. A luz artificial era programada para ascender ao final da tarde, e permanecia ligada até as 21h desligando automaticamente através da programação do timer instalado. Durante o período experimental os indicadores ambientais foram monitorados diariamente por meio de termo-higrômetro digital, onde as coletas eram realizadas nos horários de 8h, 12h e 16h. Com as informações climáticas obtidas, também foi determinado o índice de conforto térmico: índice de temperatura e umidade (ITU), o qual foi calculado a partir do modelo definido por Thom (1959) como: ITU= [0,8 x T + (UR/100) x (T-14,4) + 46,4], onde: T = temperatura do ar (°C) e UR = umidade relativa do ar (%), os quais estão demonstrados na Tabela 2. As aves foram distribuídas em delineamento inteiramente casualizado (DIC) com quatro tratamentos e quatro repetições, com 4 aves por unidade experimental. Os tratamentos experimentais foram preparados diariamente pela manhã, diluindo as quantidades previamente pesadas de vitamina C (forma reduzida 100%) em água potável, de acordo com os tratamentos, sendo: T1 (0 mg/L), T2 (200 mg/L), T3 (400 mg/L) e T4 (600 mg/L) em quantidades totais de 2 L de solução, que posteriormente eram homogeneizadas e colocadas em garrafas pet. Às 8h da manhã depois de preparados os tratamentos eram fornecidos nos bebedouros experimentais em quantidades de 325 mL (volume necessário para atender a necessidade de 4 aves) por unidade experimental. Posteriormente, às 16h eram feitos os suprimentos dos bebedouros utilizando-se seringas de 20 mL para facilitar a quantificação de água fornecida. O consumo de água foi calculado com base na diferença do total de água fornecida e as sobras coletadas no dia seguinte de cada tratamento, o resultado era dividido por 16 para obter o volume de água consumido por ave (mL/ave/dia). Na avaliação do desempenho foram considerados: consumo de ração, produção de ovos, massa do ovo, conversão por massa do ovo, peso do ovo e peso da casca. O consumo de ração em g/ave/dia, foi determinado semanalmente por diferença entre peso da ração fornecida e o peso da sobra nos comedouros e recipientes de armazenamento, dividido por 16 (número de aves por tratamento). Os resultados foram somados e depois divididos por 21 (duração de cada período experimental) para obter o valor do consumo diário. Para quantificar a produção de ovos estes eram coletados e quantificados diariamente às 8h e 17h. O total de ovos produzidos foi calculado com base no somatório do número de ovos coletados por tratamento, a cada período experimental. Para porcentagem de ovos/ave/dia, foi dividido o número total de ovos produzidos, pelo número de aves de cada unidade experimental, e o resultado foi dividido por 21 dias, e multiplicado por 100. A massa do ovo foi calculada em g/ave/dia, como produto da percentagem de ovos/ave/dia e do peso médio dos ovos em cada unidade experimental, dividido por 100. A conversão alimentar por massa de ovo foi calculada pela relação entre grama de ração ingerida pelas codornas e massa de ovo (g) produzida. Ao final de cada período de 21 dias (nos últimos três dias), os ovos coletados eram quantificados e levados para o laboratório de Bromatologia da UNIVASF, onde foram feitas a análise dos ovos. Para isso os ovos foram identificados, pesados (utilizando balança de precisão 0,0001 g), posteriormente foram quebrados, realizada a limpeza das cascas para remoção da clara e da gema, após a limpeza as cascas foram colocadas para secar a temperatura ambiente durante 24 horas, e após as 24 horas essas foram pesadas para obtenção do peso da casca (g). O peso médio dos ovos (g) foi obtido através do peso dos ovos íntegros, dividido pela quantidade de ovos produzidos em cada unidade experimental no final de cada período. E o peso médio da casca (g) foi determinado através do peso das cascas após o período de secagem dividido pela quantidade de ovos íntegros que foram pesados anteriormente. O efeito dos níveis de vitamina C na água sobre os dados de desempenho obtidos (consumo de ração, percentual de produção de ovos, massa de ovo, conversão alimentar por massa de ovo, peso do ovo e peso da casca) foram submetidos à análise de variância (ANOVA), e analisados por meio de regressão, utilizando o programa SISVAR, admitindo até 5% de probabilidade.

Resultados e Discussão

O consumo de ração (CR) no período de 321 a 341 dias de idade, variou em média de 31,09 a 33,45 g/ave/dia (Tabela 3) e se mostrou semelhante ao sugerido por Albino e Barreto (2003), de 30 a 33 g para codornas europeias adultas. Já no período de 342 a 362 dias de idade, o consumo médio de ração variou de 36,7 a 40,31 g/ave/dia, um pouco maior comparado ao valor referenciado. Segundo Silva e Costa (2009), o consumo diário de ração das codornas diminui com o aumento da temperatura ambiente, com a densidade e com o tipo de alojamento das aves e aumenta com a idade, com o frio e com a menor densidade energética na dieta. Entre os níveis (0, 200, 400 e 600 mg/L) de vitamina C testados, não houve diferença significativa no consumo de ração (g/ave/dia) em nenhum dos períodos estudados (Tabela 3). Resultados semelhantes foram encontrados por Bardakçioğlu  et al. (2005), que ao avaliarem a suplementação de vitamina C nos níveis de 0, 150, 250, 500 ppm na dieta de codornas japonesas no intervalo de 63 a 140 dias de idade, não observaram efeito sobre o consumo  de ração (g/ave/dia) em condições de temperatura ambiente elevada (34°C). Vathana et al. (2002), avaliando a suplementação de vitamina C dissolvida na água em concentrações de 0, 20 e 40 mg/ave/dia em frangos de corte de 1 a 43 dias de idade, sob condições de altas temperatura e umidade relativa do ar observaram que o consumo de ração também não foi afetado. O consumo de água (CA), não foi influenciado pelos níveis de vitamina C (Tabela 3). No entanto, o esperado é que esse consumo fosse de aproximadamente 2,5 vezes o que a ave consumiu de ração, porém, os valores encontrados foram maiores, como por exemplo; para o nível de 0 mg/L de vitamina C no período de 321 a 341 dias de idade, o CA foi de 88,20 mL, o esperado seria de 77,72 mL (10,48 mL à mais). Esse maior consumo de água, embora não tenha sido significativo entre os tratamentos, pode ser justificado pelas condições ambientais desfavoráveis de elevadas temperaturas do ar e baixa umidade nos períodos em que o experimento foi realizado. Para Cony e Zocche (2004), ambientes com temperaturas mais elevadas induzem maior ingestão de água pelas aves, por ser essencial para os mecanismos envolvidos na termorregulação. Oliveira et al. (2014) ao avaliarem o desempenho e a qualidade dos ovos de poedeiras com 27 semanas de idade, observaram que nas condições de temperatura ambiente de 32°C, as aves apresentaram evidências de estresse por calor, propiciando aumento da ingestão de água. A produção de ovos (%) nos dois períodos estudados (Tabela 4) mostrou-se próxima aos percentuais apresentado por Albino e Barreto (2003), que seria de aproximadamente 80% a 85% de produção de ovos no pico de postura aos 84 a 98 dias de idade. Os resultados demonstrados comprovam a persistência elevada em produção de ovos das codornas europeias, como citados por Pinto et al. (2002), e Barreto et al. (2007). No período de 321 a 341 dias de idade (Tabela 4), os níveis de vitamina C utilizados na água não resultaram em melhoras significativas na produção de ovos (PO) e massa do ovo (MO).   Resultado semelhante foi encontrado por Bell e Marion (1990), que também não observaram nenhum efeito benéfico da vitamina C na produção de ovos. No período de 342 a 362 dias de idade foi observado efeito linear crescente para produção e massa de ovos, mostrando que os níveis de vitamina C utilizados resultaram em melhoria na produção de ovos (%) e na massa do ovo (g) com o avanço da idade das codornas europeias  (Tabela 4) . Resultado semelhante foi observado por Njoku e Nwazota (1988), que ao testarem diferentes níveis de vitamina C na dieta de poedeiras com 28 semanas de idade em local com elevadas temperaturas, constataram aumento na produção de ovos. Zapata e Gernat (1995), também observaram aumento na produção de ovos com a suplementação de 250 e 500 ppm de vitamina C na dieta de poedeiras Leghorn.   Bardakçioğlu et al. (2005), ao  suplementarem vitamina C na dieta de codornas japonesas observaram que a suplementação de 500 ppm de vitamina C na dieta das aves, resultou em maior média    na   produção de ovos em comparação aos demais grupos.Segundo Gardini (1996), níveis acima de 200 ppm de ácido ascórbico na dieta de poedeiras mostraram aumentar a produção de ovos, peso do ovo, e diminuição dos ovos rachados. Khan et al. (2005), ao suplementarem 5 mL/5 L de vitamina C para três diferentes linhagens de aves poedeiras, com 50 semanas de idade, sob estresse por calor, com temperatura  do  ar  variando  de  26°C   a  42°C,  mínima  e  máxima  respectivamente, observaram que a suplementação resultou em melhoras no desempenho das aves com relação a produção de ovos. Os valores de conversão alimentar por massa de ovo (CAMO) melhoraram conforme foi aumentando os níveis de vitamina C na água, entretanto, não foi observado diferença significativa entre os níveis nos dois períodos estudados, conforme está demonstrado na Tabela 5.   Corroborando com esse resultado, Bardakçioğlu et al. (2005), estudando os efeitos da suplementação de vitamina C na dieta de codornas japonesas com 63 dias de idade criadas sob elevadas temperaturas ambiente (34°C±2°C) durante 11 semanas, observaram que não houve diferença (P> 0,05) entre os grupos contendo 0, 150, 250 e 500 ppm de vitamina C na dieta, sobre a conversão alimentar. No entanto, Vaz (2006) estudando o desempenho de frangos de corte mantidos em ambiente de alta temperatura (32°C), verificou que a suplementação de 227  ppm de vitamina C melhorou a conversão alimentar das aves. Silva et al. (1993), observaram um efeito positivo na ordem de 6,2% na conversão alimentar de frangos de corte na fase final de criação quando utilizou 75 mg/Kg de vitamina C na dieta; a melhora foi significativa (P<0,01). Khan et al. (2005), também ao suplementarem 5 mL de vitamina C diluídos em 5 L de água para três diferentes linhagens de aves poedeiras, com 50 semanas de idade, sob estresse por calor, observaram que a suplementação resultou em melhoras no desempenho e na conversão alimentar por dúzia de ovos. Para as variáveis, peso médio dos ovos (PMO) e peso médio das cascas (PC), não foram observados efeito significativo em relação aos níveis de vitamina C usados (Tabela 6). Estes resultados diferem dos encontrados por Zapata e Gernat (1995), e Gardini (1996), que  observaram aumento  do  peso dos ovos com níveis acima de 200 ppm de ácido ascórbico na dieta. Orban et al. (1993), relataram que o peso do ovo aumentou em 5% quando a suplementação de vitamina C para poedeiras comerciais foi de 2.000 ou 3.000 ppm na ração. Resultados semelhantes ao presente estudo, foram encontrados por Salvador et al. (2009), que observaram que a suplementação de vitaminas D e C não influenciaram no peso  de  ovos  de  poedeiras  na  fase  inicial  de  produção. Por outro lado, resultados encontrados por Ipek et al. (2007), mostraram que codornas mantidas à temperatura de 33°C, com suplementação de 240 mg de vitamina C e 240 mg de vitamina E, apresentaram maior valores médios de peso dos ovos (g) do que o grupo controle. Khan et al. (2005), observaram que a suplementação de vitamina C resultou em melhoras no desempenho das aves poedeiras com relação a  peso do ovo e a espessura da casca. Keshavarz (1995) ao realizar um experimento com adição de vitamina C associada a diferentes níveis de vitamina D e cálcio na ração de poedeiras comerciais, observou um aumento no tamanho e no peso dos ovos com a adição de 250 ppm da vitamina C; mas houve um aumento do número de ovos trincados. Já Salvador et al. (2009) observaram interação entre a vitamina D3 e vitamina C (100 ou 200 ppm), havendo melhoria na espessura e porcentagem de casca em poedeiras na fase inicial de produção. Para Faria et al. (2001), níveis de 200 ou 400 ppm de vitamina C na dieta de poedeiras podem melhorar a qualidade da casca. Cheng et al. (1990), também observaram maiores valores de peso de casca quando as aves foram alimentadas com 100 ou 200 ppm de vitamina C na ração. Caurez e Olo (2013), ao avaliarem a suplementação de zinco, vitamina C e E na dieta para codornas japonesas com 25 dias de idade submetidas ao estresse por calor observaram que a suplementação  (separadamente  e  / ou combinação) de  60 mg de zinco/Kg  na  dieta, e  de  200  mg  de vitamina C e E/Kg na dieta proporcionou melhor qualidade de ovos (peso do ovo e espessura da casca). De acordo com os resultados demonstrados e discutidos, acredita-se que os efeitos benéficos da vitamina C são dependentes do grau de severidade do estresse sofrido pelas aves, por isso muitos resultados são conflitantes.

Conclusões

A suplementação de vitamina C na água melhorou a produção de ovos e de massa de ovo no período de 342 a 362 dias de idade de codornas europeias.

Gráficos e Tabelas




Referências

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