Suplementos mineral, energéticos, multiplo e proteico para borregos consumindo forragem tropical de baixa a media qualidade: digestibilidade
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8 - Nutrideal nutrição animal
RESUMO -
Objetivou-se avaliar a digestibilidade aparente da dieta de ovinos consumindo forragem tropical de baixa a media qualidade recebendo suplementação mineral, energética, múltipla ou protéica. O experimento teve duração de 70 dias experimentais, sendo utilizados cinco borregos. Todos os animais receberam como volumoso (forragem), Capim Marandu e foram suplementados diariamente as 10:00 horas diariamente. As análises estatísticas foram conduzidas em um delineamento quadrado latino 5×5. Houve diferença estatística (P<0,01), significativa para a digestibilidade da proteína bruta, sendo os valores respectivamente: 63,0; 57,6; 60,7; 64,5 e 72,0 para os suplementos mistura mineral, energético a base de milho e casca de soja, múltiplo e proteico. A suplementação protéica e múltipla melhoraram a digestibilidade da proteína bruta da dieta de ovinos suplementados.
Mineral supplements, energy, multiple and protein for lambs consuming tropical forage of low and medium quality: digestibility
ABSTRACT - The objective of this study was to evaluate the apparent digestibility of the diet of sheep consuming tropical forage from low to medium quality receiving mineral, energy, multiple or protein supplementation. The experiment lasted 70 experimental days, and five lambs were used. All animals received as forage, Capim Marandu and were supplemented daily at 10:00 hours daily. Statistical analyzes were conducted in a 5x5 Latin square delineation. There was a statistical difference (P <0.01), significant for the digestibility of the crude protein, being the values: 63.0; 57.6; 60.7; 64.5 and 72.0 for mineral, energetic mixtures based on corn and soybean hull, multiple and protein. Protein and multiple supplementation improved the digestibility of crude protein from the diet of supplemented sheep.Introdução
Para ruminantes a dieta básica é o fornecimento de forragens, e cabe a esta suprir todas as necessidades encontradas pelo animal. Em muitos casos a forrageira não fornece o nutriente necessário para o desenvolvimento do mesmo, a partir disso há a incrementação da dieta com suplementos, que irá suprir suas necessidades e garantir sua eficiência. Detmann (2010) comenta a necessidade da identificação dos componentes limitantes para suprir entraves nutricionais dos pastos por meio de suplementação, visando à melhoria na utilização de recursos nutricionais do pasto e consequentemente, à ampliação da eficiência do sistema produtivo. É importante qualificar e quantificar a melhor forma de produção de gramíneas tropicais, pois há elevada proporção de compostos insolúveis em detergente neutro em relação a proteína bruta total nestas gramíneas (Paulino et al., 2002). Trabalhos de pesquisa realizados para avaliar os efeitos da suplementação com ovinos, bovinos e/ou in vitro parecem indicar na maior parte dos casos que a suplementação protéica melhora o consumo, digestibilidade e o desempenho animal. Objetivou-se avaliar suplementação concentrada mineral, energética, múltipla ou protéica para ovinos consumindo forragem tropical de baixa a media qualidade, sob a digestibilidade da dieta.Revisão Bibliográfica
Para ruminantes a dieta básica é o fornecimento de forragens, e cabe a esta suprir todas as necessidades encontradas pelo animal. Em muitos casos a forrageira não fornece o nutriente necessário para o desenvolvimento do mesmo, a partir disso há a incrementação da dieta com suplementos, que irá suprir suas necessidades e garantir sua eficiência. Detmann (2010) comenta a necessidade da identificação dos componentes limitantes para suprir entraves nutricionais dos pastos por meio de suplementação, visando à melhoria na utilização de recursos nutricionais do pasto e consequentemente, à ampliação da eficiência do sistema produtivo. É importante qualificar e quantificar a melhor forma de produção de gramíneas tropicais, pois há elevada proporção de compostos insolúveis em detergente neutro em relação a proteína bruta total nestas gramíneas (Paulino et al., 2002). Trabalhos de pesquisa realizados para avaliar os efeitos da suplementação com ovinos, bovinos e/ou in vitro parecem indicar na maior parte dos casos que a suplementação protéica melhora o consumo, digestibilidade e o desempenho animal. Objetivou-se avaliar suplementação concentrada mineral, energética, múltipla ou protéica para ovinos consumindo forragem tropical de baixa a media qualidade, sob a digestibilidade da dieta.Materiais e Métodos
O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental da UFMT, dividido em cinco períodos de 14 dias. No experimento foram utilizados cinco borregos. Foram avaliados tipos diferentes de suplemento (Tabela 1): Suplemento energético a base de casca de soja (fibra), suplemento energético a base de milho (amido), suplemento múltiplo, suplemento proteico, além de um suplemento testemunha (mistura mineral), Os suplementos foram fornecidos diariamente às 10:00 horas da manhã e todos os animais receberam volumoso (forragem), Capim Marandu, picado in natura, ofertado duas vezes ao dia, às 08:00 e 17:00 horas. Todas as sobras foram monitoradas, com fins para a determinação do consumo de acordo com a diferença entre as quantidades fornecidas e a quantidade de sobras. Tabela 1. Composição percentual dos suplementos com base na matéria natural.Ingredientes | Suplementos | ||||
MM | SEM | SEC | SM | SP | |
Farelo de soja | - | - | - | 5,00 | 60,00 |
Milho Grão Moído | - | 95,00 | - | 43,00 | 15,00 |
Casca de soja | - | - | 95,00 | 43,00 | 16,00 |
Ureia+S. amônia (9:1) | - | - | - | 4,00 | 4,00 |
Mistura mineral¹ | 100,00 | 5,00 | 5,00 | 5,00 | 5,00 |
Total | 100,00 | 100,00 | 100,00 | 100,00 | 100,00 |
Resultados e Discussão
Os suplementos foram formulados com diferentes teores de proteína bruta (PB) (Tabela 2), para que se pudesse avaliar o potencial destes em estimular ou deprimir a digestibilidade da dieta fornecida. Tabela 2. Composição bromatologica dos suplementos e do capim MaranduNutrientes | Suplementos | Forragem | |||
SEM | SEC | SM | SP | ||
MS (% da MN) | 83,08 | 94,4 | 86,11 | 85,33 | 25,91 |
MO1 | 95,92 | 91,15 | 91,34 | 89,62 | 93,16 |
PB1 | 7,96 | 11,99 | 23,90 | 47,16 | 6,81 |
FDN1 | 33,59 | 16,08 | 55,55 | 12,46 | 64,22 |
Variáveis¹ | Suplementos experimentais | EPM² | P-valor | ||||
MM | SEM | SEC | SM | SP | |||
Coeficiente de digestibilidade dos nutrientes (%) | |||||||
DAMS | 74,60 | 66,50 | 65,30 | 67,80 | 70,00 | 1,98 | 0,34 |
DAMO | 66,10 | 68,20 | 67,10 | 69,30 | 71,80 | 1,95 | 0,28 |
DAPB | 63,00bc | 57,60c | 60,70bc | 64,50b | 72,00a | 83,8 | <0,01 |
DAFDN | 76,20 | 74,00 | 69,80 | 72,10 | 76,60 | 3,53 | 0,32 |