Um projeto pioneiro no Brasil vem testando um novo tipo de alimentação para ovinos que elimina a ruminação e qualquer problema metabólico. O projeto começou com o estudante de zootecnia Luís Mendonça de Almeida, que enviou a proposta para uma empresa de nutrição animal. As informações são do Canal Rural.

Acadêmico de zootecnia Luís Mendonça de Almeida (Foto: reprodução/Canal Rural)

“No Nordeste principalmente há grandes criadores de ovinos e caprinos. Porém o que predomina lá é o sistema extensivo, que é a pasto. Com os estudos voltados à pesquisa com alimentos na produção, a gente vê que essa pode ser uma boa alternativa para encurtar o ciclo de produção com uma dieta 100% de concentrado, sem que traga algo de ruim para os animais”, explicou o acadêmico.

Segundo Almeida, a intenção da pesquisa é descobrir o efeito de uma dieta sem silagem e volumosos utilizando apenas uma ração especial. São 24 carneiros jovens divididos em dois grupos. A diferença entre eles é uma só: a alimentação. Desde o dia 11 dezembro, com apenas 3 meses de vida metade dos animais se alimenta da tradicional mistura de concentrado e volumoso. Já a outra metade recebe uma dieta de 100% ração, com apenas fornecimento de concentrado.

“É uma dieta com grãos, mas ela tem uma molécula que é o que dá o diferencial. Ela permite que o animal consuma apenas concentrado e não tenha nenhum problema metabólico devido ao consumo da ração. A gente elimina questão de ruminação e acaba tendo uma consequência até para o meio ambiente” diz a zootecnista Bruna Hortolani, consultora de pesquisa.

Serão 42 dias de confinamento para que na reta final seja possível fazer a comparação entre os dois grupos. No início de fevereiro será realizado o abate técnico dos animais na universidade. Pesquisadores pretender avaliar as condições hepáticas e viscerais dos ovinos após o confinamento com o concentrado.

“Quando a gente fornece só concentrado, um dos questionamentos é esse, que traz problemas hepáticos no animal e queremos comprovar isso. Outra questão que a gente quer ver é a da carne, da aparência para o consumidor. E também fazer ultrassom para verificar a parte de rendimento final da carcaça”, explica Bruna.

4 Comentários
  1. Edgar 7 anos atrás

    Esse manejo nutricional já é feito a mais de 5 anos em vários criatórios do Nordeste. A pesquisa traz qual inovação?

    • Luis Almeida 7 anos atrás

      Boa noite amigo, acho que você está equivocado! a anos já é feito o tradicional grão inteiro com um peleti industrial… a dieta com um concentrado de pronto uso com proporção de 100% sem que haja problemas metabólicos é a inovação! abraço.

  2. Luis Tude Saback de Almeida 7 anos atrás

    Caso seja viavel metabolicamente , qual o diferencial de custos para saber se há eficiencia econômica?

    • Luis Almeida 7 anos atrás

      Boa noite Luis, ao fim das análises estatísticas do trabalho poderei te explicar melhor, mas o objetivo principal é que seja também economicamente viável usar a dieta, isso não implica dizer que ela tenha que ter um desempenho muito superior que a dieta tradicional, mas que possa ser usada sem dar problemas e prejuízos para o produtor, além de facilitar o manejo tendo em vista que o concentrado é a pronto uso, abraço.

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