Seis zootecnistas da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió se formaram, recentemente, como oficiais de controle animal no 40º Curso de Formação de Oficiais de Controle Animal (FOCA). Compondo a equipe multidisciplinar da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), eles despontam em novas frentes de atuação do profissional zootecnista.

(Foto: Divulgação)

“Eles estão habilitados para exercer as competências de manejo etológico, bem-estar animal e controle populacional dentro do contexto da Saúde Única”, explica Isaac Ferreira Júnior, diretor da Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ) em Alagoas.

A capacitação foi oferecida por profissionais do Instituto Técnico de Educação Ambiental (ITEC), com vasta experiência no controle animal.

De acordo com o zootecnista Samy Barros, coordenador da UVZ, a capacitação foi importante pois o perfil do profissional que trabalha na unidade é diferente dos demais profissionais de saúde.

“Além de trabalharmos com seres humanos, trabalhamos também com animais, e esse treinamento visa justamente melhorar essa interação entre humano e animal. De que forma posso manejar esse animal sem trazer dano a uma outra espécie? De que forma posso manejar um animal dando a ele o bem-estar necessário para que ele possa, mesmo apreendido por conta de um dano, ser tratado dentro da ética que ele merece? São questões como essas que vão nortear nosso trabalho aqui”, explicou em entrevista divulgada pela Prefeitura de Maceió.

(Foto/Reprodução: Prefeitura de Maceió)

O curso foi estruturado em quatro eixos principais: Saúde Coletiva e Medicina Populacional; Etologia e Manejo Populacional; Bioética e Medicina Veterinária Legal e Oficial de Controle Animal. Ele foi direcionado, também, a outros profissionais que trabalham na UVZ, como médicos veterinários, biólogos, tratadores, capturadores e área administrativa, que durante o desempenho de suas atividades também interagem com os animais que chegam ao local. Ao todo, 31 profissionais estão participando do curso.

(Foto: Divulgação)

Sobre os desafios desta formação, Samy Barros reforça.

“O desafio é enorme, pois vamos depender do olhar do ser humano junto ao animal, e sabemos como é difícil, pois as pessoas ainda não entendem a necessidade de entender o próximo, principalmente quando o próximo é de outra espécie. O primeiro pontapé está sendo dado e daqui pra frente é exercício e treinamento com o objetivo de mudar cabeças e atitudes”.

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