Zootecnistas e demais profissionais que trabalham com controle de qualidade devem estar com a atenção redobrada quando o assunto é o farelo de soja, peça fundamental para a fabricação de alimentos seguros. Isto porque o ingrediente é muito representativo em formulações de rações e sua contaminação serve como uma porta de entrada de contaminantes nas fábricas. Esta observação é da especialista Natália Vicentini, zootecnista e gerente de Serviços técnicos da Kemin para Líquidos. As informações são do portal AgroLink.
“Dentre as matrizes vegetais que podem ter contaminantes microbiológicos, a soja e seus subprodutos merecem destaque, visto a sua importância econômica e ampla utilização no manejo nutricional animal”, comenta.
Segundo Natália, a produção de alimentos seguros utilizados no manejo de animais é fundamental para a qualidade dos alimentos consumidos pelo homem.
“A Salmonella, por exemplo, é um risco biológico notório devido ao seu potencial de contaminação em alimentos. A bactéria pode ser ingerida pelo animal, multiplicada no intestino e, em seguida, espalhar-se e persistir no meio ambiente tornando-se assim uma fonte contínua de contaminação para a segurança biológica do alimento, saúde intestinal dos animais e das pessoas que se alimentam de produtos de origem animal”, completa.
A importância do farelo de soja se dá pelo fato de a demanda interna pelo produto também ser estimada em patamares recordes, de 33,38 milhões de toneladas nos Estados Unidos e de 18,27 milhões de toneladas no Brasil.
“A demanda por farelo de soja é estimada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em 235,81 milhões de toneladas, 2,11% a mais que na temporada passada”.