A International Meat Secretariat (IMS), organização que reúne associações de produtores, exportadores, entidades governamentais e empresariais que representam mais de 75% da produção mundial de carne, anunciaram uma posição conjunta sobre o papel que o setor pode desempenhar em relação ao clima. O anúncio foi feito durante a 21ª Conferência do Clima (COP 21), que acontece em Paris. As informações são da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
De acordo com informações da Abiec, a IMS entende que as prioridades para a indústria mundial da carne são a redução da emissão de gases de efeito estufa e a melhoria da performance da atividade com redução do impacto ambiental. Em um documento que assume o compromisso da entidade com o meio ambiente, é mencionado também que algumas práticas já vêm sendo adotadas para apoiar a produção sustentável e responsável de proteína animal utilizando menos recursos.
Entre as práticas sustentáveis para o setor, estão programas de melhoramento genético e sanidade animal, preservação do solo com otimização na produção, gestão de pastagens, prevenção de erosão, redução significativa do desmatamento, utilização de tecnologias que reduzem o uso da água e energia no processamento de carne e outros.
Para Fernando Sampaio, executivo da Abiec e vice-presidente do Comitê de Sustentabilidade da IMS, a divulgação deste posicionamento é um avanço para a indústria mundial. Ele lembra que carne vermelha é uma proteína de alta qualidade e o acesso a uma fonte proteica tem papel essencial na nutrição da população.
“O Brasil tem a oportunidade de atender parte da demanda crescente por este alimento no mundo, contribuindo para mitigar mudanças climáticas, por meio da intensificação da produtividade e restauração de pastagens e da recuperação de florestas previstas no Código Florestal”.
