Nesta semana, uma reportagem exibida no programa Giro do Boi trouxe à tona mais detalhes sobre a terminação de vacas de descarte. O entrevistado foi o mestre em Zootecnia e doutor em Ciência Animal, Eduardo Delgado, pesquisador do Laboratório de Fisiologia Animal do Departamento de Zootecnia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo o pesquisador, a categoria de descarte contribui expressivamente para o volume de carne produzida pelo Brasil, daí a importância de dar atenção para a sua boa terminação, que tem potencial para elevar a qualidade média da carne brasileira.
“Estes animais contribuem bastante para o volume de carne comercializada no Brasil, então se a gente quer melhorar a qualidade da carne no mercado brasileiro, essa é uma categoria que precisa ser olhada. O que a gente tem visto, e a grande preocupação, é que esses animais já enfrentam um problema de qualidade porque são mais erados e apresentam um problema inerente, que é a maturidade do colágeno na carne”, explicou Delgado.
Atualmente, Delgado está conduzindo uma pesquisa sobre a melhor forma de terminar vacas de descarte, sem aumentar o impacto deste colágeno maturado na qualidade da carne.
“O que a gente pôde perceber animal é que o animal quando tem ganho médio relativamente baixo, entre 500 e 600 gramas por dia, com um crescimento lento, embora estejam passando por mudanças nesse tecido do qual faz parte o colágeno, essa mudança gradual acaba favorecendo para que não piore a qualidade desse material”.
O pesquisador constatou na pesquisa que o ganho rápido de peso em animais mais velhos pode comprometer a qualidade da carne das fêmeas de descarte. Isto ocorre porque a deposição de gordura acelerada enrijece e aumenta a fibra de colágeno, endurecendo a proteína.
Para conferir mais detalhes sobre o tema, assista a reportagem completa neste link.