O Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) citou, pela primeira vez, o zootecnista em suas orientações sobre trabalhos envolvendo animais silvestres. A citação integra a Instrução Normativa nº 40, de julho deste ano.
Os zootecnistas são mencionados no item 4 do documento, que discorre sobre as responsabilidades do pesquisador principal ou professor responsável. O ponto 4.11 explica: “Garantir a supervisão de médico veterinário ou zootecnista e biólogo da instalação animal responsável por elas para monitorar os animais em suas áreas de competência, garantindo condições de saúde, de manejo e a qualidade de vida deles durante a sua utilização”.
A instrução faz menção a condução de atividades de ensino e/ou de pesquisa científica envolvendo animais silvestres cativos alojados em instalações que não são ou não estão vinculadas a instituição de ensino e/ou de pesquisa científica quanto aos aspectos éticos relacionados ao manejo e bem-estar.
“Considerando que o Concea deve garantir que os animais vertebrados vivos utilizados em qualquer tipo de atividade de ensino e/ou de pesquisa científica tenham sua integridade e bem-estar preservados, a condução dos estudos com esses animais fora das instituições de ensino e/ou de pesquisa científica deve obrigatoriamente se adequar às normas do Concea e às demais regras aplicáveis”, explica o documento.
Para Cássio José da Silva, vice-presidente da Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ), o fato da Instrução Normativa mencionar os zootecnistas significa que, aos poucos, o Governo Federal está abrindo espaço para a profissão, consolidada há 50 anos no mercado nacional.
“Recentemente tivemos o reconhecimento do Dia Nacional do Zootecnista. Agora, essa menção do Concea. São conquistas que, juntas, aumentam nosso poder de argumentação frente a outras demandas da categoria, como a criação do nosso Sistema de Conselhos e aprovação do PL 1016/15”.
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