Projeto brasileiro fortalece apicultura com melhoramento genético de abelhas-rainhas

Um projeto que teve início em 2015 visa melhorar resultados na apicultura sergipana. Intitulado “Florestas Apícolas”, a iniciativa está desenvolvendo abelhas-rainhas geneticamente melhoradas que devem, ainda este ano, serem distribuídas a apicultores do Baixo São Francisco.

De acordo com informações da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), desenvolvedora do projeto, o objetivo é oferecer meios para o aumento da produção aos criadores de abelhas. A iniciativa é fruto de um acordo de cooperação técnica firmado com o Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec), no ano passado.

O engenheiro florestal Ronaldo Fernandes Pereira, analista em Desenvolvimento Regional da Codevasf e doutor em Biotecnologia, afirma que o principal objetivo do projeto é transformar a apicultura em uma atividade sustentável, com colmeias mais produtivas e adaptadas a cada região.

“A genética é fundamental para qualquer programa produtivo. O melhoramento genético é uma tecnologia social acessível e que provoca um aumento da produtividade apícola, mas também deve ser considerado que em Sergipe existe uma degradação florestal acentuada com baixa diversidade florística, resultando em um pasto apícola pobre e afetando índices produtivos”.

Ainda de acordo com Pereira, o melhoramento genético possibilita o desenvolvimento de abelhas-rainhas com maior aptidão à produção específica, seja de mel, pólen ou própolis, oferecendo ao apicultor a possibilidade de aumentar em até 100% o seu volume de produção.

Segundo a Codevasf, os trabalhos para a realização desse melhoramento genético foram iniciados em fevereiro deste ano. A meta é que essas abelhas-rainhas possam ser distribuídas aos apicultores sergipanos até o final de 2016.