Zootecnistas e acadêmicos de Zootecnia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) produziram, em homenagem aos 40 anos de curso na instituição, um cordel que conta a história da graduação. O vídeo foi lançado em uma cerimônia virtual realizada na semana passada, como parte da comemoração do Dia Nacional do Zootecnista.
A HISTÓRIA
O curso de Zootecnia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN foi criado pela resolução nº 168/80 do Conselho Superior de Ensino e Pesquisa (CONSEPE) em 18 de setembro de 1980, com início das atividades em Nova Cruz, no Núcleo de Ensino Superior do Agreste (NESA), no primeiro semestre de 1981. Na época, o curso não dispunha de infraestrutura necessária para o seu funcionamento e as disciplinas eram ministradas pelos professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), campus de Areia, onde já existia um curso de Zootecnia a mais tempo. As aulas de campo ou práticas eram ministradas parte nas Estações experimentais da EMPARN, sediadas em Rockfeller (São Gonçalo do Amarante) e Terras Secas (Jandaíra). Outras aulas aconteciam em fazendas modelo, incluindo entre elas, a Fazenda Califórnia em São Gonçalo do Amarante.
“Devido a situação precária do campus de Nova Cruz, o curso foi transferido para Natal em 1985, já que havia no Centro de Tecnologia, o Departamento de Agropecuária, com um quadro de professores que poderiam dá um bom suporte ao curso; além do apoio da Base Física de Jundiaí, onde a maioria dos professores do Departamento já lecionavam no Curso de Técnico Agrícola, situado no município de Macaíba-RN, distante 25 KM de Natal”, relembra o professor Nésio Antônio Moreira Teixeira de Barros.
A graduação da UFRN foi reconhecida oficialmente pelo Ministério da Educação em 26 de setembro de 1993. Anos depois, em 2007 o curso de Zootecnia deu um passo importantíssimo para se consolidar ainda mais como instituição de ensino de ponta, que foi a mudança definitiva para Jundiaí, onde foi criada a Unidade Acadêmica especializada em Ciências Agrárias (UEACIA).
“A nossa Zootecnia, por isso mesmo, passou a ser ensinada num ambiente mais propício, dotado de instalações zootécnicas que permitiriam um contato bem mais abrangente dos alunos com os animais da fazenda/escola; além da chegada de professores altamente qualificados em suas áreas de atuação, permitindo com isso a criação de um Mestrado na área de Produção Animal; além do reforço de professores visitantes de alto nível o que permitiu ao curso a elevação do seu patamar, nas avaliações de MEC”, reforça Nésio.
Para o professor, que relembrou a história da Zootecnia na UFRN através de um artigo, ensinar Zootecnia é uma tarefa complexa, onde não basta a atitude estática de um professor em face a um animal vivo.
“É preciso observar e experimentar. Observar, porque a Zootecnia não deixou ainda de ser a “história natural\’ dos animais domésticos, como deixou dito Cornevin. Experimentar, porque a Zootecnia é também uma “zoologia experimental” na feliz comparação de Claude Bernad.
Assim, para tornar melhor o ensino da Zootecnia como Ciência, devemos dar realce muito mais ao esforço do aluno do que sua atenção em ouvir uma preleção do professor, reforçou.