Auxílio a criadores do Bioma Amazônico para manter a transparência da cadeia produtiva e evitar possíveis passivos ambientais, respeitando a legislação vigente. Estes são os principais objetivos dos chamados “escritórios verdes”, instalações que vão estar presentes em diversos municípios do Bioma Amazônico através do plano de ação do Programa Juntos pela Amazônia, uma iniciativa da JBS lançada no ano passado. Quem explica a proposta em detalhes é o zootecnista Fábio Dias, diretor da Friboi na área de relacionamento com pecuaristas. As informações são do canal Giro do Boi.
Relembre: Fábio Dias foi um dos vencedores do Prêmio Zootecnistas Mais Influentes do Ano, da ABZ
“O que a gente está fazendo agora, o que é muito importante, é a constituição de dez ‘escritório verdes’, a gente chama assim. Na verdade, é como se fosse um escritório de atendimento ao produtor que não está conforme. […] Quem fornece para eles? Como vamos trazer para a plataforma de monitoramento? Com esses escritórios verdes, esse produtor que fornece para o nosso fornecedor, se ele tiver algum problema, se tiver que regularizar o CAR, se tem que regularizar um mapa, nós ajudaremos nesse caminho. O caminho pode ser com consultoria técnica, pode ser até com apoio jurídico em relação a uma multa ou algo similar”, explicou.
Em suma, a iniciativa visa promover ações voltadas à sustentabilidade da região, incluindo o monitoramento de fornecedores de gado magro aos pecuaristas que comercializam boi gordo diretamente com as indústrias Friboi localizadas no bioma.
Segundo o zootecnista, são 16 mil propriedades localizadas em municípios do bioma que fornecem gado para as indústrias Friboi, todas monitoradas para cumprimento de legislação ambiental há dez anos. O próximo passo é trazer também o fornecedor de gado magro dessas propriedades para a plataforma de monitoramento – a Plataforma Verde.
LOCALIDADES
De acordo com Dias, os pontos de atendimento aos pecuaristas estarão distribuídos da seguinte forma: dois escritórios em Rondônia, um em Porto Velho e outro está sendo definido se estará em São Miguel do Guaporé ou Vilhena. No Mato Grosso serão mais seis e outros dois no Pará, em Marabá e em Redenção.
“O que a gente está propondo para todos os municípios do Bioma Amazônico onde a gente origina gado é um processo de transparência. […] Não é só rastreabilidade, o consumidor e a sociedade não querem só saber de onde vem o bife ou o boi que originou o bife. Nós, que estamos envolvidos com a cadeia de produção, sabemos que ela é majoritariamente conforme. […] Nós garantimos que todos os fornecedores diretos estão ok, mas fica a dúvida (em relação aos fornecedores dos fornecedores)”.
JUNTOS PELA AMAZÔNIA
Além do projeto Plataforma Verde, que integra estes escritórios, o programa Juntos Pela Amazônia envolve outras iniciativas, como a constituição do Fundo Pela Amazônia – que ainda está em processo de criação.
“Entre todas as ações, a que mais afeta a cadeia de produção da pecuária de corte é esta da Plataforma Verde – e é essa que nós vamos começar testando em Rondônia. Logo em seguida os trabalhos vão começar no Mato Grosso […] e também no Pará, onde a gente também está fazendo um esforço conjunto”, acrescentou Fábio Dias.