A cada dia aumenta mais o número de pecuaristas que estão investindo na criação de búfalos em todo o Brasil. Recentemente, o zootecnista Aécio Prado, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), falou sobre o tema ao Brasil Rural, da Rádio EBC. Para o zootecnista, os produtos derivados de búfalos vêm se destacando e tendo cada vez mais aceitação no mercado.
De acordo com Aécio, atualmente no Brasil, a diferença entre o número de criadores de bovinos e criadores de bubalinos ainda é grande. Para ele, isso se dá pelo desconhecimento dos pecuaristas sobre as vantagens de criar búfalos.
“O búfalo é um animal que sofre menos com parasitas externos, como o carrapato. O manejo de bubalinos e bovinos, entretanto, é bem parecido. Claro que o búfalo tem algumas diferenças. Eles gostam muito de ter um lugar para se refrescar, principalmente por conta do pelo escuro e por terem menos glândulas de suor do que os bovinos. Então é importante ter pequenas lagoas na propriedade”.
Outro ponto positivo na criação de bubalinos, segundo Aécio, é o rendimento de derivados de leite. A causa está relacionada ao fato de o teor de gordura ser maior que o leite das principais raças bovinas.
“Enquanto você de precisa de 8 a 10 quilos de leite bovino para fazer um quilo de queijo, o leito de búfalo varia na média de 6 quilos de leite para um quilo de queijo”.
Ainda segundo o zootecnista, na criação de bubalinos, o leite é mais caro, mas a aceitação no mercado é maior. A carne é mais leve e saudável. De acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB), a carne de búfala tem 40% menos colesterol e 55% menos calorias do que a bovina.
Atualmente, o DF produz cerca de 110 mil litros de leite e 12 toneladas de carne por ano. Mesmo com rebanho menor que o de outras unidades da Federação, como o Pará, a produção local ultrapassa estados como Piauí, Sergipe e Roraima de acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).