DIAGNÓSTICO DO USO INDISCRIMINADO DE AGROTÓXICOS NA AGRICULTURA FAMILIAR DO MUNICIPIO DE PARINTINS-AM
Avelino Paiva da Cruz Neto1, Joaquim de Castro Ribeiro Neto2, Larissa Salgado da Cunha3, Alef Soares Nunes4, Gisele Lima Rocha5
1 - Universidade Federal do Amazonas
2 - Universidade Federal do Amazonas
3 - Universidade Federal do Amazonas
4 - Universidade Federal do Amazonas
5 - Universidade Federal do Amazonas
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5 - Universidade Federal do Amazonas
RESUMO -
O uso de agrotóxicos é um dos recursos mais utilizados pelos produtores rurais brasileiros, para tentar compensar a perda da produtividade provocada pela degradação do solo e controlar o aparecimento de pragas e doenças nas lavouras. No entanto o uso indiscriminado desses produtos tem trazidos graves efeitos negativos e indesejáveis para os seres humanos e ao meio ambiente. Com isso foram realizadas entrevistas com 10 agricultores do município de Parintins-AM, por meio da aplicação de questionários com questões sobre características socioeconômicas, informação de orientações sobre o uso de agrotóxicos e noções de perigo, contaminação ambiental por agrotóxicos e agrotóxicos mais utilizados nas culturas praticadas. As práticas relatadas pelos agricultores familiares, como não ler o rótulo das embalagens e descartar as embalagens no meio ambiente, além de efeitos nocivos à saúde, gera uma tendência a grandes impactos ao meio ambiente. Com isso, a partir do conhecimento dos efeitos negativos referentes às contaminações ao meio ambiente e a saúde pública, este trabalho tem como objetivo, discutir o diagnóstico do uso indiscriminado de agrotóxicos na agricultura familiar do município de Parintins-AM.
Palavras-chave: Agrotóxicos, Agricultura familiar, Contaminações.
DIAGNOSIS OF THE INDISCRIMINATED USE OF AGROCHEMICALS IN THE FAMILY FARMING OF THE MUNICIPALITY OF PARINTINS-AM
ABSTRACT - The use of agrochemicals is one of the resources most used by Brazilian farmers to try to compensate for the loss of productivity caused by soil degradation and to control the appearance of pests and diseases in crops. However the indiscriminate use of these products has brought serious adverse and undesirable effects to humans and the environment. Thus, interviews were conducted with 10 farmers in the municipality of Parintins-AM, through the application of questionnaires with questions about socioeconomic characteristics, information on pesticide use and notions of danger, environmental contamination by pesticides and pesticides used in crops Practiced. The practices reported by family farmers, such as not reading the label on the packaging and discarding the packaging in the environment, besides harmful effects on health, generates a tendency to great impacts to the environment. The aim of this study is to discuss the diagnosis of the indiscriminate use of pesticides in family farms in the municipality of Parintins-AM, based on the knowledge of the negative effects of contamination on the environment and public health.Keywords: Pesticides, Family farming, Contaminations.
Introdução
O uso de agrotóxicos é um dos recursos mais utilizados pelos produtores rurais brasileiros, para tentar compensar a perda da produtividade provocada pela degradação do solo e controlar o aparecimento de pragas e doenças nas lavouras. No entanto, pode ser visto que o uso dos agrotóxicos é feita de forma inadequada, sem a prescrição recomendada para o seu uso e sem o conhecimento adequado por parte dos produtores rurais das reais necessidades do solo e das plantas (VEIGA, 2006). Desta forma, o Brasil é classificado como o terceiro mercado e oitavo maior consumidor de agrotóxicos por hectare do mundo, onde os mesmos são utilizados em larga escala na agricultura, pastagens, ambientes urbanos, industriais e hídricos (PERES, 2005). Com o avanço das inovações tecnológicas a utilização de agrotóxicos na agricultura do estado do Amazonas cresceu bastante e passou a ser utilizado no combate a pragas e doenças que acometem as lavouras e possam comprometer a produção agrícola, com o intuito de proporcionar uma melhor e maior produção sem o desperdício de produtos infestados. Apesar dos benefícios oferecidos a agricultura, os agrotóxicos são altamente tóxicos e podem desencadear grandes contaminações ao meio ambiente e problemas a saúde publica. Diante disso, a utilização dos agrotóxicos na agricultura familiar do município de Parintins passou a ser bastante utilizada pelos produtores, porém a falta de conhecimento do produtor rural acaba gerando uma serie de fatores negativos tanto ao meio ambiente, como para a saúde humana. Nesta perspectiva, em relação ao trabalho direto dos agricultores com os agrotóxicos, os mesmos estarão aptos a sofrer risco de vida como intoxicação, e morte. Com isso a partir do conhecimento dos efeitos negativos referentes às contaminações ao meio ambiente e a saúde pública, este trabalho tem como objetivo geral: discutir o diagnóstico do uso indiscriminado de agrotóxicos na agricultura familiar do município de Parintins-AM, tendo como objetivos específicos: Identificar os principais efeitos negativos que o uso indiscriminado de agrotóxicos pode causar ao meio ambiente; Apontar os danos que os agrotóxicos podem causar a saúde humana se não utilizado os EPI’S (equipamentos de proteção individual); e Estimar estratégias que minimizem os impactos ambientais causados pelo uso irracional de agrotóxicos na agricultura. Assim como toda pesquisa científica parte de uma problemática, e devido os fatores que comprometem a vida do trabalhador rural, da população em geral e do meio ambiente, este trabalho propõe responder tal questão: De que maneira são utilizados os agrotóxicos na agricultura familiar e quais as alternativas que podem ser adotadas para reduzir o uso indiscriminado dos agrotóxicos?Revisão Bibliográfica
AGROTÓXICOS Embora a agricultura seja praticada pela humanidade há mais de dez mil anos, o uso intensivo de agrotóxicos para o controle de pragas e doenças das lavouras existe há pouco mais de meio século, o qual teve origem após as grandes guerras mundiais, quando a indústria química fabricante de venenos então usados como armas químicas encontraram na agricultura um novo mercado para os seus produtos. De acordo com Soares (2010) os agrotóxicos foram desenvolvidos durante a Primeira Guerra Mundial e utilizados na Segunda Guerra Mundial, como arma química. Após o término da guerra, passaram a ser usado no controle das pragas na agricultura. A partir da década de 50, quando se iniciou a chamada “Revolução Verde”, foram observadas profundas mudanças no processo tradicional da produção agrícola, bem como em seus impactos dessa atividade sobre o ambiente e a saúde humana (RIBAS, 2009). No Brasil, os agrotóxicos passaram a ser usados a partir da década de 60, e com o passar dos anos os agricultores tiveram a liberdade de comprar estes produtos em outros países, onde a agricultura tem um papel de destaque com relação aos agrotóxicos, pois se estima que dois terços do total de agrotóxicos existentes sejam utilizados na agricultura, porém, se os agricultores não tiverem alguns cuidados durante o uso ou extrapolarem no tempo de ação dos agrotóxicos, podem afetar o ambiente e a saúde humana (MORO, 2008). O Brasil é hoje um dos maiores compradores de agrotóxicos do mundo e as intoxicações por estas substâncias estão aumentando de forma acelerada, principalmente entre os trabalhadores rurais que ficam expostos aos mesmos (ANVISA, 2006). Dessa forma, segundo Spadotto et al. (2004) no Brasil os agrotóxicos têm sido mais usados nestas três regiões: Sudeste (38,9% em 1998), Sul (31,2%) e Centro-Oeste (22,8%). O consumo de agrotóxicos na região Norte é, comparativamente, muito pequeno (1,3%), enquanto na região Nordeste (5,8%) o uso está principalmente concentrado nas áreas de agricultura irrigada, nas quais grandes quantidades de agrotóxicos são usadas. O mercado brasileiro de agrotóxicos expandiu rapidamente na última década, em um ritmo de crescimento maior que o dobro do apresentado pelo mercado global. Em 2008, o Brasil tornou-se o principal mercado consumidor de agrotóxicos, ficando em primeiro lugar no ranking mundial, frente ao EUA, consumindo 733,9 milhões de toneladas (TEXEIRA, 2005). TIPOS DE AGROTOXICOS Segundo Souza Cruz (1989), os agrotóxicos são produtos ou substâncias oriundas de processos físicos, químicos ou biológicos, utilizados no combate de pragas e doenças que acometem as florestas (nativas e plantadas), ambientes hídricos, urbanos rurais e principalmente na agricultura e pastagem para a pecuária. Os agrotóxicos, conhecidos como defensivos agrícolas, são considerados venenos altamente tóxicos, os quais utilizados de maneira incorreta, apresentam graves danos ao meio ambiente e a população em geral. Dessa forma, os agrotóxicos podem ser classificados de diversas maneiras, quanto ao seu modo de ação no organismo alvo, em relação a sua estrutura química, ou quanto aos efeitos que causa a saúde humana (BOCHNER, 2007). Segundo Moro, (2008) existem diversos tipos de agrotóxicos, os quais estão classificados como, pesticidas ou praguicidas. Os pesticidas ou praguicidas são todas as substancias ou misturas que possui objetivo de destruir, repelir, ou mitigar qualquer praga, sendo de origem orgânica ou inorgânica, apresentando como finalidade: fungicidas (controle de fungos), herbicidas (controle de plantas invasoras), inseticidas controle de insetos), desfolhantes (controle de folhas indesejadas), acaricidas (controle de ácaros), rodenticidas ou raticidas (controle de roedores/ratos), nematicidas (controle de nematoides), larvicida (controle de larvas), formicida (controle de formigas), fumigantes (controle de bactérias do solo). Quanto à sua maneira de agir, pode ocorrer através da ingestão, contato, ação fumigante (MORO, 2008). CLASSIFICAÇÃO TOXICOLÓGICA No Brasil, a classificação toxicológica dos agrotóxicos está a cargo do Ministério da Saúde, sendo feita a partir do poder tóxico que o agrotóxico possui. É uma classificação importante, pois permite determinar a toxicidade de um produto, do ponto de vista de seus efeitos agudos. Segundo Moro, (2008) a classificação toxicológica dos agrotóxicos é expressa da seguinte maneira: -Classe toxicológica I (Rótulo Vermelho): Veneno no qual se encontram substâncias ou compostos químicos considerados "altamente tóxicos" para o ser humano. -Classe toxicológica II (Rótulo Amarelo): Veneno considerado "medianamente tóxico" para o ser humano. - Classe toxicológica III (Rótulo Azul): Veneno considerado "pouco tóxico" para o ser humano. -Classe toxicológica IV (Rótulo Verde): Veneno considerado praticamente não-tóxico" para o ser humano. De acordo com Faria et al. (2005) a classificação toxicológica reflete essencialmente a toxicidade aguda, o qual é exigido por lei que todos os produtos agrotóxicos devam apresentar nos rótulos uma faixa colorida indicando sua classe toxicológica. IMPACTOS POR AGOTOXICOS Á SAÚDE HUMANA Há muito tempo atrás, em meados os anos de 1950-1960, os agrotóxicos apresentaram benefícios à saúde humana, onde eram utilizados em vários países no combate á doenças, um exemplo clássico foi o seu uso em 1955 na erradicação da malária, doença está que apresentou grandes problemas a saúde humana nessa época. Hoje nos dias atuais o uso exagerado do agrotóxico nas lavouras vem apresentando graves problemas a saúde da população. Um dos maiores perigos representados pelos agrotóxicos diz respeito aos efeitos que eles podem provocar na saúde das pessoas, principalmente daquelas que, no campo ou na indústria, ficam expostas ao contato direto com os venenos (LONDRES 2011). Segundo Gonsalves (2001), quando utilizados inadequadamente, em excesso ou próximos da época de colheita nas lavouras, os agrotóxicos podem acarretar, riscos à saúde dos aplicadores e dos consumidores, causando intoxicações, mutações genéticas, câncer e morte. Nesta perspectiva, os efeitos agudos aparecem durante ou após o contato da pessoa com o agrotóxico, podendo ser divididos em efeitos muscarínicos (brandicardia, miose, espasmos intestinais e brônquicos, estimulação das glândulas salivares e lacrimais); nicotínicos (fibrilações musculares e convulsões); e centrais (sonolência, letargia, fadiga, cefaléia, perda de concentração, confusão mental e problemas cardiovasculares), (Mariconi, 2010). Segundo Rigotto et al. (2014), entre 2007 e 2011, de acordo com os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), houve um crescimento de 67,4% de novos casos de acidentes de trabalho não fatais devido a agrotóxicos, e o coeficiente de intoxicações aumentou em 126,8%, crescimento este maior entre as mulheres. IMPACTOS POR AGROTOXICOS AO MEIO AMBIENTE O uso de agrotóxicos é um dos recursos mais utilizados pelos produtores rurais para tentar compensar a perda de produtividade provocada pela degradação do solo e controlar o aparecimento de doenças. Porém, muitas vezes, essa utilização de agrotóxicos é feita de forma inadequada, sem o conhecimento das reais necessidades do solo e das plantas (VEIGA, 2006). O principal problema dos agrotóxicos é a intoxicação, tanto do homem quanto dos animais e da contaminação do meio ambiente. De maneira geral, os agrotóxicos são tóxicos, independentemente de qual composto é usado, dependo da quantidade e como é aplicado tanto no solo ou nas lavouras, alguns podem ser menos, e outros mais danosos ao meio ambiente. Os pesticidas também favorecem o surgimento de pragas progressivamente mais forte, através de um processo de “seleção natural”, em que os animais mais resistentes aos agrotóxicos tornam o lugar das espécies mais suscetíveis. Esse processo também acaba garantindo a manutenção da produção de agrotóxico (MORO, 2008).Materiais e Métodos
A pesquisa foi realizada no município de Parintins-AM, Brasil, envolvendo questões pertinentes à prática do uso de agrotóxicos na agricultura, tendo como população alvo os agricultores familiares. Quanto ao tipo da pesquisa, a mesma foi feita através de uma revisão bibliográfica abordada em livros e artigos científicos, como também uma pesquisa a campo onde foi aplicado um questionário aos agricultores no período de 10 a 20 de agosto de 2016, em nível de conhecimento e compreensão dos mesmos. As questões levantadas trouxeram informações a respeito de orientação sobre o uso de agrotóxicos; uso de agrotóxicos e noções de perigo, contaminação ambiental por agrotóxicos; e agrotóxicos mais utilizados nas culturas praticadas. A amostra foi composta por 10 agricultores locais que fazem o uso de agrotóxicos em suas propriedades. Contudo, transformamos essas informações em arquivos digitais e depois dos dados tabulados, pretendemos divulgar os resultados em eventos e palestras para a população em geral, principalmente aos agricultores em uma forma de conscientiza-los sobre o manuseio adequado dos agrotóxicos.Resultados e Discussão
No dia 10 a 20 de agosto de 2016 foram visitadas 10 propriedades agrícolas no município de Parintins-AM, onde foram entrevistados 10 agricultores, que possuem como meio de renda a agricultura familiar. Com isso, são apresentados a seguir os resultados deste estudo. Informações a respeito de orientação sobre o uso de agrotóxicos As questões que foram utilizadas para obtenção de respostas referentes às informações a respeito de orientação sobre o uso de agrotóxicos pelos agricultores foram: quem indica qual agrotóxico usar, quem presta orientação sobre como utilizar o agrotóxico, quem recomenda o cálculo da dosagem do agrotóxico, e se os agricultores fazem a leitura do rotulo da embalagem dos agrotóxicos. O gráfico 1: apresenta as questões e respostas relacionadas a indicação de qual agrotóxico usar, orientação sobre como utilizar o agrotóxico. Conforme mostra o gráfico 1, pode ser visto que em relação a indicação de qual agrotóxico usar, 6 pessoas relatam (60%) que o uso do agrotóxico é indicado pelos vendedores do estabelecimento comercial, enquanto 4 pessoas relatam (40%) que a indicação se dá pelo proprietário. Já a orientação de como usar os agrotóxicos, 3 pessoas relatam (30%) que são os proprietários da lavoura que dão a orientação de como usar, 5 pessoas relatam (50%) que são orientados pelo vendedor comercial, e 2 pessoas relatam (20%) que não recebem orientação quanto ao uso pois leem o rotulo. O gráfico 2: apresenta as questões e respostas relacionadas a recomendação do cálculo da dosagem do agrotóxico, e se os agricultores fazem a leitura do rotulo da embalagem dos agrotóxicos. Conforme o gráfico 2, que em relação a recomendação do cálculo da dosagem do agrotóxico, 3 pessoas (30%) relataram que são orientadas pelo proprietário da lavoura, 5 pessoas (50%) relataram que são orientadas pelo vendedor da casa de vendas, e 2 pessoas (20%) relataram ler o rotulo. No que diz respeito à leitura dos rótulos das embalagens dos agrotóxicos, 3 pessoas relatam (30%) que nunca leram, 4 pessoas (40%) relatam que as vezes leem, e 3 pessoas relatam (30%) que frequentemente leem os rótulos. O uso de agrotóxicos e noções de perigo As questões que foram utilizadas para obtenção de respostas referentes ao uso de agrotóxicos e noções de perigo foram as seguintes: se o agricultor trabalha aplicando e/ou preparando a cauda, se tem medo de aplicar e/ou preparar a calda de agrotóxico, se acredita que os agrotóxicos fazem mal a saúde e se utilizam praticas para diminuir o uso de agrotóxicos. O gráfico 3: apresenta as questões e respostas relacionadas a aplicação e preparo da cauda de agrotóxicos, se o agricultor possui medo de fazer a pratica ou faz alguma pratica para diminuir o uso de agrotóxico, se acredita que agrotóxico faz mal a saúde e o que eles fazem para diminuir o seu uso. De acordo com o gráfico 3, dos 10 agricultores entrevistados (100%) relataram trabalhar com agrotóxico, seja aplicando e/ou preparando a calda para aplicação. Destes, 7 pessoas (70%) diz ter medo de trabalhar com o produto e 3 pessoas (30%) relatam não ter medo. Em relação ao uso de praticas para diminuir o uso dos agrotóxicos, 7 pessoas (70%) dizem fazer outra pratica e 3 pessoas (30%) dizem apenas fazer o uso dos produtos, onde 9 pessoas (90%) reconhecem que os agrotóxicos fazem mal para a saúde e 1 pessoa (10%) não acredita o mal que esses produtos apresentam a saúde da população. Quando questionados sobre as praticas utilizados para diminuir o uso de agrotóxicos 7 pessoas (70%) relatam que utilizam esterco de boi e de galinha, enquanto 3 pessoas (30%) não fazem uso de nem uma pratica que venha diminuir o uso dos produtos na agricultura. Contaminação ambiental por agrotóxicos As questões que foram utilizadas para obtenção de respostas referentes a contaminação ambiental por agrotóxicos foram as seguintes: qual o local de lavagem dos agrotóxicos, qual o destino da água de lavagem, qual a distancia da lavoura em relação a rios e corpos d’agua, qual o destino das embalagens vazias. O gráfico 4: apresenta as questões e respostas relacionadas ao local de lavagens dos equipamentos usados na pratica de uso dos agrotóxicos e destino da água de lavagem. A parti do gráfico 4, pode ser visto que dos agricultores entrevistados 4 pessoa (40%) relatam que a lavagem dos equipamentos ocorre na lavoura, 2 pessoas (20%) dizem o equipamentos são lavados em tanques e 4 pessoas (40%) dizem não lavar os equipamentos utilizados na pratica. Dos 10 agricultores entrevistados 5 pessoas (50%) dizem jogar a água da lavagem dos equipamentos no chão, 2 pessoas (20%) relatam que a o reaproveitamento da água para o preparo da próxima cauda de agrotóxico e 3 pessoas (30%) relatam não saber o que acontece. O gráfico 5: apresenta as questões e respostas relacionadas distancia da lavoura em relação a rios e corpos d’agua e o destino das embalagens dos agrotóxicos. De acordo com o gráfico 5, pode-se observar no que refere-se a distancia da lavoura em relação a rios e corpos d’agua, onde 7 pessoas (70%) relatam que suas lavouras ficam mais de 30 metros de rios, e 3 pessoas (30%) relataram que suas lavouras ficam menos de 30 metros de rios. Conforme os entrevistados 2 pessoas (20%) relatam queimar as embalagens vazias, 2 pessoas (20%) relatam que há o recolhimento pelo proprietário, e 6 pessoas (60%) relatam que descartam as embalagens ao meio ambiente. Agrotóxicos mais utilizados nas culturas praticadas A questão utilizada no questionário foi qual o Agrotóxicos mais utilizados nas culturas praticadas, o que podem ser visto no gráfico 6. O gráfico 6 mostra os 7 agrotóxicos mais citados e que são utilizados pelos agricultores nas suas culturas, correspondentes ao cultivo de pepino, pimentão, cheiro verde, tomate, plantações de melancia, melões, nas pastagens e outros.Conclusões
Embora haja um baixo grau de escolaridade dos entrevistados, a maioria dos pequenos agricultores sabe das más consequências que o uso indiscriminado desses produtos usados nas agriculturas do município de Parintins, podem acarretar tanto a saúde humana, como para o meio ambiente. No entanto o que falta para esses trabalhadores é um suporte técnico com profissionais capacitados e dispostos a incentivar esses agricultores a deixarem de ser reféns desses produtos e passarem a se adequar a cultivar e produzir produtos mais orgânicos sem o uso de agrotóxicos. Portanto, são necessárias decisões urgentes para a conscientização dos agricultores do município de Parintins, instruindo e alertando a população sobre riscos eminentes de toxidez e informando a respeito das informações referentes aos agrotóxicos, bem como a utilização correta dos defensivos agrícolas, segundo as normas de biossegurança.Gráficos e Tabelas
