Efeito da Fase de Pré Aquecimento na Taxa de Eclosão de Ovos Provenientes de Galinha Caipira

Allan Gabriel Ferreira Dias1, Afonso Bernardes2, Rogério Marcos Da Silva Júnior3, Sanderly Borges Rodrigues4, Érica Crosara Ladir de Lucca5
1 - Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Triângulo Mineiro
2 - Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Triângulo Mineiro
3 - Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Triângulo Mineiro
4 - Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Triângulo Mineiro
5 - Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Triângulo Mineiro

RESUMO -

O Sistema Alternativo de Criação de Galinhas Caipiras tem como objetivo o aumento do padrão econômico da agricultura familiar, melhorando a qualidade e aumentando a quantidade da produção. Dentre as vantagens de se utilizar a incubação artificial, a que mais se destaca é a não ocupação da matriz com o choco, o que resulta em maior número de ciclos reprodutivos anuais. O objetivo foi avaliar diferentes métodos de pré-aquecimento para incubação de ovos de galinhas caipiras e avaliar seus benefícios para a eclosão dos ovos. Foram testados dois tratamentos: T1: os ovos foram armazenados na geladeira a uma temperatura de dois a oito graus, e posteriormente, foram colocados, diretamente, na incubadora; T2: os ovos foram armazenados em geladeira com uma temperatura de dois a oito graus, os quais foram retirados e colocados em temperatura ambiente por quatro horas e, posteriormente, foram colocados na incubadora. Para cada tratamento foram utilizadas seis repetições. Cada unidade experimental foi constituída de 10 ovos. No total 120 ovos, 60 para cada tratamento, foram incubados, mantendo-se entre 37,8°C até no máximo 37,9°C, com umidade relativa de 81%. O manejo de pré-aquecimento em ovos caipiras submetidos a uma estocagem em geladeira, cuja temperatura esteve em torno de 10°C, aumentou a taxa de eclosão dos ovos, com relação àqueles ovos que não passaram pela etapa do pré-aquecimento mesmo estando em condições iguais de armazenamento em geladeira.

Palavras-chave: alternativa, artificial, avicultura, armazenagem, incubação

Effect of Pre Heating Phase on eggs hatching rate from small farms chickens

ABSTRACT - The Chickens Creating Alternative System aims to increase the economic standard of family agriculture, improving the quality and increasing the quantity of production. The most advantage of using artificial incubation is not the occupation of the matrix with the cuttlefish, which results in more annual reproductive cycles. The objective was to evaluate different preheating methods for incubating hens eggs and evaluate its benefits for hatching. Two treatments were tested: T1: the eggs were stored in the refrigerator at a temperature of two to eight degrees, and later were placed directly in the incubator; T2: the eggs were stored in a refrigerator at a temperature from two to eight degrees, which were removed and placed at room temperature for four hours and then were placed in an incubator. Each treatment was repeated six replicates. Each experimental unit consisted of 10 eggs. In total 120 eggs, 60 for each treatment were incubated remaining between 37.8 ° C to a maximum of 37.9 ° C with relative humidity of 81%. The preheating management in egg hens subjected to storage in the refrigerator where the temperature was around 10 °C increased the rate of hatching with respect to those eggs which have not gone through the same preheating step being in the same storage conditions in refrigerator.
Keywords: alternative, artificial, incubation, poultry, storage


Introdução

O Sistema Alternativo de Criação de Galinhas Caipiras (SACAC), ao mesmo tempo em que resgata a tradição de criação de galinhas caipiras, tem como objetivo o aumento do padrão econômico da agricultura familiar, melhorando a qualidade e aumentando a quantidade da produção. O sistema minimiza os danos ao meio ambiente, adotando adequações necessárias a cada ecossistema onde é implantado, seja com relação às suas instalações e equipamentos, seja na forma de alimentar ou de medicar alternativamente as aves (BARBOSA et al., 2004). Dentre as vantagens de se utilizar a incubação artificial, a que mais se destaca é a não-ocupação da matriz com o choco, o que resulta em maior número de ciclos reprodutivos anuais. Outra grande vantagem é poder programar o nascimento dos pintos para uma determinada época, podendo-se economizar em manejo e atender de forma mais criteriosa às demandas do mercado consumidor (BARBOSA et al, 2007). Hoje, a incubação com pré-aquecimento é indispensável para auxiliar a mantença da temperatura ideal do ovo e garantir o desenvolvimento do embrião, visto que este impede as variações de temperaturas que o embrião poderia sofrer, além de garantir uniformidade dos pintos e a redução da mortalidade precoce. O objetivo é avaliar diferentes métodos de pré-aquecimento para incubação de ovos provenientes de galinhas caipiras em incubadoras artificiais de pequeno porte, e avaliar seus benefícios para a eclosão dos ovos

Revisão Bibliográfica

A temperatura de incubação é um dos fatores mais importantes no desenvolvimento embrionário, e na determinação da eclodibilidade (LAUVERS & FERREIRA, 2011). Segundo Rosa em um artigo técnico para Embrapa, a temperatura ideal de incubação varia entre 37,3ºC e 37,7ºC, a qual interfere, diretamente, na qualidade do pintinho, ressalta, ainda que é importante a ventilação suficiente para remover o gás carbônico (CO2) oriundo da respiração dos embriões. A temperatura é um fator que interfere diretamente no desenvolvimento do embrião, podendo antecipar ou não a eclosão, além de prejudicar ou não o desenvolvimento do animal. Em um trabalho realizado por Molenaar et al. (2010) apud Mesquita (2011), foi comparado o efeito de duas temperaturas no período de incubação, sendo analisado o tempo de incubação(horas), comprimento(cm), peso líquido(gramas) e gema residual, sendo que um grupo recebeu uma temperatura de incubação de 37,8°C e o outro grupo foi submetido a uma temperatura de 38,9°C, onde foi demonstrado que temperaturas mais elevadas reduzem o tempo de incubação, mas interferem no desenvolvimento completo dos embriões. A perda de umidade do ovo ocorre pelo processo de difusão (BRITO, 2006). Para evitar problemas, segundo Brito (2006), deve-se aquecer os ovos lentamente por 8 a 12 horas na sala de pré-aquecimento, a qual deve manter a temperatura entre 24 e 30ºC e umidade de 70 a 75%. Nesse período é importante evitar a condensação de umidade na superfície dos ovos, pois pode permitir a contaminação. A literatura indica que embriões sob estresse devido à alta umidade relativa tendem a eclodir precocemente, sem alcançar, no entanto, o máximo de desenvolvimento (DECUYPERE et al., 2003 apud BARACHO et al., 2010). Segundo o Guia de Manejo de Incubação COBB®, para evitar o choque térmico do embrião e a consequente condensação na casca, os ovos devem ser retirados da sala de ovos e preaquecidos antes de incubar. O ideal seria pré-aquecer os ovos em uma sala destinada para esta finalidade, sob temperatura de 24-27ºC (75–80°F) de modo que todos os ovos possam atingir a temperatura desejada. O tempo ideal de pré-aquecimento é de aproximadamente 8 horas e a temperatura a ser atingida deve ser a metade da diferença entre a temperatura da sala de armazenamento (câmara fria) e a temperatura de incubação somada à temperatura da sala de armazenamento, porém a temperatura interna dos ovos no momento da incubação deve encontrar-se no intervalo entre 26º a 28ºC (ARAÚJO E ALBINO).

Materiais e Métodos

  O experimento foi realizado no setor de Avicultura do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triangulo Mineiro, campus Uberaba - MG, Unidade I, em área sob as coordenadas - 19,657360 e -47,963230 e altitude de 825 m. O clima da região é classificado, segundo o sistema proposto por Köppen, como Aw, clima tropical de savana, apresentando inverno seco e verões quentes (SÁ JÚNIOR, 2009). Os ovos coletados de sistema de criação de aves caipiras, foram armazenados na geladeira após a postura, para obtenção do zero fisiológico, e mantidos ao período de estocagem de quatro dias, e posteriormente submetidos aos tratamentos com e sem pré-aquecimento, descritos abaixo: • T1: No primeiro os ovos foram armazenados na geladeira a uma temperatura de dois a oito graus, e posteriormente, foram colocados, diretamente, na incubadora; • T2: Ovos foram armazenados em uma geladeira com uma temperatura de dois à oito graus, os quais foram retirados e colocados em temperatura ambiente por quatro horas e, posteriormente, foram colocados na incubadora. Para cada tratamento foram utilizadas 6 repetições. Cada unidade experimental foi constituída de 10 ovos. Assim, no total foram utilizados 120 ovos, 60 para cada tratamento. Os ovos foram incubados em incubadoras de 120 ovos, a qual teve variação mínima de temperatura, mantendo-se entre 37,8°C até no máximo 37,9°C, com umidade relativa de 81%, sendo que a chocadeira possui mecanismos automáticos de ajustes para temperatura e umidade. Para comparação dos tratamentos foi utilizada o percentual de eclodibilidade em cada repetição, isto é, o percentual em 10 ovos. Os tratamentos foram comparados pelo teste t para 2 médias independentes 5% de significância. Previamente a análise estatística, o percentual de eclodibilidade foi transformado usando o arco seno da raiz quadrada. A análise estatística foi feita com o auxílio do software R (R Core Team, 2014).

Resultados e Discussão

A eclosão dos tratamentos 1 e 2 estão representados na tabela 1. Durante o período experimental foi notado que houve diferença estatística entre os tratamentos com pré-aquecimento e sem pré-aquecimento, sendo que o tratamento com pré-aquecimento teve uma taxa superior de eclosão de 80% comparada com a sem pré-aquecimento de 51,67%. O manejo de pré-aquecimento deve ser realizado de forma correta a uma temperatura de 24 a 30°C, com umidade relativa de 55 a 65%, permanecendo sobre essa condição ambiental por um período de 8 a 12 horas e, realizando o processo conforme o padrão é garantido a manutenção da eclosão (Pereira, 2009), ao não obedecer a esses fatores, o nascimento de pintinhos defeituosos pode ter sido uma consequência. O desenvolvimento embrionário está diretamente ligado ao tipo de tratamento de aquecimento durante e antes a incubação (WILSON, 1991; DECUYPERE & MICHELS, 1992). Foi possível notar o quão o pré-aquecimento teve interferência na eclosão dos animais, pois, em todos os outros aspectos o manejo de incubação foi feito de maneira adequada, onde a temperatura de incubação foi de 37,8°C, bem próximo da temperatura adotada por Alda (1994), a qual preconiza que a temperatura de incubação deve estar entre 37 e 37,5°C. Porém, em um estudo realizado por Rosa et al. (2002), foi avaliado o quanto a temperatura poderia influenciar a eclosão e percebeu que temperatura de 28,6°C foi considerada temperatura ótima, a qual otimizou o desempenho embrionários em ovos de diferente pesos e diferente idades, além de ter reduzido a mortalidade. Outro fator que pode ter interferido nas taxas de eclosão, foram as temperaturas de armazenamento, as quais foram de 8-10°C, sendo que o recomendado é de que, quando o período de armazenamento for maior que cinco dias, a temperatura deve ser de 12 – 13ºC (FIUZA, M.A. et. al 2006).Os ovos utilizados durante o experimento foram provenientes de matrizes de aves caipiras desuniformes, ou seja, não era da mesma categoria de peso e nem de idade, o que favorece ainda mais para o aumento na taxa de mortalidade embrionária. Concordando com Vieira & Moran Jr. (1998), que afirma que a idade das matrizes é um fator determinante para incubação, pois determinará a capacidade dos pintinhos, sendo que matrizes jovens resultam em maior taxa de mortalidade e menor desempenho.

Conclusões

  O manejo de pré-aquecimento em ovos caipiras submetidos a uma estocagem em geladeira, cuja temperatura esteve em torno de 10°C, aumentou a taxa de eclosão dos ovos, com relação aqueles ovos que não passaram pela etapa do pré-aquecimento mesmo estando em condições iguais de armazenamento em geladeira. O sucesso do manejo de pré-aquecimento em ovos caipiras, permite ao produtor manter ovos estocados por mais tempo em geladeira. Essa etapa permite que os ovos não iniciem o processo de desenvolvimento embrionário fora da incubadora artificial, aumentando as taxas de eclosão e produção do lote de aves caipiras.

Gráficos e Tabelas




Referências

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