Glicerina bruta em suplementos para bovinos de corte a pasto: consumo

Juliana Candeias Ortelam1, Leonardo Antônio Botini2, Kamila Andretta Kling de Moraes3, Eduardo Henrique Bevitori Kling de Moraes4, Diego Cordeiro de Paula5, Helio Stinguel6, Daniel Mendonça de Menezes7, Elton Jhon da Silva Rocha8
1 - Universidade Federal de Mato Grosso Campus de Sinop
2 - Universidade Federal de Mato Grosso Campus de Sinop
3 - Universidade Federal de Mato Grosso Campus de Sinop
4 - Universidade Federal de Mato Grosso Campus de Sinop
5 - Universidade Federal de Mato Grosso Campus de Sinop
6 - Universidade Federal de Mato Grosso Campus de Sinop
7 - Universidade Federal de Mato Grosso Campus de Sinop
8 - Universidade Federal de Mato Grosso Campus de Sinop

RESUMO -

Avaliou-se o efeito da substituição do milho pela glicerina bruta (GB) sobre o consumo de bovinos de corte em pastagem de Brachiaria brizantha cv. Marandu no período seco. Foram utilizados cinco bovinos da raça nelore, com peso corporal inicial de 331,68±29,59 kg distribuídos em delineamento em quadrado latino (5×5). Avaliou-se a suplementação mineral e suplementos concentrados (4,0 kg/animal; 20% PB) com 0, 33; 66 e 100% de GB em substituição ao milho. Os consumos de matéria seca total foram de 9,77; 9,93; 10,25 e 7,57 respectivamente para os níveis de substituição 0, 33, 66 e 100% de GB. A GB pode substituir 66% do milho em suplementos para bovinos de corte sem que ocorra redução no consumo de energia (matéria orgânica digerida).

Palavras-chave: biodiesel, glicerol, período seco, suplementação

Crude glycerin in supplements for beef cattle at pasture: intake

ABSTRACT - The effect of corn replacement by crude glycerin (GB) on intake of beef cattle in Brachiaria brizantha cv. Marandu in the dry period. Five Nellore cattle were used, with initial body weight of 331.68 ± 29.59 kg distributed in a Latin square design (5x5). Mineral supplementation and concentrated supplements (4.0 kg / animal; 20% CP) were evaluated with 0.33; 66 and 100% GB instead of maize. Total dry matter intakes were 9.77; 9.93; 10.25 and 7.57 respectively for substitution levels 0, 33, 66 and 100% GB. GB can replace 66% of maize in supplements for beef cattle without a reduction in energy consumption (digested organic matter).
Keywords: biodiesel, glycerol, dry period, supplementation


Introdução

A preocupação com o meio ambiente tem levado à busca por fontes de energias alternativas e, neste contexto, tem-se destacado o biodiesel por ser uma fonte renovável de energia e considerado um combustível ecológico, biodegradável, atóxico, livre de enxofre e compostos aromáticos (Abdalla et al., 2008).

Assim, com a crescente produção de biodiesel no Brasil, aumenta-se também a produção de glicerina bruta (GB), coproduto dessa indústria. O principal componente da glicerina é o glicerol, altamente energético e, por isso, ela já vem sendo usada como alimento animal em vários países (Oliveira et al. 2013). Para cada 90 m³ de biodiesel produzidos são gerados 10 m³ de glicerina.

Os ruminantes têm a capacidade de utilizar o glicerol presente na GB como precursor gliconeogênico (Chung et al., 2007) para a manutenção dos níveis plasmáticos de glicose. Assim, a GB pode ser incluída em dietas de ruminantes como um ingrediente energético como alternativa ao milho.

 A substituição do milho por níveis crescente de GB na dieta não afeta a concentração de amônia ruminal, o teor de energia metabolizável, as digestibilidades in vitro da matéria orgânica (MO) e da fibra em detergente neutro (FDN), bem como os parâmetros da degradação ruminal (Peripolli et al., 2014). Segundo estes autores esse subproduto da produção do biodiesel deve ser testado in vivo como uma alternativa energética na formulação de dietas para ruminantes.

Neste sentido, verifica-se que ainda existem dúvidas quanto ao nível ideal de substituição do milho pela GB em suplementos concentrados para bovinos de corte a pasto. A maioria dos trabalhos disponíveis na literatura foram realizados com bovinos leiteiros ou animais em regime de confinamento, havendo poucos trabalhos em sistemas de pastejo. Em adição, estes estudos (Farias et al., 2012; Strada, 2013) avaliaram níveis de GB em substituição ao milho chegando no máximo à 12% de inclusão na matéria seca (MS) da dieta total.

 

Desta forma, objetivou-se avaliar suplementos concentrados contendo níveis crescentes de GB em substituição ao milho sobre os parâmetros nutricionais de bovinos de corte a pasto no período da seca.



Revisão Bibliográfica

.

Materiais e Métodos

O experimento foi realizado no município de Sinop, Mato Grosso, entre os meses de junho e agosto de 2013 referentes ao período seco. A área experimenta foi constituída de piquetes formados com capim marandu (Brachiaria brizantha), sendo cinco de 0,5 ha para avaliação dos parâmetros nutricionais. Para avaliação dos parâmetros foram utilizados cinco novilhos da raça nelore, não-castrados, com peso corporal (PC) inicial de 331,68±29,59 distribuídos em delineamento em quadrado latino (5x5). O experimento teve duração de 65 dias divididos por cinco períodos experimentais com 13 dias de duração sendo os 7 primeiros dias destinados à adaptação às dietas e às condições experimentais.

Avaliou-se suplementos concentrados isoprotéicos contendo diferentes níveis de GB (0, 33, 66 e 100%) em substituição ao milho, além da suplementação mineral (tratamento controle). Os suplementos concentrados foram ofertados diariamente às 10:00h na quantidade de 4,0 kg/animal/dia sendo as sobras pesadas diariamente. A GB estudada teve origem do processamento do grão de soja e apresentou teores de 87,58% de MS, 6,63% de cinzas, 0,01% de metanol e 81,01% de glicerol.

A cada 13 dias foram efetuadas amostragens do pasto por meio de dois métodos. Pelo primeiro método, amostras foram coletadas, para quantificação da massa de MS e de MS potencialmente digestível (MSpd). Determinou-se a massa de forragem através do método quadrado (quadrado de 50 x 50 cm, 0,25 m2 com quatro medições/piquete), com cortes da forragem a 10 centímetros do solo.

Pelo segundo método, a amostragem do pasto consumido pelos animais em desempenho foi realizada via simulação manual de pastejo, de acordo com Johnson (1978), identificando o tipo de material que o animal ingeria, com o objetivo de coletar uma amostra semelhante ao ingerido. As coletas foram realizadas por um único amostrador a fim de evitar variações em cada amostragem.

Utilizou-se óxido crômico (Cr2O3), como indicador externo para estimativa da excreção fecal. Para estimativa do consumo de MS do pasto utilizou-se a fibra em detergente neutro indigestível (FDNi) dos alimentos e do pasto.

O indicador externo foi acondicionado em cartuchos de papel e introduzido diretamente via sonda esofágica em dose única diária (15 g/animal) às 11:00 horas, do terceiro até o 12º dia experimental.

Amostras de fezes foram coletadas entre o 8º e 12º dia do período experimental seguindo distribuição: 8° dia (8:00 h), 10º dia (12:00 h) e 12º dia (16:00 h) As fezes foram coletadas diretamente no reto dos animais em quantidades de 200g sendo identificadas por animal e armazenadas em freezer a -20oC. Foi elaborada uma amostra composta de fezes com base no peso seco ao ar, por animal, dos três dias de coleta.

A fibra em detergente neutro indigestível (FDNi) das amostras foi determinada após 264 horas de incubação ruminal (Casali et al., 2008). As amostras de pasto, concentrados e fezes foram analisadas quanto às concentrações de MS, matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB) e extrato etéreo (EE) de acordo com a AOAC (1990). As determinações de FDN e FDA que seguiram os métodos de Van Soest & Robertson (1985). As amostras foram tratadas com alfa-amilase termo-estável, sem uso de sulfito de sódio, (Mertens, 2002).

As análises de FDN foram realizadas em sistema Ankon, utilizando sacos de TNT, com dimensões de 5cm x 5cm, mantendo-se relações média de 14 mg de MS/cm2 de tecido e 100 ml de detergente neutro/g de amostra seca ao ar. Os teores de carboidratos não-fibrosos foram calculados conforme Hall (2000).

 

Os animais parâmetros foram distribuídos em delineamento em quadrado latino (5x5). As comparações entre médias de tratamentos foram realizadas por intermédio de contrastes ortogonais: Suplementação mineral x suplementação concentrada e os efeitos de ordem linear, quadrático e cúbico da inclusão de GB. Para todos os procedimentos estatísticos adotou-se α = 0,10 como limite máximo tolerável para o erro tipo I. Em nenhuma das variáveis estudadas detectou-se efeito de ordem cúbica, sendo, portanto, suprimidas nos resultados.



Resultados e Discussão

O teor de PB do pasto apresentou na média 4,22%, estando abaixo do valor mínimo de 7,0%, relatado por Minson (1990), para que se tenha uma fermentação ruminal que garanta mantença do animal. No entanto, verificou-se que o fornecimento de suplementos concentrados propiciou maior consumo de MS total e de pasto (P<0,10) em relação aos animais que receberam apenas suplemento mineral (Tabela 1). No tocante aos níveis de GB, verificou-se que os consumos de MS total (MST), de pasto (MSP) e de nutrientes apresentaram efeito quadrático (P<0,10). Este comportamento pode ser atribuído ao mesmo efeito observado no consumo de MS de suplemento foi menor (P<0,10) quando houve a substituição total do milho pela GB.

Reduções no consumo de MS foram observadas por Parsons et al. (2009), com a inclusão acima de 8,0% na dieta de novilhas de corte. Pyatt et al. (2007) avaliaram dietas contendo 10,0% de GB e também verificaram redução no consumo de MS. No presente estudo, os níveis de GB da dieta foram de 8,70; 16,87 e 33,81%, respectivamente, para os níveis de 33, 66 e 100%.

A literatura aponta como possíveis razões para o menor consumo possíveis efeitos de altos níveis de GB sobre o metabolismo ruminal ou intermediário dos animais. Roger et al. (1992) relataram que a adição de 5,0% de GB na dieta inibiu o crescimento e a atividade das bactérias celulolíticas e concluíram que inclusões na dieta até o nível de 5% poderiam ser benéficas e acima disso poderiam afetar a fermentação ruminal resultando em queda no consumo de MS. Paggi et al. (2004), com base em estudos in vitro, relataram que a atividade celulolítica diminuiu em função do aumento de concentrações de glicerol no rúmen.

O menor consumo também poderia ser justificado pelo mecanismo de saciedade dos animais. O glicerol, principal componente da GB, é metabolizado a propionato no rúmen (Trabue et al., 2007) que é convertido em glicose pelo fígado, e, em maior quantidade, eleva os níveis glicêmicos, desencadeando um feedback negativo entre o rúmen e o eixo hipotalâmico no sistema nervoso central. Os fatores fisiológicos incluem controle da fome e saciedade pela região hipotalâmica do cérebro, este mecanismo envia uma resposta ao organismo inibindo o consumo, estabelecendo uma sensação de saciedade diminuindo, assim, a ingestão de MS do pasto pelos ruminantes.

Segundo Benson et al.. (2002) o propionato é provavelmente o primeiro a sinalizar o término das refeições porque seu fluxo para o fígado aumenta muito durante as refeições, aumentando a produção de ATP devido á sua utilização para produção de glicose, o que sinaliza a saciedade. Menor consumo de alimentos pela infusão de propionato no organismo de animais tem sido relatada na literatura (Allen, 2000).

É sabido que, o uso de GB em substituição às fontes de energia na dieta de ruminantes depende da qualidade do produto e segundo Farias et al. (2012) a glicerina avaliada apresentava uma coloração mais escura e aspecto oleoso e estas observações possibilitaram caracterizar esta glicerina de baixa pureza.

 No presente estudo, pode-se observar que os animais que receberam suplementos contendo 100% de GB em substituição ao milho, apresentaram menor consumo de energia (MOD) (Tabela 1).

 

 Tabela 1. Médias de quadrados mínimos para os consumos de matéria seca (MS) de suplemento (MSS), total (MST) e de pasto (MSP), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro (FDN), carboidratos não fibrosos (CNF) e MO digerida (MOD) de bovinos de corte em função dos suplementos.

Item

Mineral

Níveis de substituição (%)

CV

(%)

Contrastes

0

33

66

100

CON1

L2

Q3

 

Kg/dia

 

 

 

 

MSS

0,01

3,60

3,58

3,51

2,26

17,51

<.0001

0,0567

0,0653

MST

5,11

9,77

9,93

10,25

7,57

12,92

<.0001

0,0563

0,0754

MSP

5,11

6,17

6,35

6,75

5,31

18,00

<.0001

0,0644

0,0853

MO

4,80

9,21

9,22

9,23

6,99

9,11

<.0001

0,0456

0,0567

PB

0,22

0,98

0,99

1,00

0,70

10,43

<.0001

0,0434

0,0675

EE

0,04

0,15

0,22

0,28

0,23

9,39

<.0001

0,0501

0,0704

FDN

3,72

5,00

5,06

5,08

4,05

11,56

<.0001

0,0498

0,0599

CNF

0,83

3,00

3,08

3,14

2,22

11,23

<.0001

0,0403

0,0565

MOD

2,53

6,84

7,04

7,27

4,91

16,98

0,0214

0,0564

0,0765

 

g/kg de matéria seca

 

 

 

 

 

MST

146,23

284,56

285,56

285,63

284,53

16,54

0.0456

0,0563

0,0675

MSP

145,95

179,13

180,20

180,33

154,68

13,20

0.0201

0,0456

0,0597

MOP

137,23

168,85

171,43

184,06

145,67

15,69

0,0342

0,0512

0,0671

FDN

106,25

144,62

145,44

151,29

115,58

13,44

0,0345

0,0451

0,0532

1Suplementação mineral versus Suplementação concentrada; 2Efeito de ordem linear do nível de glicerina bruta, 3Efeito de ordem quadrática do nível de glicerina bruta.

Conclusões

Em suplementos para bovinos de corte a pasto, a glicerina bruta pode substituir 66% do milho sem que ocorram reduções no consumo de suplemento e de energia matéria orgânica digerida.




Referências

ABDALLA, A. L., SILVA FILHO, J. C., GODOI, A. R., Utilização de subprodutos da indústria de biodiesel na alimentação de ruminantes, Revista Brasileira de Zootecnia, v.37, suplemento especial p.260-258, 2008.

ALLEN, M.S. Effects of diet on short-term regulation of feed intake by lactating dairy cattle. Journal of Dairy Science, v.83, p.1598-1624, 2000.

BENSON, J.A; REYNOLDES, C.K.; AIKMAN, P.C. et al. Effects of abomasal vegetable oil infusion on splachnic nutrient metabolism in lactating dairy cows. Journal of Dairy Science, v. 85, n.7, p. 1804-1814, 2002.

CASALI, A.O.; DETMANN, E. VALADARES FILHO, S.C.; PEREIRA, J.C.; HENRIQUES, L.T.; FREITAS, S.G.; PAULINO, M.F. Influência do tempo de incubação e do tamanho de partículas sobre os teores de compostos indigestíveis em alimentos e fezes bovinas obtidos por procedimentos in situ. Revista Brasileira de Zootecnia, v.37, p.335-342, 2008.

CHUNG, Y. H.; RICO, E. D.; MARTINES, M. C., CASSIDY, T.W.; NOIROT, V.; AMES, A.; VARGA, G.A. Effects of feeding dry glycerin to early postpartum holstein dairy cows on lactational performance and metabolic profiles Journal of Dairy Science Vol. 90, Issue 12, Pages 5682-5691.

 FARIAS, M. S.; PRADO, I.N.; VALERO, M. V.; ZAWADZKI, F., SILVA, R. R., EIRAS, C. E. Níveis de glicerina para novilhas suplementadas em pastagens: desempenho, ingestão, eficiência alimentar e digestibilidade. Semina: Ciências Agrárias, v.33,n.3, p,1177-1188, 2012.

HALL, M.B. Neutral Detergent-Soluble Carbohydrates Nutritional Relevance And Analysis. Institute of Food and Agricultural Sciences, University of Florida. Bulletin 339, 2000.

MERTENS, D.R., 2002. Gravimetric determination of amylase-treated neutral detergent fiber in feeds with refluxing in beaker or crucibles: collaborative study. Journal of AOAC Int. 85, 1217–1240.

MINSON, D.J. Forage in ruminant nutrition. San Diego:Academic Press, 483p. 1990.

OLIVEIRA, J.S.; SIDINÉA, R.A. FREITAS, C.; MÜLLER, M.D. Composição química da glicerina produzida por usinas de biodiesel no Brasil e potencial de uso na alimentação animal. Ciência Rural, v.43, n.3, p.509-512, 2013.

PAGGI, R. A.; FAY, J. P.; FAVERIN, C. In vitro ruminal digestibility of oat hay and cellulolytic activity in the presence of increasing concentrations of short-chain acids and glycerol. Journal of Agricultural Science, Toronto, v. 142, p 89-96, 2004.

PARSONS, G. L.; SHELOM.R, M. K.; DROUILLARD, J. S. Performance and carcass traits of finishing heifers fed crude glycerin. Journal of Animal Science, Champaign, v. 87, n. 3, p. 653-657, 2009

PERIPOLLI, V.; PRATES, E.R.; BARCELLOS, J.O.J.; WILBERT, C.A.; CAMARGO, C.M.; LOPES, R.B.; COSTA JUNIOR, J.B.G. Effect of crude glycerol on in-vitro ruminal fermentation kinetics. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, v.15, n.1, p.172-181, 2014.

PYATT, A.; DOANE, P. H.; CECAVA, M. J. Effect of crude glycerin in finishing cattle diets. Journal of Animal Science, Champaign, v. 85, p. 412, 2007. Supplement 1. Abstract.

ROGER, V.; FONTY, G.; ANDRE, C. et al. Effects of glycerol on the growth, adhesion and cellulolytic activity of rumen cellulolytic bacteria and anaerobic fungi. Current Microbiology, v.25, p.197-201, 1992.

STRADA, E. S. O. Glicerina de baixa pureza em suplementos para bovinos não castrados terminados em pastagens. Tese (Doutorado em Zootecnia) - Itapetinga, BA: UESB, 2013. 132 f.

TRABUE, S.; SCOGGIN, K.; TJANDRAKUSUMA, S.; RASMUSSEN, M. A.; REILLY, P. J.Ruminal fermentation of propylene glycol and glycerol. Journal Agricultural and Food. Chemistry, v. 55, p. 7043-7051, 2007.

VAN SOEST, P.J. e ROBERTSON, J.B. Analysis of forages and fibrous foods. Ithaca: Cornell University, 202p, 1985.