RELAÇÃO ENTRE PERÍMETRO ESCROTAL E CARACTERÍSTICAS DE CARCAÇA DE BOVINOS NELORE
2 - FAZU
3 - Unesp Jaboticabal
RESUMO -
A comprovação da existência de correlação genética favorável entre características reprodutivas e de carcaça vem promovendo o uso do perímetro escrotal (PE) nos programas de seleção de bovinos. No entanto, ainda são escassos os trabalhos que abordam este assunto. Neste contexto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a correlação entre o perímetro escrotal e as características de carcaça de bovinos Nelore. Foram avaliados 18 bovinos da raça Nelore, com idades variando entre 16 e 18 meses. A leitura foi realizada por meio de fita métrica envolvendo os dois testículos em seu maior perímetro. Para a mensuração das características de carcaça foi utilizada a técnica de ultrassonografia. Não foi observada correlação significativa entre o Perímetro Escrotal (PE) e AOL (P>0,05), AOL corrigida para 100 kg (P>0,05) e Espessura de Gordura Subcutânea (P>0,05), assim como, entre PE e Marmoreio (P>0,05).
RELATIONSHIP BETWEEN SCROTAL PERIMETER AND CARCASS CHARACTERISTICS OF NELORE CATTLE
ABSTRACT - The proof of the existence of genetic correlation between reproductive and carcass characteristics has been promoting the use of PE in cattle selection programs. However, there are a few studies to prove that. In this context, the aim of this study was to evaluate the relation betwen scrotal circumference and carcass characteristics of Nelore. They were evaluated 18 Nelore bulls, aged between 16 and 18 months. The scrotal perimeter was evaluated by wrapped tape involving the two balls in their largest perimeter. For the measurement of carcass traits ultrasound technique was used. There was no significant correlation between the Scrotal Perimeter (PE) and AOL (P> 0.05), AOL corrected for 100 kg (P> 0.05), Subcutaneous Fat Thickness (P> 0.05) and Marbling as well (P> 0.05).Introdução
A crescente demanda por carne bovina imposta pelos mercados internos, tem feito com que a pecuária de corte brasileira produza carne de forma cada vez mais eficiente. Um dos fatores determinantes para colocar o Brasil em posição de destaque como grande produtor de carne bovina tem sido a intensificação do uso do melhoramento genético como ferramenta para o aumento da eficiência da produção animal. Para atender este mercado crescente há necessidade de selecionar animais geneticamente superiores, capazes de influenciar parâmetros associados a um melhor desempenho do rebanho, como precocidade sexual e fertilidade. Uma das principais características associada ao desempenho reprodutivo dos machos é o volume testicular. A medida mais utilizada para refletir o volume dos testículos é o perímetro escrotal. O PE faz parte da biometria testicular e, vem sendo utilizado como critério de seleção, por ter correlações genéticas favoráveis com características de sêmen, com idade à puberdade em machos e fêmeas, características de desempenho e de carcaça. Neste contexto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência do perímetro escrotal sobre o desempenho e as características de carcaça de bovinos Nelore confinados.
Revisão Bibliográfica
O Brasil tem se destacado na bovinocultura desde meados da década de 1990, especialmente na de corte. O país possui o segundo maior rebanho bovino do mundo e é também o segundo maior produtor mundial de carne bovina, além de ser o quarto maior exportador de carne bovina (ANUALPEC, 2015), respondendo, desde 2007, por cerca de um terço do comércio mundial de carne bovina (ABIEC, 2010).
O sistema de produção de bovinos no Brasil está cada vez mais ágil, o que tem refletido no significativo aumento da taxa de desfrute nos últimos dez anos. No entanto, ainda há um longo caminho até que sejam alcançados os níveis de produtividade dos rebanhos mais competitivos do mundo (COSTA e SILVA, 2007).
O rebanho bovino do Brasil possui aproximadamente 200 milhões de cabeças (ANUALPEC, 2015), das quais aproximadamente 80% têm origem zebuína (IBGE, 2013). Embora o número absoluto de animais seja um dos maiores do mundo, a produtividade dos sistemas de produção e os índices de fertilidade ainda apresentam desempenho discreto.
Esta reduzida fertilidade deve-se, em grande parte, a problemas reprodutivos nas fêmeas, mas os machos também influenciam este quadro (MORAES, HORN e ROSADO, 1998).
Os problemas reprodutivos são os principais limitantes da eficiência produtiva em bovinos de corte e por isso, a inclusão de características reprodutivas nos objetivos de seleção seria indispensável para a otimização da eficiência econômica do rebanho (PEREIRA, ELER e FERRAZ, 2000). Sendo assim, há necessidade de selecionar animais geneticamente superiores, capazes de influenciar parâmetros associados a um melhor desempenho do rebanho, como precocidade sexual e fertilidade.
Uma das principais características associada ao desempenho reprodutivo dos machos é o volume testicular. A medida mais utilizada para refletir o volume dos testículos é o perímetro escrotal. O PE faz parte da biometria testicular e, vem sendo utilizado como critério de seleção, por ter correlações genéticas favoráveis com características de sêmen, com idade à puberdade em machos e fêmeas e características de crescimento. É uma característica que apresenta facilidade de medição, alta herdabilidade e alta confiabilidade e repetibilidade (r = 0,98) quando tomada por diferentes técnicos, além de permitir que grande número de touros seja avaliado num mesmo dia (FONSECA, 2000).
Fêmeas de raças cujos touros têm maior perímetro escrotal também são mais precoces e possuem melhores índices de fertilidade. Tanto no macho como nas fêmeas, as gônadas são influenciadas pelos mesmos hormônios: Hormônio Folículo Estimulante (FSH) e Hormônio Luteinizante (LH), o que explica as correlações genéticas existentes entre características de ambos os sexos (PEREIRA, 1999).
Pesquisadores nos últimos anos verificaram, através da estimativa da herdabilidade do PE (medida em várias idades), que esta é uma característica que traz uma contribuição genética aditiva, ou seja, aquela em que cada gene dos que constituem o genótipo provoca um acréscimo no valor fenotípico do indivíduo, independente de outros genes presentes (PEREIRA, 1999).
A magnitude da herdabilidade para PE é uma das que apresentam mais variação entre os diferentes trabalhos revisados, apresentando valores de 0,09 a 0,57 (LÔBO;MADALENA;VIEIRA, 2002; FIGUEIREDO, 2001; PEREIRA et al., 2001, MERCADANTE et al. 2004).
Cyrillo et al. (2001) encontraram uma herdabilidade para PE de 0,57 a 0,44 trabalhando com dados dos rebanhos da raça Nelore pertencentes à Estação Experimental de Sertãozinho. Peña, Queiroz e Frias. (2001), trabalhando com a mesma raça estimaram uma herdabilidade de 0,41. Valor um pouco menor, de 0,38, foi encontrado por Sarreiro et al. (2002), considerado de moderado a elevado e concluíram que há importante componente genético aditivo para o PE o que possibilita resposta à seleção direta da característica.
Segundo Lima (2009) a alta herdabilidade do PE permite seu uso como preditor da fertilidade, pois para cada um centímetro de aumento no PE de um animal, espera-se 0,31 cm de aumento no PE dos filhos desse animal.
No Brasil, a ênfase da seleção para perímetro escrotal dos zebus tem sido para a idade de 18 meses, enquanto em trabalhos internacionais a medida para seleção dos animais geralmente é feita aos 12 meses (o Bos taururs taurus alcançaria a maturidade sexual antes que os Bos taurus indicus).
Entretanto, Bergaman (1999), ao descrever a curva de crescimento do perímetro escrotal de animais Nelore, encontraram ponto de inflexão (máximo crescimento) aos 10,8 meses de idade, havendo posteriormente, um crescimento lento, indicativo da maturidade sexual. Segundo os autores, tal fato evidenciaria o maior crescimento do parênquima testicular ocorrendo próximo aos 12 meses de idade, sugerindo o início do período pré-púbere.
Lima (2009), observou que touros jovens com maior PE apresentam menor idade à puberdade. Por sua vez, a puberdade tem relevante importância nas características de crescimento e reprodução. Nesse período, o tourinho começa a exibir os primeiros sinais de interesse sexual, produção espermática e acentuado crescimento testicular.
As pesquisas realizadas no Brasil, considerando aspectos relacionados à puberdade de animais zebus, salientam a alta dependência do estado corporal do animal. Existem evidências na literatura de que a puberdade de machos Nelore em condições nutricionais adequadas ocorra próxima ao primeiro ano de idade.
O peso corporal é um importante fator que influencia as medições do PE (PEREIRA et al., 2001). Fonseca (2000) encontrou correlação genética positiva e alta (de 0,46 a 0,52) entre o PE e peso corporal de tourinhos da raça Nelore de 12 a 18 meses de idade.
Siddiqui et al. (2008), citados por Lima (2009), afirmam que o peso, o escore corporal e o PE influenciam o início da puberdade. Pineda, Fonseca e Albuquerque (2000), encontraram medidas do PE aos 28 meses de idade de 33,26 cm quando avaliaram 202 touros jovens da raça Nelore, sendo classificado como excelente. Já os estudos de Sarreiro et al. (2002) na idade de 31 meses a média foi de 33,7 cm, sendo classificado como muito bom. Boligon, Rorato e Albuquerque (2007) e Barbosa et al. (2010), estudando o PE em bovinos da raça Nelore com idade entre 15 e 18 meses, encontraram valores de 22, 96 cm e 25,86 cm, respectivamente. Já Girardi (2004) encontrou medidas de perímetro escrotal variando de 20 cm aos 8 meses de idade à 38 cm aos 36 meses de idade, em mensurações realizadas de 1990 a 2003 em exposições pecuárias realizadas em Uberaba.
As características produtivas associadas à reprodução são consideradas as mais importantes para a produção de bovinos de corte. A necessidade de se obter maior rentabilidade e maior giro de capital associados à imposição de se ter produtos de qualidade resulta em demanda por animais capazes de serem terminados mais rapidamente. A comprovação da existência de correlação genética favorável entre características reprodutivas e de carcaça auxiliaria de sobremaneira o selecionador. A avaliação de carcaça por predições in vivo pode garantir economicidade ao processo produtivo (EUCLIDES FILHO, 2000).
Estando o PE diretamente relacionado à precocidade, pela redução da idade à puberdade em função de um maior PE, pode-se dizer que este poderá exercer influência sobre as características e qualidade da carcaça. Porém, são poucos os trabalhos que associam as características de escores visuais com a quantidade de carne e com a terminação da carcaça (ALBUQUERQUE e OLIVEIRA, 2002).
Segundo Bridi e Constantino (2010), um fator que afeta a qualidade da carne é a precocidade da raça e/ou cruzamento, pois é a ocasião em que o animal cessa o crescimento ósseo, diminui a taxa de crescimento muscular e é intensificado o enchimento dos adipócitos, ocorrendo deposição de gordura na carcaça. Esta, por sua vez, atua como um isolante térmico na proteção da carcaça durante o resfriamento, evitando a desidratação, o escurecimento e a redução da maciez da carne.
Desta maneira, as raças ou indivíduos dentro de grupos que primeiro atingem a puberdade podem ser considerados de maior precocidade sexual e de terminação (SILVEIRA, 2001). Também, a precocidade irá determinar a quantidade de gordura intramuscular. Para uma mesma idade, animais mais precoces irão apresentar maiores taxas de gordura intramuscular que os animais mais tardios.
Taxas mínimas de gordura intramuscular são importantes no sabor, maciez e suculência (BRIDI e CONSTANTINO, 2010). No entanto, ainda são escassos os trabalhos que abordam associações genéticas entre PE e medidas de carcaça (PETRINI et al., 2007).
Materiais e Métodos
O experimento foi realizado na Fazenda Escola das Faculdades Associadas de Uberaba – FAZU, localizada no município de Uberaba – MG, localizada nas coordenadas: latitude Sul de 19°44’, longitude Oeste do Meridiano de Greenwich de 47°57’e altitude de 780 m. Segundo as normas climatológicas da Estação Experimental Getúlio Vargas (EPAMIG), o clima da região é classificado como tropical quente úmido com inverno frio e seco. A precipitação total durante o período experimental foi de 73,30 mm, umidade relativa média de 49,3% e temperatura média anual de 25,4°C, segundo dados climatológicos do BDMAP – INMET. Foram avaliados 18 bovinos da raça Nelore, todos com Registro Genealógico de Nascimento (RGN), com idades variando entre 16 e 18 meses. Os animais em questão estavam participando de uma prova de eficiência alimentar onde ficaram em sistema alimentar de confinamento, durante um período experimental de 91 dias, sendo 21 dias de adaptação às instalações e a dieta e 70 dias de prova efetiva. A dieta foi fornecida aos animais 3 vezes ao dia com relação volumoso/concentrado de 40/60, isto é, 40% de silagem de milho e 60% de concentrado comercial. A dieta foi formulada com 14% de proteína bruta e 70% de NDT a fim de proporcionar ganho de 1,300 kg/dia. O consumo foi ad libitum permitindo sobras diárias entre 5 a 10%. A mensuração do perímetro escrotal foi realizada no último dia do experimento, onde os animais foram contidos em tronco de contenção e os testículos dos animais foram tracionados para a porção inferior da bolsa escrotal, ficando a palma da mão esquerda em contato com a parte anterior dos testículos, com os dedos exercendo ligeira pressão na pele para os lados e adiante, impedindo a subida dos mesmos. A leitura foi realizada por meio de fita métrica envolvendo os dois testículos em seu maior perímetro. Para a mensuração das características de carcaça foi utilizada a técnica de ultrassonografia. Primeiramente realizou-se a limpeza do local entre a 12a e 13a costela do lado esquerdo do animal, com escova raspadeira para retirada do excesso de pelos e sujeira. Em seguida colocou-se óleo vegetal no dorso do animal para perfeito acoplamento do transdutor com o corpo do animal. O transdutor foi disposto de maneira perpendicular ao comprimento do músculo Longissimus dorsi entre a 12a e 13a costela, realizando-se a tomada da imagem ultrassonográfica. Durante a leitura da imagem, circundou-se a Área de Olho de Lombo (AOL) em centímetros quadrados. Foi medida também a espessura de gordura subcutânea (EGS), em milímetros, no terço distal da imagem do músculo. Para a mensuração do marmoreio (MAR) utilizou-se a mesma imagem, sendo esta coletada pelo escâner do equipamento e analisada por meio de um programa computacional utilizado para mensurar a quantidade de gordura no tecido muscular. A área de olho de lombo corrigida para 100 (AOL/100) foi calculada baseada no peso do animal. O modelo do equipamento de ultrassonografia utilizado foi o Bia Pro Plus da marca DGT Brasil em tempo real, com transdutor de 3,5 MgHz de frequência, com 17,2 cm de comprimento e guia acústica, necessária para o acoplamento do transdutor ao animal. As imagens obtidas foram gravadas em um microcomputador acoplado ao ultrassom, para posterior análise pelo programa. Para avaliar a correlação entre as variáveis foi utilizado o coeficiente de correlação linear de Pearson (r). As análises estatísticas foram efetuadas usando-se o Statistical Analyses System (SAS 2002).Resultados e Discussão
Na Tabela 1 estão apresentados as correlações entre os dados analisados. De acordo com os resultados pode-se observar que não foi observada correlação significativa entre o Perímetro Escrotal (PE) e AOL (P>0,05), AOL corrigida para 100 kg (P>0,05) e Espessura de Gordura Subcutânea (P>0,05). Resultado distinto foi demonstrado por Quirino (1999), que observou que a correlação genética estimada entre as características EGS e PE, embora seja baixa (0,09), foi positiva. Barbosa et al. (2010) observaram correlação baixa (0,09) entre PE e EGS porém positiva, indicando que touros selecionados para maior desenvolvimento testicular, ou seja, seleção buscando animais precoces e com alta fertilidade, são também geneticamente predispostos a apresentarem incremento na espessura de gordura de cobertura, ou, pelo menos, não estariam prejudicando esta característica. Já Figueiredo (2001) que também observou correlação positiva, porém baixa (0,08) entre PE e EGS, concluiu que há pouca relação entre estas variáveis. Por outro lado, Kasburg (2003), em touros da raça Santa Gertrudes, correlacionou geneticamente o PE (18 meses) com espessura de gordura subcutânea (EGS) mensurada por meio de ultrassonografia, e encontrou correlação baixa e negativa (-0,18). Girardi (2004) também verificou correlação negativa (0,24) entre PE e EGS. Segundo Manella e Nascimento (2004) animais não castrados possuem menor espessura de gordura devido principalmente à ação de hormônios da reprodução produzidos pelos testículos durante e após a puberdade, que fazem com que a deposição de gordura, nesses animais, se inicie mais tarde. Da mesma forma, Johnson et al. (1993) verificaram correlação negativa entre EGS e PE (-0,33) estudando a raça Brangus, indicando que touros com maior desenvolvimento testicular tendem a depositar menos gordura durante os testes de desempenho. Marques (2011), avaliando animais da raça Nelore, afirma que características de carcaça (EGS) e de reprodução (PE) representam especial importância considerando as exigências do mercado no que diz respeito ao acabamento de carcaça, relacionado intimamente com a EGS, onde a seleção direcionada para PE poderá levar a redução da EGS. A Espessura de Gordura Subcutânea (EGS) dos animais avaliados neste trabalho foi 5,06 mm e apresentaram-se dentro dos padrões exigidos, considerando que para abate exige-se que a carcaça tenha de 4,0 a 5,0 mm de gordura de cobertura (BARBOSA et al. 2010). A AOL e AOL/100 foram, 93,09 e 16,66 cm2, respectivamente, estando dentro e até mesmo acima de valores encontrados por outros autores. Silva et al. (2004), trabalhando com animais da raça Nelore terminados em confinamento, obtiveram 65 cm² para AOL. Polizel Neto et al (2009) e Yokoo (2009) encontraram valores de 62,42 cm² e 48,38 cm² para AOL, respectivamente. Girardi (2004) encontrou correlação negativa (1,27) entre PE e AOL. No entanto, Marques (2011) encontrou correlação positiva e baixa entre AOL e PE (0,09), semelhante aos resultados de Yokoo (2009), que estudando animais da raça Nelore aos 12 meses de idade encontrou valores de 0,20. Barbosa (2003), estimando parâmetros genéticos para características relacionadas com a qualidade e rendimento de carcaça, medidas por meio de ultrassom em animais Nelore encontrou também correlação positiva entre AOL e PE de 0,25. Já Kasburg (2003) encontrou correlação de 0,72 entre AOL e PE aos 18 meses de idade em bovinos da raça Santa Gertrudes. Animais com maior desenvolvimento testicular tendem a ter aumento do número de células germinativas, do diâmetro dos túbulos seminíferos e volume das células de Sertoli. Este processo contínuo de crescimento das gônadas também coincide com a elevação nos níveis de testosterona (MOURA; ROGRIGUES e MARTINS FILHO, 2002). Com isso, esses animais são superiores em peso e conformação, assim como apresentam maior proporção de músculo (AOL), devido à maior ação hormonal proveniente dos hormônios androgênicos, entre eles a testosterona, produzida nos testículos (FIELD, 1971). Não foi observada correlação significativa entre PE e Marmoreio (P>0,05) no presente trabalho, corroborando com os resultados obtidos por Dibiasi (2006). Segundo Yokoo (2005), trabalhando com dados da raça Nelore, as correlações genéticas sugerem que progressos genéticos podem ser alcançados nas características de carcaça sem antagonismo com a seleção para perímetro escrotal, pois as correlações genéticas foram próximas de zero (-0,03).Conclusões
Diante dos resultados obtidos e de acordo com as condições de realização do presente estudo, pode-se concluir que não existe correlação fenotípica entre o Perímetro Escrotal e as características de carcaça.Gráficos e Tabelas
Referências
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