A audiência pública que debaterá o projeto de lei 1016/2015 contará com representantes da zootecnia, medicina veterinária e engenharia agronômica para discutir as diretrizes do PL. Entre os membros da zootecnia que participarão do evento estão Célia Carrer, presidente da Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ) e Walter Motta Ferreira, ex-presidente da ABZ e atual conselheiro.

Marcado para acontecer no dia 22 de outubro, em Brasília, o debate será realizado na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR). De acordo com Célia, antes mesmo da definição da audiência, representantes da zootecnia já vinham procurando conversar com autoridades da agronomia e da veterinária para esclarecer as atribuições do PL, ao mesmo tempo que procuravam convergências sobre o assunto que fossem de interesse de todas as categorias envolvidas.

“O PL procura não trazer prejuízo a outros grupamentos para que possam continuar atuando dentro da ciência zootecnia, que admite, pela sua amplitude, inclusive outros profissionais para além dos zootecnistas, agrônomos e médicos veterinários, a exemplo dos engenheiros de pesca, de alimentos, de biossistemas, agrícola, biólogos, administradores, dentro outros”.

A PROPOSTA
O projeto de lei 1016/15, proposto pela deputada federal Júlia Marinho, revoga a alínea “c” do artigo 2º da lei 5.500/68, que permite a utilização do título de zootecnistas por parte de engenheiro agrônomos e médicos veterinários. Além disso, o projeto oferece nova redação ao artigo 3º, que estabelece dois grupos de atribuições: aquelas que somente os profissionais graduados em zootecnia poderão exercer e outras que poderão ser exercidas tanto por zootecnistas quanto por outros profissionais capacitados, respeitando a competência das áreas afins.

Para Célia, quando a lei que permite a utilização do título de zootecnista por parte de agrônomos e veterinários foi aprovada, há 47 anos, ainda não existiam profissionais da zootecnia efetivamente titulados no Brasil.  Atualmente, com o crescimento do cenário da zootecnia no país, a reestruturação da lei é necessária.

“A lei foi imprevidente neste aspecto, pois o acolhimento de outras profissões correlatas no exercício de uma profissão regulamentada só pode ser admitido provisoriamente, por um período fixo de transição, a fim de se permitir uma continuidade na prestação dos serviços e evitar escassez no mercado de trabalho”.

O encontro que debaterá o projeto de lei acontecerá no Plenário 6, Anexo II, da Câmara dos Deputados, em Brasília. No dia da audiência, O CAPADR deve disponibilizar um link para a transmissão do debate via internet.

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