Grandes exportadoras e frigoríficos do Brasil estão sendo alvo, desde o início desta sexta feira, da operação “Carne Fraca”, deflagrada pela Polícia Federal. Entre as investigadas estão a JBS e BRF, duas das cinco maiores exportadoras do país, reconhecidas como as maiores empresas de carne do mundo. Além delas, outros frigoríficos, grandes e pequenos, como Big Frango e Peccin, aparecem na decisão.

De acordo com informações preliminares, a polícia descobriu que as companhias usavam em suas operações carnes podres com ácido ascórbico para disfarçar o gosto, frango com papelão, pedaços de cabeça e carnes estragadas como recheio de salsichas e linguiças, além de reembalar produtos vencidos. A informação de que ao menos um dos frigoríficos usava carne pobre em seus produtos está na decisão da Justiça Federal do Paraná e foi dada pela médica veterinária Joyce Igarashi Camilo.

Segundo a polícia, a “Carne Fraca” é, em números, a maior operação já realizada pela PF no país. Segundo a instituição, são mais de 1.100 policiais mobilizados em seis Estados (Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás) e no Distrito Federal.

“Eles usam ácidos, outros produtos químicos, para poder maquiar o aspecto físico do alimento. Usam determinados produtos cancerígenos em alguns casos para poder maquiar as características físicas do produto estragado, o cheiro”, afirmou o delegado federal Maurício Moscardi Grillo.

Segundo informações do G1, foram quase dois anos de investigação antes da operação ser deflagrada. No período, foi detectado que as Superintêndencias Regionais do Ministério da Pesca e Agricultura do Estado do Paraná, de Minas Gerais e de Goiás atuavam diretamente para proteger grupos empresariais em detrimento do interesse público. Mediante pagamento de propina, os agentes públicos suspeitos atuavam para facilitar a produção de alimentos adulterados, emitindo certificados sanitários sem qualquer fiscalização efetiva.

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