Em sua 27º edição, é indiscutível a contribuição do Congresso Brasileiro de Zootecnia (Zootec) no fortalecimento da profissão no Brasil. A observação é da presidente da Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ), Célia Carrer, que falou sobre a maturidade da zootecnia, sobre os avanços na luta por reconhecimento e também das necessidades da categoria durante a abertura do congresso na noite dessa segunda feira (22).
“Zootecnistas vêm atuando fortemente na superação dos desafios tecnológicos, ambientais, de bem-estar animal, econômicos e sociais que os novos tempos impõem quanto à produção de alimentos de qualidade, em quantidade e a preços que permitam o consumo por todas as faixas de renda, colaborando para o desenvolvimento científico e tecnológico da agropecuária brasileira”.
Para Célia, uma das provas da consolidação da zootecnia é a expansão do curso em todo o Brasil. Atualmente são 17 mil jovens matriculados em mais de 100 cursos, com cerca de 2 mil novos zootecnistas entrando no mercado de trabalho todos os anos.
“A zootecnia brasileira conta com um quadro expressivo de mais de 35 mil profissionais que vêm se destacando em várias frentes, seja no ensino, na pesquisa, nas empresas ligadas ao agronegócio, na extensão rural, nas entidades conservacionistas ou no âmbito governamental. Temos uma identidade profissional e uma força de trabalho que colocamos à disposição para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos”.
Contudo, mesmo com o crescimento, ainda há muito o que avançar. Segundo Célia, este cenário espelha a maturidade da profissão e faz com que os zootecnistas anseiem em ver, cada vez mais, o reconhecimento pela sociedade dos relevantes serviços que prestam ao país.
“Não nos serve mais a tutela que retira nossa autonomia e cerceia o pleno exercício das nossas competências profissionais. Queremos órgãos de representação que de fato se preocupem em nos bem representar e a nos tratar com todo o respeito que merecemos e que conquistamos pela nossa capacidade, dinamismo e superação”.