O destaque do setor de avicultura no Brasil é indiscutível. Considerando todos os produtos – in natura e processados, as exportações desta área atingiram 3,379 milhões de toneladas entre janeiro a setembro deste ano, desempenho 6% superior ao alcançado nos primeiros nove meses de 2015. Os números são da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Para o zootecnista João Carlos de Angelo, o crescimento constante da avicultura atrai cada vez mais investimento brasileiro no setor.

“O Brasil possui uma avicultura dinâmica, somos o maior exportador do mundo e o segundo maior produtor mundial, desta forma, o segmento está alinhado com as tendências internacionais para estar sempre na vanguarda desta área de produção animal, que gera prosperidade global”.

Ainda segundo João Carlos, atualmente, os produtores brasileiros têm perfeitas condições de atender à necessidade mundial de proteína animal. A estimativa é que até 2023 o Brasil responda pelo aumento de 46% nas exportações mundiais deste ramo.

“Estamos prontos para atender as demandas do setor e contribuir para o seu progresso em todas as áreas produtivas. Para atingir esta meta, devemos investir cada vez mais para manter o status sanitário alcançado, focarmos na manutenção desta liderança e nas exportações do complexo das carnes (aves e suínos), conquistadas a duras penas. Desta forma, tornaremos os produtos resultantes destas cadeias produtivas brasileiras como sinônimo de qualidade no mundo, pois a defesa destes interesses deve ser tratada como uma questão de segurança nacional por conta de sua importância à economia brasileira”.

MUDANÇAS

Para os próximos anos, João Carlos avalia algumas mudanças que devem acontecer no setor no mundo todo, como a redução do uso de antibióticos na produção animal. Atualmente, pelo menos 47 países já estão em processo de implantação de políticas para restringir o uso de antibióticos.

Para o zootecnista, as alternativas após a inclusão dessa medida são a aplicação de aditivos naturais destinados ao controle da flora intestinal do animal, o que pode favorecer o sistema imunológico e prevenir a proliferação de doenças.

“A avicultura e suinocultura evoluíram muito nas últimas duas décadas, sustentada pelas áreas de genética, nutrição, manejo e ambiência. Por que não incluir o setor laboratorial neste conjunto de fatores de sucesso? Deixo esta reflexão para os envolvidos nesta inovadora cadeia. Os laudos analíticos não devem simplesmente fazer parte dos controles, mas sim, serem explorados de forma estratégica ao longo de toda a cadeia de produção”.

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