Os avanços tecnológicos da pecuária de precisão no Brasil estão, cada vez mais, sendo debatidos por profissionais do país. Esse sistema prioriza o manejo da individualidade dos animais para alcançar maior produtividade, seja na produção de leite, carne, ovos ou lã. Atualmente, várias instituições brasileiras de pesquisa agropecuária estão trabalhando para ampliar a pecuária de precisão.
Em um encontro recente, a pecuária de precisão foi discutida em uma reunião recente da Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão (CBAP) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). De acordo com o pesquisador Humberto Brandão, da Embrapa Gado de Leite, em Juiz de Fora (MG) e participante do encontro, a pecuária de precisão é usada na bovinocultura, suinocultura e avicultura. O sistema pode, por exemplo, ser aplicado na nutrição, saúde, manejo e ambiência dos animais. Com ele, o fornecimento de alimentos passa a ser baseado na exigência individual de cada animal, e não mais no rebanho como um todo.
“A busca da eficiência visa a obter maior retorno financeiro e a garantir a sustentabilidade”, diz Humberto Brandão, que apresentou o panorama do setor durante a reunião. A pecuária de precisão, ressaltou, é um conjunto de práticas, tecnologias e processos que contribui para a gestão racional dos sistemas produtivos.
Além da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), instituições como a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), Unicamp, Universidade Federal de Santa Maria (RS), Universidade Federal Rural de Pernambuco, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estão trabalhando na mobilização e desenvolvimento de pesquisas voltadas à pecuária de precisão.
Segundo Humberto Brandão, a tendência é que o setor se consolide no país, principalmente nos sistemas de criação mais tecnificados.