Os profissionais que cuidam dos animais que vivem em zoológico precisam estar atentos às variações climáticas na hora de preparar a alimentação dos animais. Com a proximidade do inverno e a chegada mais intensa de frentes frias em diversas regiões do Brasil, o zootecnista Carlos Frederico Grubhofer, chefe de nutrição do Zoológico de Curitiba, explica os cuidados mais comuns a serem tomados na preparação das dietas. As informações são do portal BemParaná.
“Quando começa o outono, as planilhas de alimentação sofrem as primeiras alterações, é nesse momento que começamos a pensar e organizar estratégias para suprir as demandas que virão com as temperaturas mais frias”.
Segundo Grubhofer, nesta época o ideal é trocar alimentos que servem para refrescar por aqueles que ajudam a aquecer. As quantidades também aumentam para suprir as calorias. Estão na lista os alimentos energéticos e com mais gordura saudável, como o coco, os grãos e as castanhas, além do enriquecimento das rações.
“Ou até mesmo alguns alimentos aquecidos, como o pão com mel fornecido para os primatas”, exemplifica o chefe de nutrição.
Atualmente, mais de 1,5 mil animais que moram no Zoológico de Curitiba têm uma rotina de alimentação que respeita suas necessidades de nutrição – por isso é alterada conforme a espécie e a temperatura ambiente.
“A refeição leva em consideração o comportamento natural do animal, fazendo com que ele gaste tempo e desenvolva os seus hábitos naturais”.
Com esse objetivo, são promovidas também as atividades de enriquecimento ambiental, que quebram a rotina e causam “estresse positivo”. A ideia é fazer com que os animais desenvolvam habilidades relacionadas com a sua espécie, melhorando a qualidade de vida e bem-estar.
Sonhamos com a realidade de que um dia mais Zoos tenham disponibilidade de atuação de bons profissionais desta forma, para que de fato cada item citado seja levado à devida importância como Carlos pôde mostrar.