Uma entrevista divulgada pela TV Sergipe no último domingo (02) causou polêmica entre os zootecnistas. Na pauta estava um assunto de domínio da categoria: a diferença entre ovos caipiras e ovos de granja. A entrevistada, no entanto, foi uma nutricionista, que durante a sua fala afirmou que galinhas de granja possuem hormônios na sua alimentação. A declaração recai sobre um dos maiores mitos na produção de carne de frangos e ovos.

Lista: 5 explicações de zootecnistas sobre o mito do hormônio nos frangos

Nas redes sociais, inúmeros zootecnistas se manifestaram contra a fala da nutricionista. Outro ponto que incomodou os profissionais é que a nutricionista, pela sua formação, não estaria apta a falar adequadamente sobre o tema, que exige experiência de um profissional especializado em nutrição animal.

Com a repercussão negativa da entrevista, a TV Sergipe removeu o vídeo do ar na sua página do G1. Porém, zootecnistas gravaram a entrevista e você pode conferir a explanação da nutricionista neste link.

No Facebook, a zootecnista Cláudia Lopes escreveu um texto sobre o tema, aproveitando a entrevista para falar sobre o mito dos hormônios na alimentação de frangos. Cláudia é doutora em nutrição animal pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, com tese defendida na área de nutrição e produção de aves.

“Chamo essa postagem de serviço de utilidade pública, pois me sinto na obrigação de devolver a sociedade o que me foi dado”.

No texto, a especialista comenta que, mesmo existindo fatores legais que impeçam a utilização de hormônios na alimentação destes animais, muitas pessoas continuam acreditando no seu uso. Deixando os fatores legais de lado, ela explica porque seria ilógico que indústrias incluíssem hormônios na alimentação dos frangos.

“Seu uso aumentaria demais os custos com a produção, o que levaria a preços muito altos na carne e nos ovos, reduzindo os lucros de quem produz”.

Confira o post completo aqui.

3 Comentários
  1. rafael sousa 7 anos atrás

    quero min associar a associar, sou zootecnista aqui do Ceará

  2. José Guedes Deák 7 anos atrás

    Temos profissionais que não conhecem como funciona uma granja,seja de poedeiras ou frango de corte, verbalizam um mito que contamina a população,sem conhecimento de causa.Como já foi dito por zootecnistas,o proprietário de uma granja de poedeiras não iria desafiar a legislação,sem resultados econômicos que é zero se usasse hormônio,por outro lado frango de corte fica na granja,média de 45 dias até o abate e hormônio não faria o efeito.Existe um fator que é o melhoramento genético que faz com que aja crescimento em menos tempo e que as poedeiras sejam mais produtivas e por um tempo maior.
    Antes,na década de 60 o abate de frango era aos 65 dias e hoje com o trabalho genético se abate em média com 45 dias.Não é hormônio e sim melhoramento genético.Meu apoio aos colegas zootecnistas.Sou médico veterinário com 51anos de profissão e tive a oportunidade de acompanhar a evolução técnica da avicultura desde a década de 60.

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