Em tempos de pandemia, adaptar modelos de negócios aos ambientes digitais foi – e continua sendo – questão de sobrevivência. Com novos padrões de consumo ganhando força a cada instante, estar atento ao comportamento do seu público é fundamental. E nesta análise, a zootecnista e extensionista rural Tuanny Daniele de Araújo Gomes, de Pernambuco, foi certeira. Trabalhando com produção apícola há quase 10 anos de maneira autônoma, ela percebeu na pandemia a chance de investir no crescimento do negócio, colocando mais energia nas redes sociais e ajudando a potencializar o interesse do público pelo seu segmento de atuação. E a história dela abre a mais nova série de reportagens da ABZ: “A Zootecnia que Não Para”.
“Uma grande mudança foi o conhecimento e o reconhecimento de alguns produtos apícolas, especialmente a própolis. Com isso muitas pessoas procuraram se informar sobre suas propriedades, aumentando a sua procura e consumo”.
Logo no início da pandemia, Tuanny se viu forçada a reformular o pensamento de mercado. A comercialização dos produtos provenientes de seu apiário (mel, favo, própolis, vela de cera, hidromel) ocorriam em feiras presenciais, realizadas em Cabo de Santo Agostinho. Todas foram suspensas logo após a explosão de casos de Covid-19. Na época, seus produtos também eram vendidos através de uma conta no Instagram, mas, o canal ainda não era o seu foco de trabalho.
“Melhorei a iniciativa das vendas pela internet devido a procura por esses produtos. Participei de lives e de uma entrevista para um jornal local explicando um pouco do meu trabalho no período de pandemia. Com essa grande procura, renovei a marca dos produtos ofertados e agora estou estudando e procurando profissionais para entender melhor e me capacitar sobre a questão de vendas online”, detalha.
MUDANÇA DE HÁBITO
Segundo Tuanny, o crescimento do consumo de produtos apícolas na sua região foi tanto que, em alguns momentos, ela chegou a ter lista de espera para compra de própolis. Para ela, o aumento é reflexo da mudança de padrões alimentares que foram potencializados, justamente, pela pandemia.
“Para que tudo não seja esquecido, especialmente em relação a procura e consumo desses produtos apícolas, acredito e divulgo sobre importância dos produtos apícolas e reforço que os mesmos não devem ser lembrados apenas quando estamos doentes, pois muitas pessoas só procuravam mel em uma maior proporção em épocas frias do ano, onde nesse período são registradas maiores ocorrências de problemas respiratórios”, detalha.
Para que o cenário continue favorável a este mercado no pós-pandemia, Tuanny ressalta a importância de valorização dos futuros zootecnistas, desde a formação na graduação em relação a extensão rural, até o contato dos acadêmicos com produtores e produtoras, associações e cooperativas.
“Somos uma das peças fundamentais para a produção de alimento, assim como outros profissionais do campo, e assim, como uma grande colmeia devemos trabalhar para o bem comum da colônia e não pensando individualmente”.
Boa Noite,
recentemente ví um programa na televisão falando do trabalho da Tuanny. Estou enteressado e gostaria entrar em contato com ela.
agradeço
P.M.Bruijns Gallindo