A diretoria estadual da Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ) no Ceará emitiu nesta sexta-feira (17) um ofício ao Sistema que integra a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC-CE) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-CE) reforçando a garantia legal de zootecnistas na reprodução, afastada a área clínica, conforme delimita a Lei Federal 5.550/1968, que regulamenta o exercício da profissão no Brasil. A nota com referencial técnico é assinada pelo diretor estadual da ABZ, zootecnista e doutor Delano de Sousa Oliveira, e endereçada ao presidente do Sistema FAEC/SENAR no Estado, Rodrigo Diógenes Pinheiro.

A manifestação da associação ocorre em um momento em que zootecnistas cearenses vêm sofrendo cerceamento de atuação profissional na área da reprodução, principalmente no que diz respeito ao uso de ultrassom no manejo reprodutivo. A articulação da entidade surge para respaldar zootecnistas do Estado que estão dentro do Sistema FAEC/SENAR, aplicando treinamentos na área, justamente, da reprodução animal.

Segundo Delano, o trabalho do profissional zootecnista na reprodução zootécnica se distancia enormemente da prática de clínica, terapêutica ou de qualquer técnica que envolva processos invasivos que constituem atividades privativas de outros profissionais.

“Cabe ao Zootecnista realizar a seleção de reprodutores através da ciência ezoognósia e avaliação da cinética espermática, selecionar matrizes vazias ou prenhas pelo emprego de tecnologias como ultrassom ou palpação retal, o controle da reprodução através de protocolos hormonais (realização de inseminação artificial convencional ou em tempo fixo) ou ainda com o emprego de outros manejos como o efeito macho indicado em algumas espécies. O Zootecnista é responsável ainda pela emissão do laudo zootécnico ao produtor que indica a resposta potencial do produto ou animal destinado ao sistema de produção”, explica um trecho da nota da ABZ Ceará.

(Foto: DIRCOM/ABZ)

Delano explica, ainda, que os zootecnistas possuem competência comprovada para atuação no setor, inclusive, com obrigatoriedade de cursos de Zootecnia contemplarem em seus projetos pedagógicos e em sua organização curricular campos do saber sobre genética, melhoramento e reprodução animal, compreendendo os conteúdos relativos ao conhecimento da fisiologia da reprodução e das biotécnicas reprodutivas, dos fundamentos genéticos e das biotecnologias da engenharia genética e aos métodos estatísticos e matemáticos que instrumentalizam a seleção e o melhoramento genético de rebanhos.

ARTICULAÇÃO NACIONAL

A manifestação da ABZ Ceará se soma a um trabalho de articulação nacional que vem sendo realizado pela diretoria executiva da ABZ frente ao tema da reprodução. Nesta semana, o jurídico da entidade voltou a ser acionado para monitorar ataques a diversos zootecnistas do país neste setor.

Leia também: ABZ intensifica ações em defesa de zootecnistas na reprodução; jurídico está acionado

Abaixo, leia na íntegra a nota da ABZ Ceará.

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