Há 35 anos a ABZ congrega pessoas e inspira sonhos
Na primavera de 1988, em 24 de setembro daquele ano, nascia a Associação Brasileira de Zootecnistas pela união de 17 Zootecnistas de diferentes partes do país que capitanearam a vontade do movimento estudantil e de Zootecnistas da época. A vontade era ter uma entidade de classe que os representasse de forma legítima, que pudesse congregar o coletivo de estudantes. e profissionais da Zootecnia brasileira.
A sua trajetória, desde a fundação, foi construída pela colaboração, a seu tempo e modo, por diferentes pessoas, lideradas por 7 presidentes, sendo eles em ordem de gestão: Luiz Augusto Muller, Jorge Correia de Oliveira, Marcos Elias Traad da Silva, Severino Benone Paes Barbosa, Walter Motta Ferreira, Célia Regina Orlandelli Carrer e eu, Marinaldo Divino Ribeiro, já no segundo mandato.
No início a sede era em São Paulo, depois tornou-se itinerante conforme a origem do presidente no exercício do cargo e, por fim, em Brasília, onde primeiro esteve na sede da FAPDF em espaço compartilhado pelo Sindicato de Criadores de Ovinos e Caprinos do Distrito Federal, e agora na Casa do Zootecnista, onde esperamos que pelas próximas décadas. Uma conquista compartilhada pelo empenho e apoio de nossos colegas Zootecnistas do Distrito Federal, das gestões do Parque Granja do Torto e de forma especial do Deputado Roosevelt Vilela, que se tornou sócio honorário da ABZ.
Ao longo de seu caminhar a nossa querida ABZ, como entidade de classe, se fez presente na congregação do coletivo de estudantes e profissionais, no reconhecimento de mérito de pessoas, no pensar o ensino de Zootecnia, na defesa dos interesses profissionais e do ambiente de trabalho do Zootecnista, na preservação da memória material e imaterial da Zootecnia brasileira, assim como na promoção da Zootecnia como ciência e profissão de nível superior regulamentada.
Sua existência confere aos mais de 37 mil profissionais titulados e aos mais de 21 mil alunos com matrículas ativas nos 124 cursos de Zootecnia espalhados por todos os cantos do país a possibilidade de serem representados de forma justa, democrática, legítima e conforme os seus interesses, os quais são construídos em espaços de livre debate e de decisões coletivas.
Na sua trajetória, a ABZ saiu da gestão do papel para a gestão digital, das reuniões de diretoria presenciais limitadas pela distância das origens de seus integrantes ou interlocuções restritas por cartas ou telefonemas para reuniões virtuais ordinárias mensais, do registro de sócio em fichas de papel para o sistema de sócio com acesso pela carteirinha digital em aplicativo.
Nesse tempo foi possível transformar a Federação dos Estudantes de Zootecnia do Brasil em ABZ Jovem, adequar o estatuto da entidade, criar e implementar as estruturas do Conselho Consultivo, do Fórum Nacional de Entidades de Zootecnistas, do Fórum Nacional de Coordenadores de Cursos de Graduação em Zootecnia, ampliar a Diretoria Executiva e transformar a representação da ABZ nos estados de um delegado para diretorias colegiadas, transformar o dia Nacional do Zootecnista em lei e o incluir no calendário oficial da República, criar e implementar o Museu da Zootecnia Brasileira e a Academia Brasileira de Zootecnia, criar e realizar 32 edições do que se transformou no maior Congresso de Zootecnia da América Latina e um dos maiores do planeta, o Congresso Brasileiro de Zootecnia, o nosso ZOOTEC.
Não obstante, foi possível criar a marca da entidade e atualizar a da Zootecnia, regulamentar a marca da Zootecnia, as cores e o juramento para os atos solenes de colação de grau. No ensino as diretrizes curriculares nacionais da Zootecnia são a referência e expressão máxima do pensar o ensino, que baliza, direciona e garante a construção dos projetos de curso de forma a conferir as habilidades e competências necessárias aos profissionais egressos da Zootecnia.
Em que pese os dois maiores sonhos dos Zootecnistas ainda não terem sido conquistados, quer sejam: a criação do Sistema de Conselho de Classe próprio e a adequação da lei que regulamenta a profissão, a ABZ tornou-se reconhecida pelos pares e pela sociedade como a legítima entidade que representa o Zootecnista, fala, é vigilante, propõe projetos e defende os seus interesse, inclusive com a constituição de Assessoria Jurídica em atuação direta em causas coletivas ou indireta em apoio às causas individuais dos sócios para fazer valer os direitos dos Zootecnistas.
A ABZ promove a valorização da Zootecnia por meio da sua estrutura de comunicação por diferentes estratégias, não somente para socializar suas ações e projetos, mas, sobretudo, para a posicionar como entidade que fala pelo Zootecnista. Com a comunicação atuante, a ABZ foca em ampliar o reconhecimento da sociedade e dos poderes constituídos da importância da Zootecnia como ciência e do papel do Zootecnista para promover o desenvolvimento da atividade do negócio de criar e produzir animais nas diferentes escalas e objetivos.
Essa é a Associação Brasileira de Zootecnistas, que tendo Nossa Senhora de Fátima como sua padroeira oficial, caminha, inspirando sonhos e construindo a história da Zootecnia brasileira.
Viva os 35 anos da ABZ!
Você é parte dela, valorize-a.
Muito obrigado,
Marinaldo Divino Ribeiro, Presidente Associação Brasileira de Zootecnistas