A Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ) encaminhou nesta semana, aos candidatos a Presidência da República das eleições de 2022, uma carta que apresenta as demandas da Zootecnia. Esse documento foi elaborado tendo como base os encaminhamentos do 56º Fórum Nacional de Entidades de Zootecnistas, realizado em Esteio no Rio Grande do Sul ainda no início de setembro.

A carta apresenta a importância do agronegócio para a economia do país:

“A participação do Agronegócio no Produto Interno Bruto (PIB) nacional foi de 27,4% em 2021, considerando toda a cadeia, apesar de problemas climáticos, quebra de safra e intercorrências causadas pela pandemia. No primeiro semestre de 2022, a exportação do Agronegócio brasileiro foi recorde (79,3 bilhões de dólares; 29,4% maior que em 2021), representando praticamente a metade das exportações brasileiras (48,3%) até o mês de julho, segundo entidades do setor agropecuário”.

Outro aspecto abordado no documento está o papel do Zootecnista para o desenvolvimento da competitividade do setor:

“Nesse cenário de desenvolvimento do agronegócio, sustentado pela geração e difusão de conhecimento na forma de tecnologias agropecuárias, está o Profissional ZOOTECNISTA, habilitado a exercer privativamente as atividades de planejar, dirigir e realizar pesquisas que visem a informar e a orientar a criação dos animais domésticos, em todos os seus ramos e aspectos, conforme Lei Federal nº: 5.550, de 04 de dezembro de 1968, que regulamenta o exercício da profissão”.

Ao final da carta, a ABZ expõe as principais demandas do setor, apontadas pelas entidades dos profissionais Zootecnistas do país. São elas:

1- Criação do Sistema de Conselhos Federal e Regionais de Zootecnia;
2- Adequação da Lei nº: 5.550/1968 de forma a conferir condições adequadas de exercício profissional ao Zootecnista.

Para o Presidente da ABZ, Marinaldo Ribeiro, a carta é um ponto de partida e um ponto importante de interlocução com aquele que poderá vir a ser o novo Chefe de Estado do país. “Apesar do Presidente da República não definir sozinho os rumos do Brasil, a ABZ abre desde já um diálogo para reivindicar os direitos do zootecnista junto a quem será o comandante da nação pelos próximos quatros anos”, afirma.

Leia a carta na íntegra, abaixo:

O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo, e com potencial para aumentar a produção. É inquestionável o impacto do agronegócio nacional sobre a geração de receita, empregos, renda e tecnologia, com impactos diretos sobre o desenvolvimento socioeconômico e ocupação territorial com base em sistemas de produção e consumo cada vez mais sustentáveis.

A participação do Agronegócio no Produto Interno Bruto (PIB) nacional foi de 27,4% em 2021, considerando toda a cadeia, apesar de problemas climáticos, quebra de safra e intercorrências causadas pela pandemia. No primeiro semestre de 2022, a exportação do Agronegócio brasileiro foi recorde (79,3 bilhões de dólares; 29,4% maior que em 2021), representando praticamente a metade das exportações brasileiras (48,3%) até o mês de julho, segundo entidades do setor agropecuário.

Dentre os fatores decisivos para o sucesso do Agro Brasileiro, certamente o conhecimento é protagonista. Este envolve todas as pessoas ligadas ao agronegócio, do pequeno agricultor ao gerente de empresas multinacionaisO CONHECIMENTO, traduzido em Ciência e Tecnologia, foi responsável por solidificar a base para o desenvolvimento da agropecuária nacional, em especial desde a década de 70, possibilitando a abertura de áreas como o Cerrado, que antes eram inimagináveis para o cultivo de diversas espécies, assegurando o abastecimento da nossa população, com segurança alimentar e preços acessíveis nos dias atuais.

Nesse cenário de desenvolvimento do agronegócio, sustentado pela geração e difusão de conhecimento na forma de tecnologias agropecuárias, está o Profissional ZOOTECNISTA, habilitado a exercer privativamente as atividades de planejar, dirigir e realizar pesquisas que visem a informar e a orientar a criação dos animais domésticos, em todos os seus ramos e aspectos, conforme Lei Federal nº: 5.550, de 04 de dezembro de 1968, que regulamenta o exercício da profissão.

Desde a promulgação da Lei supracitada (passados 54 anos), a Zootecnia nacional cresceu vertiginosamente, expandiu seu leque de atuações, solidificou-se e tornou-se essencial ao país como profissão por gerar conhecimento, inovações e tecnologias aplicáveis, bem como para a formação de profissionais com competência qualificada e diferenciada para atuar no desenvolvimento do agronegócio, especialmente da pecuária nacional.

Ao traçar um paralelo com o desenvolvimento da pecuária nacional nos últimos 50 anos, o Zootecnista, conjuntamente a outras categorias profissionais, foi e é ator essencial para conferir o grau de competividade das diferentes cadeias produtivas da criação animal e assegurar a produção de proteína de origem animal de forma eficiente, economicamente viável, socialmente justa e ética, ambientalmente correta, garantindo bem-estar aos animais e atendendo a demanda da população, com geração de excedente para exportação.

Essa expansão tem a contribuição do Zootecnista e é tão notória que hoje o país conta com 123 cursos de graduação, mais 19 mil alunos regularmente matriculados e um número superior a 36 mil profissionais atuantes em todo os rincões desse Brasil de dimensões continentais. Este é, portanto, o profissional Zootecnista: aquele que contribui de forma efetiva com um dos mais importantes segmentos de desenvolvimento do País, que é o setor agropecuário.

Em nome desse coletivo, a Associação Brasileira de Zootecnistas – ABZ, entidade de classe que tem o dever estatutário de defender os interesses dos profissionais Zootecnistas, vem respeitosamente apresentar a Vossa Senhoria a demanda de apoio para os seguintes projetos, uma vez eleito(a) Presidente da República Federativa do Brasil:

  1. Criação do Sistema de Conselhos Federal e Regionais de Zootecnia;
  2. Adequação da Lei nº: 5.550/1968 de forma a conferir condições adequadas de exercício profissional ao Zootecnista.

Aproveitamos o ensejo para reiterar nossos votos de estima e consideração.

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