Um manejo adequado da pastagem assegura ao produtor retorno econômico e longevidade do pasto. O zootecnista da Embrapa e um dos idealizadores da régua de manejo de pastagens, Haroldo Pires de Queiroz, falou sobre o primeiro pastejo, as formas de manejo e o uso da régua nesses processos. As informações são do jornal Correio do Estado.

Segundo Queiroz, depois de formada a pastagem, é muito importante que haja um manejo bem feito, uma espécie de continuidade da formação. Este primeiro manejo tem como objetivo uniformizar a altura da pastagem.

“As plantas não germinam e nem crescem na mesma altura, você precisa começar de um ponto correto o manejo da pastagem, de uma altura correta”.

O segundo e mais importante objetivo do primeiro pastejo, ainda de acordo com o zootecnista, é eliminar os pontos de brotação que as plantas têm nas pontas, no alto, a chamada gema apical, além de estimular as gemas que estão na base da planta, de modo que tenha bastante perfilhos, seja mais rigorosa e cubra melhor o solo.

“O primeiro pastejo deve ser feito quando a planta atingir mais ou menos 80% da altura recomendada, normalmente, para pastejo. Por exemplo, uma braquiária brizantha que tem altura máxima de manejo em 40 centímetros (cm) deve receber o primeiro pastejo entre 30 e 40 cm. Esse rebaixamento ao invés de ser total, como é em pastejo normal, por exemplo, em capim Tanzânia que você entra, normalmente, com 75 cm de altura e sai aos 35 cm, no primeiro pastejo deve ser entre 60 e 40 cm”.

Além destes detalhes, Queiroz explica que é muito importante considerar o tempo inicial no primeiro pastejo. Assim que a planta atingir a altura necessária, não se deve deixar que ela “passe do ponto”

“Não se espera semear para dar o primeiro pastejo, porque a planta vai quase definhar, enquanto o objetivo de melhorar a cobertura do solo se obtém não com o aumento de plantas, formada a partir das sementes que caem, mas pelo estímulo ao perfilhamento da planta, quando você remove a gema apical e deixa a gema basal, perto do solo, formar novas plantas”.

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