Nesta segunda-feira (23) o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) elegeu a sua nova diretoria e conselho sem um único representante da Zootecnia entre os 16 cargos disponíveis nos quadros do CFMV. O atual presidente, Francisco Cavalcanti de Almeida, foi reeleito.
“A representatividade nos quadros de diretores em todo o Sistema de Conselhos é primordial para que tenhamos menos atitudes unilaterais, que beneficiam apenas uma das profissões que integram o CFMV/CRMV’s. Nossa representação nas regionais já é muito baixa e, agora, se torna nula à nível Federal. Isso reforça a importância da nossa independência profissional”, destaca Cássio José da Silva, vice-presidente no exercício da presidência da ABZ.
Em setembro deste ano, antes das eleições no Sistema, a ABZ divulgou um relatório que mostrava a desproporcionalidade de zootecnistas no Sistema CFMV/CRMV’s. Na época, o Conselho possuía em todas as suas repartições ao redor do país apenas 45 zootecnistas contra o montante de 384 médicos veterinários. Nas Diretorias, eram 9 zootecnistas e 102 veterinários. Nos Conselhos Efetivos, eram 25 zootecnistas e 141 veterinários. E nos Conselhos Suplentes, são 11 zootecnistas e 141 veterinários.
“Atitudes excludentes como essa reforçam a importância de termos o nosso próprio Sistema de Conselhos, mas isso não deve ser visto como motivo para que nossos profissionais se afastem completamente do Conselho atual. Muito pelo contrário. Enquanto a independência não chega, precisamos que mais zootecnistas deixem seus nomes à disposição para compor os quadros do CFMV. São duas lutas paralelas”, reforça Cássio.
Com a eleição, a ABZ enviará ao Conselho um ofício reforçando o pedido de imparcialidade das decisões do Sistema frente às duas categorias representadas. Em paralelo a isso, a Associação segue as tratativas no Governo Federal para a criação do Sistema de Conselhos Federal e Regionais de Zootecnia (CFZ/CRZ’s).
É preciso fortalecermo-nos para criação de nosso conselho, urgente
Está mais que na hora de sairmos do CFMV e criar nosso Conselho para brigar com igualdade por espaço para os Zootecnistas.
Caso contrário vamos continuar pagando o Conselho sem ter nada em retorno.
Uma triste realidade. Mas não fazer parte deste conselho que não faz nada de repente é até vantagem. Não vejo e nunca vi nenhuma vantagem em ser filiado ao CRMV.
Quando fui pegar minha carteira profissional de zootecnista na tal solenidade de entrega, no CRMV-RJ, ouve uma palestra do vice-presidente da atual gestão. Na ocasião ele só falou sobre a profissão do veterinário. A única vez que ele falou sobre a profissão de zootecnista foi pra dizer que somos concorrentes da profissão de veterinário. A minha revolta é que somos reféns desse sistema. Pra trabalhar sou obrigado a financiar o boicote da minha classe profissional. Mandei uma mensagem para o CFMV pra ver se pelo menos eles relembrem o senhor atual vice-presidente, que ele representa hoje duas profissões e portanto deveria falar pelas duas e em momento algum favorecer uma delas e boicotar a outra. Falta de ética e respeito com a nossa classe profissional. SOU OBRIGADO A FINANCIAR O BOICOTE DA MINHA PROFISSÃO! Sem contar o absurdo que é ter que fazer um curso de responsabilidade técnica presencial em um hotel de luxo (dinheiro nosso financiando essa farra) na capital do Rio de Janeiro em pleno o avanço da variante delta. CFZ já!
O CFMV e os CRMV SÓ PRECISAM DOS ZOOTENISTAS PARA FINANCIAR SUAS FESTAS, NO MAIS TUDO FAZEM CONTRA OS ZOOTECNISTAS.