Atual momento da zootecnia brasileira, principais desafios da Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ), zootecnia na Amazônia e contribuição dos zootecnistas para o agronegócio paraense. Estes foram alguns dos temas abordados pelo presidente da ABZ, Marinaldo Divino Ribeiro, em uma entrevista concedida recentemente à Revista AgroPará.
Sobre o momento atual da zootecnia no Brasil, Marinaldo explica que os profissionais da categoria estão vivendo cinco momentos importantes. O primeiro deles está relacionado ao fechamento do ciclo dos 50 anos de existência do ensino e regulamentação profissional.
“Um segundo momento que a profissão vive tem a ver com a expressão das competências do zootecnista por meio das contribuições na formação de pessoas, geração de conhecimentos, tecnologias e inovações aplicadas e transformadoras do negócio da pecuária nacional e da conservação de animais silvestres, e de serviços de qualidade prestados ao produtor rural e sobretudo à sociedade”.
Ainda sobre o cenário atual da profissão, o presidente da ABZ relembrou que outro momento vivenciado diz respeito a expectativa de mudanças positivas na política de Conselho de Classe, seja do atual que somos obrigados a nos inscrever ou seja em razão das tratativas para criação do sistema de conselhos próprio da categoria
“Estamos passando por um ataque irresponsável, ilegal, imoral e nada ético por meio de resoluções inconstitucionais e infralegais impostas pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), que ainda somos obrigados a nos inscrever, e que restringe o zootecnista de exercer sua competência por meio da anotação de responsabilidade técnica em diferentes áreas de atuação profissional”.
O quinto momento, na visão de Marinaldo, tem relação com o início da nova gestão da ABZ, entidade de representação máxima dos zootecnistas no país atualmente.
“Enquanto associação, nossos desafios são muitos. Os mais importantes são a alteração da alínea C da Lei 5.550/68 e a criação do sistema de Conselho Federal e Regionais de Zootecnia. Vencer esses dois grandes desafios trará ao zootecnista seu reconhecimento e autonomia institucional legal para o exercício da livre concorrência”.
POTENCIAL
Questionado sobre o potencial da zootecnia na Amazônia, Marinaldo explica que, na visão da ABZ, a única área de atuação profissional capaz de transformar a pecuária e negócio da criação animal numa região sensível como a Amazônia é a zootecnia. O motivo seria a capacidade que a profissão tem de promover a qualificação de pessoas para otimizar o uso dos recursos e fatores de produção de forma sustentável e adaptada as condições de racionais.
“A criação animal e o negócio da pecuária sustenta o nosso país e a zootecnia, por meio de seus profissionais, tem papel fundamental no avanço do desenvolvimento local, regional por meio da sua competência qualificada. Não haverá desenvolvimento sustentável da Amazônia sem a pecuária feita por profissionais qualificados e capazes de promover a coexistência da sustentabilidade e da economia produtiva tecnificada e em alta escala”.
Ainda de acordo com Marinaldo, os zootecnistas formados no Pará tem a habilitação e a competência necessária para promover o desenvolvimento de toda a região.
“São eles que foram formados vivenciando a realidade local, que tem a formação necessária para criar e aplicar tecnologias produtivas adaptadas e gerenciar o negócio sem prejuízo ao meio e à sociedade. Os polos de zootecnia do Pará são referência para a Amazônia e para o país, pois são profissionais capazes de empreender na atividade de criação animal e promoverem a transformação dos índices zootécnicos das diferentes cadeias de produção animal de forma técnica e eficiente”.
Desejo a Nova diretoria da ABZ muito sucesso em prol dos zootecnistas Brasileiros.
Esperamos realmente que essas mudanças sejam alcançadas principalmente no tocante do Conselho de Medicina Veterinária, onde alguns integrantes nao reconhecem a importância do Zootecnista .Além de outros fatos inaceitável.