Um zootecnista é o líder na condução de um estudo inovador sobre a digestão do boi, buscando a redução da emissão de metano. É Eduardo Marostegan de Paula, pesquisador do Instituto de Zootecnia da Agência de Tecnologia dos Agronegócios (APTA).

“Através da nutrição podemos desenvolver estratégias nutricionais para diminuir essa emissão. Uma dessas estratégias é o uso de aditivos alternativos”, afirma o zootecnista. “Através de compostos antimicrobianos conseguimos manipular os microorganismos do rúmen para produzir compostos mais desejáveis. Isso significa aumentar a produção animal e diminuir a excreção de metano”.

Principais benefícios

Além de representar um ganho nutricional, o uso desses aditivos nutricionais alternativos faz com que o animal aproveite mais a energia da dieta. Isso representa mais conversão muscular e produção de leite. “O alho, por exemplo, tem ação antioxidante. Tem estudos que mostram o potencial desse alimento na melhoria da saúde do boi”, complementa De Paula.

O uso de aditivos deve ser uma das ferramentas para melhorar os índices de emissão de metano pelo bovino. Outras estratégias também podem ser adotadas para este fim, já que não é possível zerar totalmente a emissão de metano pelos animais.

No manejo de nutrição para redução de metano, também entra o aumento de grão da dieta: o cereal melhora o desempenho dos animais e acelera a engorda. “Quanto menos tempo o boi ficar no rebanho, menos metano ao longo da vida ele vai emitir. Então essa é uma maneira de encurtar o ciclo de vida desse animal. Isso garante melhoria de qualidade de carne e uma boa ajuda para o meio ambiente”, conclui.

 

1 Comentário
  1. bureau vilvoorde 3 anos atrás

    De acordo com Andrade (1997), em busca de se adequar ao novo padrao competitivo, associado as exigencias da consideracao de aspectos ambientais na definicao de estrategias, as empresas podem se posicionar em tres estagios estrategicos distintos: (a) estrategia reativa, atendendo minimamente e de maneira relutante a uma legislacao ambiental vigente e encarando adequacoes ambientais como custosas e sem retorno financeiro; (b) estrategia ofensiva, buscando antecipar-se aos concorrentes por meio da reducao da poluicao e do uso de recursos ambientais, alem do exigido por lei, via mudancas incrementais em processos e produtos, percebendo, portanto, a questao ambiental como fonte de vantagem competitiva; e (c) estrategia inovativa, antecipando-se aos problemas ambientais futuros, buscando a excelencia ambiental, a inovacao em produtos e processos e a vinculacao de questoes ambientais a estrategia corporativa (ANDRADE, 1997). Destacando a relevancia de mecanismos de politica publica que incentivem os esforcos de melhoria ambiental, Porter e Van der Linde (1999) afirmam que a regulamentacao ambiental apresenta implicacoes competitivas, o que foi ratificado empiricamente por outros estudos, conforme destacado em Iraldo et al. (2009). Para Porter e Van der Linde (1999), uma minoria de empresas apresenta postura proativa de inovacao para melhoria ambiental, sendo mais frequente a observancia de inovacao para adequacao ambiental em resposta a mecanismos regulatorios. Assim, a regulamentacao e importante para impulsionar tais inovacoes. Isso se deve a algumas razoes, como: pressao sobre as empresas para geracao de inovacoes; melhoria da qualidade ambiental; alerta as empresas sobre o uso ineficiente dos recursos e a necessidade de aprimoramento tecnologico; incentivo as inovacoes ambientalmente corretas; promover equilibrio competitivo, garantindo que empresas nao criem vantagem competitiva a partir de acoes agressivas ao meio ambiente (PORTER; VAN DER LINDE, 1999).

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