Zootecnista que trabalha com ovinocultura leiteira fala sobre crescimento da área no país

Uma das áreas que ainda são pouco exploradas por zootecnistas no Brasil é a ovinocultura de leite. O zootecnista Adailton Costa, formado pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), em Sobral, no Ceará, é um dos profissionais que vem se aventurando neste mercado que a cada ano ganha mais espaço.

“A participação do zootecnista na produção de ovelhas leiteiras é indispensável, pois esse profissional tem propriedades para gerir empresas rurais inseridas na atividade, realizar consultorias nas áreas de nutrição, genética e melhoramento, além do marketing de produtos, enfim, pode estar inserido em toda a cadeia de produção da ovinocultura leiteira. Além do zootecnista ocupar essa área de produção, ele é extremamente necessário na atividade”, explica.

Atualmente, Adailton é pós-graduando na Universidade Federal de Viçosa (UFV) e trabalha prestando consultoria na área de ovinocultura e caprinocultura. O interesse pela área surgiu na graduação, quando ele teve a oportunidade de desenvolver atividades voltadas para a ovinocultura.

Na visão do zootecnista, a ovinocultura de leite ainda luta para ganhar seu espaço no país, mas a cada ano chama a atenção de mais profissionais. Hoje, países como Itália e França são modelo neste segmento de mercado.

“No Brasil podemos encontrar maior número de criatórios e laticínios especializados nas regiões Sul e Sudeste. Outro ponto importante é que a atividade ainda apresenta baixa competitividade”, frisa.

O zootecnista explica que o leite de ovelha difere muito do leite de outras espécies principalmente pelos teores de sólidos que são maiores que nos leites de vacas e cabras, por exemplo. O leite de ovelhas pode chegar ao dobro na quantidade de gordura e albumina, o que proporciona maior rendimento na produção de produtos lácteos. Hoje, a maior parte do leite de ovelha produzido no país é destinado principalmente para produção de queijos finos.

“Podemos citar os famosos queijos como o Roquefort, Pecorino Romano, Pecorino Toscano, Feta e a não menos conhecida Ricota (originalmente elaborada com leite de ovelha), além de iogurtes e doces que apresentam sabor sem igual, com maior valor agregado no mercado”.