A integração da pecuária com a agricultura é um tema que divide opiniões, porém, para o zootecnista Maximiliano Cardoso, da Emater do Distrito Federal, o sistema só traz benefícios para ambas as cadeias. O profissional recentemente falou sobre o tema em entrevista ao CB.Agro, produzido pelo Correio Braziliense e TV Brasília.

(Foto: Reprodução/Correio Braziliense/TV Brasília)

Na entrevista, o zootecnista detalha que para aumentar a produtividade no agronegócio, é importante aproveitar ao máximo as potencialidades de cada atividade. Ele cita como exemplo o boi safrinha, sistema de produção em que a agricultura se beneficia com o boi e o boi se beneficia com o excesso de forragem gerado pelo sistema para pastejo no período seco do ano, onde há maior problema de oferta e qualidade de pastagens.

“O período de seca é marcado pela queda do potencial produtivo das plantas forrageiras em geral, pela perda da qualidade e quantidade. O produto vai perdendo as suas características. E no caso da integração lavoura-pecuária com o boi safrinha, além da palhada de milho, o produtor abre mão do plantio junto com plantas forrageiras, como é o exemplo da braquiária. E além da palhada de milho tem o capim, que depois ele vai utilizar para fazer o plantio direto. A cobertura de solo mantém a matéria orgânica, melhora o atributo físico e químico do solo, a raiz da braquiária cresce bem puxando água e nutrientes. Então onde teria uma pastagem seca neste período, essa pastagem com o uso da integração está basicamente verde ou com melhor qualidade e disponível para os animais utilizarem na época que tem mais necessidade”.

De acordo com o zootecnista, através desta técnica, não é necessário abrir mais áreas para pasto. Além disso, a integração lavoura-pecuária permite recuperar pastagens degradadas.

“É uma técnica sustentável, que mantém e melhora a qualidade de solo. Hoje em dia, temos análise de solo, por exemplo, que não se preocupa apenas com a parte química do solo, mas também com a parte biológica. Verificam-se os microrganismos que vão facilitar o processo. Essa análise vai ficando mais complexa no sentido de trazer benefícios, mais informações para uso do pecuarista e do agricultor”.

Assista abaixo a entrevista completa.

Com informações de Correio Braziliense.

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