Não é de hoje que os cavalos são utilizados para uma série de benefícios terapêuticos. Na equoterapia, por exemplo, a convivência com estes animais traz inúmeros benefícios para tratamentos de deficiência física, intelectual e social, além de ajudar no controle de ansiedade, estresse, sedentarismo e até depressão. Porém, para que os cavalos cumpram seu papel de forma correta, é necessário que sua alimentação siga um padrão rigoroso. Quem explica é o zootecnista Sigismundo Fassbender, que falou sobre o tema em entrevista à Guabi Nutrição e Saúde Animal.

“A má alimentação prejudica o crescimento e desenvolvimento dos equinos. Em muitos casos, o animal pode desenvolver doenças, entre elas problemas ortopédicos, diarreias, cólicas e inflamação nas lâminas do casco”.

Segundo o zootecnista, cavalos utilizados para equoterapia se alimentam proporcionalmente a quantidade de exercícios que realizam. De acordo com a fase de desenvolvimento em que se encontra, o animal é capaz de repor todos os nutrientes perdidos com o gasto energético e, consequentemente, terá um rendimento melhor.

“Para a nutrição do animal, é importante incluir na dieta elementos ricos em carboidratos, principalmente do milho e da aveia. Outra fonte energética muito importante são os óleos, pois além de facilitar a digestão, aumentam a energia da dieta sem elevar o volume do alimento ingerido. A utilização de sal mineral é fundamental, o aconselhável é que seja fornecido junto com a ração para garantir que o animal ingira o suficiente para recuperar os eletrólitos perdidos”.

Segundo Fassbender, tanto o excesso quanto a falta de determinados nutrientes podem trazer riscos para o animal, portanto, é muito importante ter o acompanhamento de um zootecnista ou veterinário.

“Somente um profissional conseguirá indicar a quantidade de alimento que deve ser ingerido pelo cavalo em função da atividade que ele desempenha”.

Outra questão importante para que a equoterapia atinja o objetivo desejado é a escolha de um animal devidamente preparado para atender as necessidades do paciente.

“Primeiramente, é muito importante escolher um cavalo de natureza dócil e que esteja acostumado a conviver com pessoas. Estar em dia com os programas de profilaxia (vacinas, vermífugos, etc), sempre com boa higiene para não transmitir doenças para as pessoas. Mas para que este animal seja capaz de realizar o tratamento equoterápico, ele precisa ser devidamente treinado para a prática e, acima de tudo, ter uma nutrição adequada para esta rotina”, pontua o zootecnista.

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