O bem-estar animal na área esportiva é um campo de atuação que diversos zootecnistas exploram atualmente. Com a pandemia do novo coronavírus, a maioria das provas envolvendo animais estão suspensas, porém, antes disso, o mercado estava aquecido, atraindo novos profissionais a cada dia, principalmente autônomos.

(Foto: arquivo pessoal/Micheline Carvalho)

Hoje, uma das zootecnistas que atuam na área é a Micheline dos Santos Carvalho, de Alagoas. Ela falou sobre as especificidades do trabalho em entrevista recente ao portal Cavalus. Micheline é profissional autônoma, inspetora da ABC Paint e juíza de bem-estar animal pela ABVAQ, atuando na área desde 2017.

“Desde criança sempre gostei de cavalos e sempre tive o foco de que quando fosse adulta iria trabalhar com eles. Em 1999 fiz minha primeira participação como estagiária na Expoagro de Alagoas, na área de equinos e, desde esse dia, nunca mais deixei de mexer com cavalos […] Meu segmento sempre foi ligado às raças Quarto de Milha e Paint Horse. Um grande exemplo que segui desde a faculdade foi a atuação do zootecnista na área, uma grande inspiração, meu mestre querido Dr. Travassos. Zootecnista de respeito em nossa região”, contextualiza.

Micheline é formada na segunda turma de Zootecnia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Sobre a atuação como juíza de bem-estar, ela relembra que no começo da sua atuação, presenciou alguns problemas séries no setor por falta de orientações de profissionais da área. A primeira prova moderada por ela como juíza foi realizada em 2015, no Rio Grande do Norte, pela ABC Paint.

“Na época, por ser algo novo, o ‘não pode’ causou muitos problemas iniciais. Assim, até se estabelecer a informação para toda a vaqueirama muita ‘água rolou’. Hoje, apesar de sempre haver um que resista às regras, muito se evoluiu. Mas ainda se tem muito a ser feito”.

Segundo Micheline, como em qualquer atividade profissional, juízes de bem-estar animal precisam estar sempre atentos a detalhes para exercerem um bom trabalho

“Prestamos atenção em equipamentos cortantes e os velhos costumes que vemos em alguns competidores e que são completamente inaceitáveis nos dias de hoje. Essa função, sem dúvida, já é mais respeitada, mas ainda se tem muito para evoluir”, detalha.

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